domingo, dezembro 23, 2007
sábado, dezembro 22, 2007
Gostei muito de ouvir o nosso primeiro a falar inglês. Deve ter aprendido naquele cursinho da Independente. Porreiro, pá!*
* Cool, buddy!
domingo, dezembro 02, 2007
Esta semana os gajos do outro lado da 2ª circular conseguiram aproximar-se um pontinho mais do Glorioso. Que chatice!
segunda-feira, novembro 19, 2007
(foto retirada algures da net; peço desculpa ao autor por não mencionar o seu nome mas não encontrei)
quarta-feira, novembro 14, 2007
O país real - que temos - não é aquele que, ao longo dos anos, dele viemos ouvindo falar Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e Jose Sócrates. O país real (o nosso) é aquele que leva 29 anos a decidir as indemnizações aos sinistrados e familiares de outros que foram vítimas do acidente com o avião da TAP na Madeira, faz hoje 30 anos.
terça-feira, outubro 30, 2007
Se por acaso o PreDatado, blogger, fosse um gajo certinho, aqui o PreDatado, blog, teria feito ontem quatro anos de existência. Assim apenas se pode falar em quatro anos de intermitências e, pior ainda, o tipo que se assina PreDatado não está sequer em condições de prometer que desta vez é que é, toma lá um enésimo fôlego e o Pré estará por aqui diariamente. Vai-se fazendo o que se pode pela vidinha do blog, o que não tem sido muito diga-se de passagem, e ainda se tem o descaramento de confessar que se não fosse a maria árvore, essa sim uma blogger à maneira, nem eu próprio me tinha lembrado que ontem era dia de partir bolo. Assim como assim, ainda continuo de dieta.
quarta-feira, outubro 03, 2007
Ontem, a Liga para a Conservação da Natureza (LCN) considerou a construção das dez barragens previstas no Plano Nacional de Barragens (PNB) um atentado ao bom estado ecológico dos rios portugueses. Entretanto o Instituto para a Conservação da Natureza (ICN) acha que o PNB apenas põe em risco alguns peixes de água doce. Isto é, sendo a LCN uma ONG (não sei se tem ou não direito à sigla, mas é) pode criticar o PNB, mas o ICN sabe que se criticar o PNB o seu presidente vai COC(*), como aliás acontece com muito boa gente que PABNT (**).
(*) Com O Caralho – [(NA)(***)]
(**) Põe A Boca No Trombone – [(NA)(***)]
(***) Nota do Autor
O inspector Gonçalo Amaral foi demitido do cargo que ocupava como coordenador do caso McCann. Para mim, e salvo outra opinião que me convença do contrário foi uma atitude governativa perfeitamente normal. Os ingleses precisam, de vez em quando, que lhes mostremos que não nos esquecemos de lhes prestar vassalagem. God Save the Queen.
ELES fazem um alarido do caraças quando há um número de um qualquer relatório internacional que indica que crescemos 0,00005%. Mas quando os números lhes são adversos, ELES viram as costas a quem os questiona. ELES são assim e faltam menos de dois anos para, de frente, com a cara mais desavergonhada do mundo, voltarem a pedir-nos o voto.
quinta-feira, setembro 20, 2007
EXPLICAÇÕES – do 9º ao 12º ano
Matemática
Física
Química
Economia
Zona de Corroios (Miratejo, Qt Rouxinol/Brasileiro e Santa Marta do Pinhal)
Contacto: vmaf@netcabo.pt
terça-feira, setembro 04, 2007
Situado entre o Hospital Garcia de Orta em Almada e o Instituto Piaget, podendo fazer-se o percurso a pé em cerca de 5 minutos, alugo apartamento a estudantes / professores / pessoal hospitalar entre Setembro 2007 e Julho 2008.
