quinta-feira, setembro 13, 2018

1642. Lunch Time Blog - Em ponto lula


A Maria José fez lulas de tomatada com arroz ao almoço e eu fiz uma omelete de frango para o jantar. As enormes e lindas lulas que ela esteve a arranjar ficaram bem pequenas no tacho e eu aproveitei o frango de churrasco que sobrou do almoço de ontem para desfiar e preparar a omelete. Não são pratos de extrema laboração, não poderiam concorrer no Master Chefe sob pena de termos de ir à prova de eliminação, mas o que conta é que estavam saborosos. Na omelete juntei um pouco de pimenta preta moída na altura, já que no churrasco de véspera não tinha sido usado nenhum picante. As lulas estavam no ponto, nem elásticas, nem a desfazerem-se, estavam num ponto, a que poderíamos designar por, não sei se existe ou não, ponto lula. A Charline, que é a nossa gata preta e branca com um bigode à Charlot, miou à nossa volta à hora do almoço, mas esteve sossegada ao jantar pelo que se pode deduzir que o prato confecionado pela Maria José estaria mais apelativo. Eu gosto mais de lulas recheadas, mas se a minha mulher o tivesse feito hoje corria o risco de no fim do cozinhado termos ingredientes recheados com lula, a não ser que tudo encolhesse na mesma proporção. O arroz estava soltinho como devia estar o que, com aquele molho da tomatada, ficou ainda mais gostoso. A omelete foi acompanhada por meia dúzia, poucas por causa do sal, de batatas fritas de pacote Lays gourmet compradas em promoção por metade do preço e uma salada de tomate coração de boi temperada com orégãos. Ah, é verdade, enquanto estive a descrever o que descrevi esqueci-me de dizer que o ministro Cabrita apresentou os sete pontos do governo para a descentralização, que o Putin anda a brincar aos espiões com os ingleses, que o tufão Florence se aproxima da costa sul dos Estados Unidos e que o vice presidente do Benfica deu uma conferência de imprensa por causa do roubo de correio eletrónico privado. Como não percebo nada de meteorologia um dia destes escreverei sobre trabalho precário, o que, não vem nada a propósito nestes LTB, pois é de ir à náusea. Entretanto, porque preciso de fazer umas análises ao fígado daqui a um mês e porque os meus diabetes andam um bocado malandrinhos, acompanhei as referidas refeições com água fresca e assim o farei às vindouras. Quando puder voltar a comer caviar logo voltarei ao champanhe. Mas para falar verdade, verdade, gosto mais de ameijoas à Bulhão Pato. Com champanhe, claro!

PS.  Aqui atrasado, farto de comer sopa, pedi à minha mulher que me fizesse faisão para o almoço. Estava delicioso. Comi três tigelinhas, com umas sopinhas de pão.

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