quinta-feira, junho 08, 2006

986. Ser Deus, dá muito trabalho

De facto ser Deus, ou se preferirem ser o Bispo Supremo, dá uma trabalheira danada.

Vós figurinhas de diversão, hologramas projectados no tempo e no espaço, não fazem a mínima ideia do que isso é, excepto quando me dá vontade de distribuir problemas por cada um de vós.

Ontem lembrei-me de:

* Mandar prender um líder nazi, mas depois dar poder a outro holograma para o mandar libertar;
* Convocar uma manifestação de polícias e baralhar aquelas cabeças todas que ficaram sem saber se haveriam de desfilar pela Avenida abaixo. Depois lá me decidi em mandar alguns até ao Terreiro do Paço;
* Lesionar o Cissé, só porque vocês, portugueses, aqui nesta quase jangada que construí, têm uma malapata com os franceses que desde os tempos de Soult, Junot e Massena, nunca mais vos deixei derrotá-los;
* Pôr as tropas australianas em confronto com os pacíficos GNR que mandei até àquele crocodilo de pedra flutuante chamada Timor;
* Atear mais uns quantos fogos e fazer o mundo pensar que queimar o vosso país, aos poucos e poucos, é um desígnio nacional.
* Fazer o Nuno Gomes dizer na conferência de imprensa que se os angolanos levassem uns quantos cartões vermelhos seria mais fácil aos portugueses vencer o jogo. Agora estou aqui numa trabalheira do caraças a meter na cabeça do Cristiano Ronaldo de que ele não é angolano. Esta noite o rapazinho vai se ver negro para dormir;
* Mandar uns 70 hologramas lerem o PreDatado e não conseguir que nenhum deles me pedisse a bênção, na caixa de comentários, a Mim, que sou o seu (deles) Bispo Supremo.

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