2 Quartos mobilados
1 Sala de estar (poderá ser substituída por um quarto no caso de aluguer a grupo de 3 estudantes)
Cozinha equipada
2 Despensas
1 Casa de banho
Boa localização (cerca de 10 minutos de autocarro) também para estudantes das
Faculdade de Ciências e Tecnologia do Monte de Caparica
Escola Superior de Saúde Egas Moniz do Monte de Caparica
Se estiver interessado/a ou conhecer alguém que necessite de alojamento não hesite em enviar e-mail para vmaf@netcabo.pt
domingo, agosto 26, 2007
Por enquanto estás perdoado. É Domingo, o dia primeiro de Setembro ainda tarda um pouco e as loucuras a que estás autorizado perdoam o mal que te fazem para o bem que te sabem. É por isso que te deixo escrever hoje este Lunch Time Blog. Mas não abuses pois serei teu guardião.
Palavras do Schubert sob os odores tropicais ou uma maneira diferente de cozinhar um frango.
A receita ouvi-a por alto num programa daqueles canais estrangeiros, assim como que a meio da noite, tendo acordado a pensar que a tinha sonhado. Pelo sim pelo não resolvi experimentar. Sou dos que preparam os ingredientes todinhos antes de deitar mão aos tachos pois assim vos relatarei. Escusado será dizer que lavo todos os legumes tão bem que chega a parecer paranóia, limpo por dentro as grainhas e a polpa branca aos dois pimentos, um verde e outro vermelho, morrone mesmo, aos quais faca afiada transforma em pequenos pedaços. A cenoura é cortada às rodelas, a cebola em meias rodelas grossas e de legumes, para já, estamos falados. Não esqueçam que para a confecção vai ser imprescindível um bom azeite, alho em pó, cominhos moídos, polpa de tomate, alecrim, passas de uva e azeitonas. Vinho branco e caldo de galinha. Um piri-piri, dispensável a quem o picante não combina com os ácidos gastro-intestinais e sal q.b. (eu não lhe deitei pitada, pois como sem sal desde há alguns anos, mas mereci os respectivos reparos de quem comigo partilhou a mesa; afinal não estamos sós e não só a marcianos me refiro). Ah é verdade, o frango pois claro! Cortado em pedaços grandes tipo uns oito e está bom assim, vai a alourar no azeite após o que se junta a polpa de tomate, o alho em pó e os cominhos moídos e um copo de vinho branco onde a ave penada suará por breves minutos. Se isto fosse áudio-visual eu mostrava-vos como lhe junto os “pozes” e embebedo o galináceo (melhor dizendo, as suas oito trinchadelas) já quer mãozinha para estas coisas nem toda a gente tem, não acham? Paulatinamente envolvendo o frango nestes sabores (e cheiros) sem nunca deixar pegar, junto-lhe o alecrim e dou-lhe mais umas voltas. Depois de cobrir com os legumes, a ordem é arbitrária pois são para juntar sucessivamente, afoga-se de rasante “o entulho” com o caldo de galinha previamente preparado. O piri-piri pode ser por estas alturas bem como o sal a gosto. As passas de uva e as azeitonas juntar-se-ão depois de 10 minutos de cozedura, já em lume brando, e estará pronto quando os seus 30 minutos tiverem passados, ou melhor quando o vosso frango estiver cozido. Acompanhe com um arroz bem solto ou uma saladinha de alface à parte.
PS. Na nossa casa mandamos nós, isto não é nenhum restaurante e por isso usa-se a colher de pau, pois claro. Tirando o tupperware e o tablier do carro ainda não me sinto muito à vontade com a era dos plásticos. Deixei-me levar pela sede e bebi um rosé, não digo a marca, com um conselho explícito de óptimo para acompanhar queijos e aves. Não esteve à altura dos acontecimentos. Paciência, na próxima volto aos tintos
disse-me o espelho quando de repente dei de caras com ele; na verdade acordei tão bem disposto que hoje quem faz o almoço sou eu. Até já.
sábado, agosto 25, 2007
O LTB deverá reaparecer no início de Setembro. Em novos moldes e provavelmente não diário. Entenderão porquê na altura própria. Cortei as courgettes amarelas (apetecia-me dizer aqui um palavrão ao exagero do preço, mas um dia não são dias) em pequenas tiras e o mesmo fiz ao alho francês e às cenouras. A cebola, depois de cortada ao meio fica propícia ao talhe em pequenas meias luas. A técnica serve para cortar o tomate ao qual se subtraem as grainhas. Salteia-se num pouco de azeite de oliveira, eu uso virgem extra de 0,7 mas não é obrigatório, e fica-se a saber que a cama de legumes para o meu bife fica pronta quando a cebola apresenta uma razoável transparência. O bife era da vazia e foi coberto de um molho de cogumelos e natas, cogumelos frescos bem se vê, que depois de laminados e cozinhados no azeite de fritar os bifes foram inundados de nata fresca e delicadamente misturados (anteriormente já tinha experimentado em vez do molho de cogumelos e natas, servir o bife coberto de uma fatia de queijo da ilha de S. Jorge; nesse caso optei também por fritar o bife com pimenta verde e rosa). Acompanhei com ravioli com recheio de legumes, cozidos em 9 minutos para ficarem al dente.
Nem sempre consigo encontrar um vinho que acompanhe bem um bife e um cardápio de legumes que juntei neste prato. No entanto apostei num Douro Capela Mor, muito acessível sob o ponto de vista económico, tenho ideia que me custou menos de 3 euros num hipermercado, não muito encorpado, límpido, com um toque de fruta. Acho que ganhei a aposta.
PS. O Schubert está aqui ao meu lado a ver-me escrever o post. Longe vão os tempos em que me pedia para almoçar comigo. Hoje, gato adulto feito, apenas pede para cheirar, dá meia volta e vai-se embora. Mesmo assim foi pertinente ao perguntar-me, se eu não vou escrever o LTB nos mesmo moldes de antigamente porque o fiz hoje? E eu respondi-lhe com outra pergunta: Não conheces o canto do cisne?
segunda-feira, agosto 20, 2007
1129. Cumprimos todos ok?
Recebi da Câmara Municipal de Almada (CMA) a carta que aqui divulgo. Sou proprietário de um apartamento no Concelho de Almada que adquiri aos antigos senhorios dos meus pais há cerca de quatro anos. Este apartamento tem 43 anos de idade e não tenho noção se a CMA alguma vez mandou uma carta idêntica aos antigos proprietários, esses sim, até há pouco tempo, donos na totalidade do imóvel onde se situa o meu apartamento. No entanto, concordo plenamente com a CMA sob a conservação de edifícios. Mas vou mais longe. Não são só os edifícios que contam para a imagem do Concelho. São os edifícios, os equipamentos, as infra-estruturas e muito mais. E como tal vou estar também atento. E este blog irá, até que as pontas dos dedos lhe doam, mostrar aqui onde a CMA ajuda a degradar a imagem do Concelho.
PS. O edifício, do qual faz parte o apartamento em questão, foi alvo no decorrer do ano passado de conservação da estrutura do telhado (o que nunca foi feito nos 43 anos precedentes) estando neste momento a assembleia de condóminos em vias de aprovação de outras obras tais como a substituição da coluna de água, pinturas e isolamentos interiores e exteriores pelo que a carta/ameaça a mim não me incomoda directamente. Apenas para que conste que o post supra nada tem de remoço nem de carapuça enfiada. Mas quem exige também tem de cumprir, certo?
sábado, agosto 18, 2007
quinta-feira, agosto 09, 2007
Estou a assistir na SIC Notícias a uma entrevista a Pinto da Costa que é de ir ao vómito. Já antes assisti, também na SIC, a uma entrevista à irmã de Carolina Salgado para a qual nem me digno gastar adjectivos. Uma jornalista do Expresso é co-autora de um livro de lavagem de Pinto da Costa. A SIC é da mesma holding. Cada vez acredito menos em coincidências.
Nunca, que eu tenha assistido em quase 52 anos de idade, se viu tamanho branqueamento de um arguido em qualquer processo. Nem com Carlos Melancia, nem com Vale e Azevedo, nem com Carlos Cruz, se usou tanto OMO, Ajax ou SKIP. O poder do futebol ou outros poderes, disso já não entendo nada.
PS. As conversas gravadas nunca existiram?
quarta-feira, agosto 08, 2007
“Atitude centrada no utente, no respeito pela dignidade humana e na promoção da saúde da comunidade;
Cultura do conhecimento, da excelência técnica e da lealdade;
Postura e desempenhos com respeito pela ética e responsabilidade social”
Estes são os Valores, bem escarrapachados na entrada do Hospital José Joaquim Fernandes, SA, em Beja. A entrada foi registada às 11:21h. Os sintomas eram os de cálculos renais. As evidências eram cólicas. O diagnóstico constou de análises e ecografia. Às 12:45 estes exames estavam concluídos. A saída do hospital deu-se às 20.30H. O utente era apenas mais um utente. Outro utente, entrou cerca da 15:00h. Tinha uma luxação num braço, desconheço a gravidade. Antes das 16 e após RX estava de saída. O seu apelido não digo, mas é um dos mais notáveis de Beja. Pode ter sido uma simples coincidência (há quem acredite) mas se não, então os Valores foram pelo cano. Se são estes SA que temos então são iguaizinhos aos de gestão pública. Ou pior.
PS: Não fomos os únicos a ficar 9 horas nas urgências. E não temos oitenta e tal anos como muitos dos que por lá passaram (e passam).
quinta-feira, julho 19, 2007
quarta-feira, julho 18, 2007
terça-feira, julho 17, 2007
Escrevi em tempos, Abril de 2006, um post, em que contava a história de uma manifestação de Carrazeda de Ansiães de apoio a Salazar. Do post de então coloco o extracto:
Manifestação em Lisboa de Apoio a Salazar. Camionetas vindas de todo o país invadem a capital numa grande manifestação de apoio a Salazar. A Emissora Nacional faz a reportagem da chegada dos manifestantes.
EN – Minha senhora de onde vem?
Popular – De Carrajeda de Anshiães.
EN – Porque é que veio a esta manifestação?
Popular – Bim ber o Baltajar.
Não sei se os que vieram agora de Cabeceiras de Basto sabiam se vinham apoiar o António Costa ou se vinham comer uma sardinhada na Costa. Mas que o estilo permanece, lá disso não há dúvida. No entanto, tal como Salazar, acredito que António Costa também pense que tenha sido uma manifestação espontânea. Ele ainda há com cada presidente de câmara!
segunda-feira, julho 16, 2007
que não moro em Lisboa, não li nem ouvi de nenhum analista que se atrevesse a dizer: “Cuidado José Sócrates, o Partido Socialista ainda tem uma ala esquerda. Não a menospreze!”
Não sei se a Helena Roseta, ela mesma, encarna essa esquerda (tal como não sou capaz de o dizer em relação ao Manuel Alegre). Mas, quer as presidenciais, quer as autárquicas em Lisboa fizeram unir noutra frente, que não a dos candidatos oficiais, os votos dos simpatizantes do PS – e não só - que não concordam com a política, claramente mais do agrado de Sarkozy, de que José Sócrates tem sido o condutor. E José Sócrates não pode, de facto, menosprezar estas vozes, estes sentimentos, estes votos. É que, apesar da protoditadura em que se transforma uma maioria absoluta, o regime é democrático e “as favas” pagam-se nas urnas. E Sócrates, obviamente, sabe-o. Não se pode é descuidar considerando que não passam de epifenómenos.
sexta-feira, julho 13, 2007
Vocês lembram-se de um treinador que baixou o Alverca da 1ª Liga para a divisão de honra? E que conseguiu, no ano em que o Benfica de Trapatoni ganhou o campeonato com o menor número de pontos de que há memória desde que uma vitória vale 3 pontos, deixar o super-Porto, malgré os apitos dourados e coisas assim, apenas em segundo? E lembram-se do treinador que mal pegou no Belenenses mandou-o logo fora da 1ª liga, salvo apenas pelo gong do caso Mateus? E do treinador que levou Moutinho, Nani, Hugo Almeida, Manuel Fernandes, Miguel Veloso e outras estrelas emergentes do nosso futebol a fazerem aquela figurinha triste no Europeu de Juniores deste ano e que nem a penalties conseguiu que fossemos aos jogos olímpicos? Pois, acreditem ou não, é o José Couceiro o mesmíssimo que conduziu a selecção de sub-20 a fazer a vergonhosa figura que fez neste mundial do Canadá. É o mesmo é, acreditem.
quarta-feira, julho 11, 2007
sexta-feira, julho 06, 2007
O que elas se haviam de lembrar. Contar em livro as suas conspirações e os seus arrependimentos. Uma, a uma escala de nível internacional que mete a URSS e o KGB, conspirou contra o País. O 25 de Novembro que o diga. Outra numa escala a nível regional onde mete o Porto e os SD conspirou contra quem se lhes atravessava no caminho. O Bexiga que o diga. Uma a cuspir na mão de quem lhe deu anos e anos a fio de que “comer”. Outra a cuspir na mão de quem a tirou da vida e lhe deu de comer, desta vez sem aspas. Ambas se tentam vingar. Mas gosto mais da Carolina Salgado porque teve a coragem de enfrentar e afrontar um vivo. Zita apenas afronta um morto.
segunda-feira, julho 02, 2007
Agora consta que subornavam o SEF para legalizar jogadores. Este clube é demais, ninguém o pára. Está em todas!
domingo, julho 01, 2007
Ontem vi uma excelente nota de reportagem na SIC sobre o parque eólico espanhol na fronteira da serra de Montesinho. À parte das considerações, ecológica, energética, paisagistica, económica e eteceteras de que não vou aqui debruçar-me neste momento, uma informação retive e que não é de somenos importância. No outro lado da fronteira existe um posto médico em cada aldeia. Acresce que numa delas o próprio médico é residente. Aqui, do lado de cá, a ordem é fechar postos médicos. É neste país que se inicia hoje a presidência da União Europeia. Quero ver se no final dos seis meses, os nossos governantes têm vergonha na cara para apresentar as contas de quanto isto nos custou. E, já agora, se conseguem traduzir isso em quantos postos médicos se poderiam manter abertos.
quinta-feira, junho 28, 2007
Eu ainda sou do tempo em que, na rua e na Assembleia da República, os trabalhadores e os deputados de esquerda, mesmo aqueles da tal esquerda moderna e europeia, representada pelo nosso engenheiro e primeiro-ministro José Sócrates, se manifestavam contra o seu código de trabalho. Eu nunca fui de me manifestar muito contra si Dr. Félix, confesso, mas isso tem a ver com uma questão clubista. Veja bem que nem do caricato Vale e Azevedo que quase destruía o nosso clube eu falei mal enquanto ele foi presidente do Glorioso, imagine se eu, sendo você um benfiquista militante, iria contra a sua pessoa. No entanto, tenho de reconhecer que o senhor fez muito mal com o seu malfadado código a muitos benfiquistas, sportinguistas, portistas e, veja bem, até a adeptos do Estrela da Amadora. É que em todos esses clubes e nos outros também, existem trabalhadores que nada viram, antes pelo contrário, melhorar a sua situação laboral, o seu poder de compra o seu modo de vida. E, por outro lado, não existe um único indicador que nos diga que graças ao seu código de trabalho a nossa economia tenha evoluído, a nossa produtividade aumentado e que, o que hoje é mau para os trabalhadores, amanhã seja melhor para os seus (deles trabalhadores, claro) netos.
Pensava eu na minha que, nesse tempo de que falava antes, tamanha algazarra do Partido Socialista na Assembleia da República e mais tarde nas promessas eleitorais tinha a ver com o facto, não lho disse antes mas desculpe-me a franqueza, Dr. Bagão, o seu código ser reaccionário, um atentado aos direitos de quem trabalha e um retrocesso aos quase tempos de Salazar e Caetano. Mas não, santa ingenuidade a minha. Depois de conhecer as conclusões do Livro Branco sobre o Código de Trabalho, que o governo encomendou às para ele, governo, sumidades e que, mais dia menos dia se prepara para implementar, o seu Código, Dr. Bagão Félix, aparece aos meus olhos como um tratado esquerdista sobre as relações de trabalho. E é por isso que lhe digo, Dr. Félix que o senhor não é homem nem é nada se um dia destes ao não der por si a inscrever-se no MRPP. Ou melhor, no POUS, que é para eu ouvi-lo de quatro em quatro anos, nos tempos de antena a clamar pela união entre a UGT e a CGTP. Pergunte à Carmelinda que ela explica-lhe as palavras de ordem.
PS. Ou então não e será Sócrates primeiro a ser nomeado presidente a CIP. Sr. Engenheiro se quiser saber como se evolui pergunte ao seu camarada Pina Moura. Ele conhece os percursos.
terça-feira, junho 26, 2007
O Governo prepara-se para actuar de novo no sector da saúde. Uma das medidas do pacote é a de os utentes passarem a pagar uma taxa moderadora exorbitante no caso de serem consultados mais de 3 vezes por trimestre. Ora bem, acredito que haja quem faça da ida ao posto médico um hobby. Se o senhor Ministro o acha, quem sou eu para não achar? É por isso que ele é ministro e eu não, porque ele acha muito melhor do que eu. E os que melhor acham devem ser compensados com cargos de ministros. Mas adiante. O que eu quero perguntar ao senhor Ministro é a quem é que ele vai pedir o pagamento das taxas pela ineficiência, burocracia e incompetência da organização que ele tutela. Quer dizer, que ele acha que tutela. Vamos a um exemplo prático e pessoal que é para ele, o senhor Ministro não achar que é ficção. Eu tenho um pequeno quisto sebáceo que tem de ser removido. Pelo menos a minha médica de família assim o crê. Mas como não pode decidir por ela, mandou-me a uma consulta da especialidade no posto médico, acompanhado de um relatório. O senhor cirurgião, ao fim de dois minutos de consulta, tempo em que esteve a preencher a minha ficha pessoal (a administração pública gasta milhões em novas tecnologias, mas estas coisas não estão ligadas, percebem?), perguntou-me se eu tinha análises recentes. Como de facto eu tinha análises feitas há pouco mais de um mês, marcou-me nova consulta para a semana seguinte para que eu mostrasse as análises. Nova consulta (neste momento já somamos 3), e agora sim podia fazer um relatório para o seu colega de cirurgia do Hospital. E o que constava no relatório? Adivinhem, vá lá! Pois isso mesmo, quisto sebáceo e a respectiva localização. Exactamente igual ao da minha médica de família. Já tive a quarta consulta, desta vez no Hospital. E o que fez o cirurgião, o que foi? Olhou, apalpou e preencheu um documento para que eu assinasse a autorização de extracção do quisto. E o que se passou a seguir, adivinhem de novo. Tirou o quisto? Não! Isso fica para uma quinta consulta. Ah! Mas só leu o relatório do seu colega a meu pedido (na realidade não servia para nada).
Pronto esta é a história de como eu poderei ser penalizado no futuro a pagar balúrdios de taxas moderadores, quando, por minha iniciativa eu fui a uma única consulta que até ver, se transformará em cinco.
Mas como sou picuinhas ainda tenho mais uma coisita sem importância para vos contar. Cronometrei ao minuto (não ao segundo por que não quis) todo o tempo dispendido em deslocações, inscrições, salas de espera e consultas. Não se pasmem porque todos já estão acostumados a isto. Consultas: 8 minutos (inclui os 6 minutos e meio que demoraram os vários intervenientes a preencher fichas). Tempo para inscrição: 64 minutos. Salas de espera 255 minutos.
Sem paciência, a saúde igual e a carteira (daqui a pouco) cada vez mais vazia. Como “eles”, nos tratam bem!
sexta-feira, junho 22, 2007
1113. Por partes que é para não maçar
1. Com esta já é a quarta fotografia cá do cota que publico, além das cegonhas, e ainda não fui convidado para capa de nenhuma revista.
2. Arrepiante aterrar na Portela quando se aterra de Sul para Norte. Estou sempre a pensar quando é que o comandante mete o bicho no estádio de Alvalade. Não é que o estádio de Alvalade me interesse para alguma coisa, mas os seus frequentadores, embora lagartos, não merecem levar com um avião em cima. Prefiro ir lá dar seis a três.
3. Falando sério, há anos, há muitos mesmo, que oiço falar de que o aeroporto deveria sair de Lisboa por questões de segurança. Não do tráfego aéreo mas sim das populações. Hoje em dia parece que é pró-Lisboa quem defende a continuação da Portela. Eu por mim queria ver se quem quer que seja eleito Presidente da Câmara tem tomates para transferir os Paços do Concelho para Alvalade, Lumiar ou Camarate: Era de Homem, hein?
4. Bem sei que não foi Couceiro quem falhou os penaltis. Mas foi ele que escalou os mais novinhos para os marcar. O gajo é mesmo nabo (nabo dará queixa crime? É que isto de escrever em blogs está a tornar-se perigoso).
5. Comprei aquelas minis da Sagres com rótulos design. Até estou com pena de as beber. Mas também estou com sede. Não sei que faça…
6. O Rui Moreira é presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) e é comentador residente do “Trio de Ataque” da RTPN. O Lobo Xavier é vice-presidente da ACP e é comentador residente da “Quadratura do Circulo” na SIC Notícias. O Paulo Rangel é director da ACP e é comentador residente do programa “Estado da Nação” da RTP. E eu que pensava que a Maçonaria é que estava em todas. Afinal é a ACP. Ando mesmo distraído.
7. Eu queria escrever mais, mas o TGV deve estar aí a passar e se me distraio ele nem me vê aqui no meu apeadeiro e nem pára (para grande tristeza do Pacheco Pereira que acha que o TGV vai parar em todas).
8. Pouca-terra-pouca-terra-pouca-terra-pouca-terra…
PS. Não caí na tentação de falar, hoje, quer dizer ontem, começou o verão e coisa e tal e o tempo isto e o tempo aquilo e as andorinhas, ups isso é primavera, e as folhas a cairem, ups de novo acho que estou na estaçao errada... é por isso que não escrevo sobre o verão. Dá-me cá uns calores.
quinta-feira, junho 21, 2007
moon #4: cota_slip_sem_tribo com a touca enfiada
1112. A Associação Comercial da Avenida Luis de Camões e pracetas, travessas e ruas confluentes do Miratejo está indignada por ter sido excluída de opinar sobre o novo aeroporto
Ontem vi e ouvi um exaltado vice-presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), no programa Quadratura do Círculo na SIC Notícias, o Dr. Lobo Xavier, pelo facto da ACP ter sido excluída de dar opinião oficial sobre a localização do novo aeroporto.
Durante a semana, já tinha visto uma longa entrevista do Dr. Rui Moreira, presidente da referida associação na RTP2 além das pequenas entrevistas entretando dadas a todos os noticiários.
Estou excitadíssimo. Tenho a certeza, ou então não, que nos próximos dias teremos entrevistas e programas com os presidentes e vices da Associação Comercial de Braga, Associação Comercial de Aveiro, Associação Comercial e Industrial de Barcelos, Associação Comercial, Industrial e Serviços de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão, Associação Comercial da Guarda, Associação Comercial e Industrial da Bairrada, Associação Comercial e Industrial de Amarante, associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão, Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança, Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, Associação Comercial e Industrial do Funchal, Associação Comercial de Águeda, Associação Comercial e Industrial de Arco de Valdevez, Associação Comercial e Industrial de Macedo de Cavaleiros, Associação Comercial e Industrial de Gondomar, Associação Comercial, Industrial e Serviços do Concelho de Peniche, Associação Comercial e Industrial do Porto Santo, Associação Comercial do Distrito de Évora, Associação Industrial e Comercial do Concelho de Esposende, quer dizer para esta semana chega se não ainda ficamos sem espaço para o Malato o Júlio Isidoro, a Fátima Lopes, o Gouxa e pior que tudo as novelas irão para lá da uma da manhã assim tipo Prós e Contras.
segunda-feira, junho 18, 2007
Por exemplo, adorava ter escrito qualquer coisa sobre Alcochete. Não sobre a vila ou sobre as festas do barrete verde que no próximo mês de Agosto se voltarão a realizar, nem tão-pouco da carreira de tiros. Mas de algo mais substancial tipo o aeroporto. Vamos lá a ver, a CIP escolhe Alcochete como alternativa à Ota. Bom como alternativa pode mesmo ser melhor, quem sou eu para duvidar? Mas a CIP “escolhe” e não há nenhum, mas mesmo nenhum, interesse por detrás? Hummm.. que pena eu já não ter nenhum avô nem avó vivos. Eles conheciam-lhe todas as maroscas, ai não que não conheciam.
Por exemplo, o Berardo, o tal que, entre outros capitalistas, foi aplaudido pelos trabalhadores da PT quando da gorada OPA da Sonae, quer comprar o Benfica. Por amor ao Benfica! O seu desamor ao Jardim Gonçalves rendeu-lhe de um dia para outro, segundo os jornais, mais de 60 milhões de euros. Era uma questão de desamor… e o amor não é muito mais bonito? Quanto lhe renderá, hein?
Por exemplo, voltando ao novo Aeroporto Internacional de Lisboa, o Prof. Ernâni Lopes, diz que desde há 10 anos que achava que a solução Ota só podia ser uma brincadeira. E ficou 10 anos calado até que a CIP o convidou para botar faladura? Ou sua sumidade não podia mesmo ter falado, pois tinha a voz embargada de tanto rir durante estes dez anos de brincadeira Ota?
Por exemplo, o Estado vai privatizar a EP (ex-Junta Autónoma de Estradas, ex-ICERR/ICOR, ex-IEP, cada nome cada estrutura, cada estrutura cada conjunto de tachos). Uma “brincadeira” que culminou com um exercício, mais ou menos bem conseguido, da Ferreira Leite para tirar as contas da “JAE” do OE (deficit oblige) e por aí fora e coisa e tal e que mais dia menos dias acabará, por analogia, por resultar na privatização de outros bens básicos dos portugueses como, por exemplo, as águas, já que a saúde leva o mesmo caminho. Consta que o Prof. Ernâni Lopes, daqui a dez anos, vai dizer que julgava que esta coisa da privatização das estradas era apenas uma brincadeira.
Por exemplo, depois do desaparecimento da pequenita Madeleine McCann, já desapareceram em Portugal bués. Fosse em barragens, em rios escarpados ou em outros locais,consta que já foram todos encontrados. Porque não Madeleine? Este não é um caso para rir, nem agora nem daqui a 10 anos. Já da incompetência, às vezes um sorriso irónico, sarcástico e de desprezo não consigo evitar que se me escape.
Por exemplo podia ficar aqui toda o dia a falar das coisas que esta semana me fariam escrever um post. Mas não posso pois estou cansado. Termino apenas com uma referência à nossa selecção sub-21 de futebol. Após tantos dedos apontados ao árbitro que dirigiu o Portugal-Holanda, ninguém conseguiu ver que ele apenas quis que nós melhorássemos a nossa qualidade em campo? E isso, obviamente, só poderia ser feito com o treinador Couceiro na bancada. Você não quer voltar ao FCP Sr. José Couceiro?
sexta-feira, junho 08, 2007
moon #2: mindinho do cota_slip_sem_tribo excitado com os 24Mb
quinta-feira, junho 07, 2007
Hoje, no jornal da hora de almoço da RTP1, foi transmitida uma reportagem sobre os famosos do fotolog. Gramei ver a descontracção, a simplicidade e mesmo o espírito de humor quer da brasileira Marimoon, quer do português Slip_tribal, mas principalmente a fotogenia, o que também pode justificar a aceitação que têm tido. Todos os dias publicam uma foto deles que no caso dele não percebi, mas no caso dela é quase sempre fotografada por ela própria. Depois, a composição e a Internet fazem o resto. Hoje Marimoon é capa de revista, de muitas revistas, tem clubes de fãs e é também já modelo comercial. Com 180 000 visitas por semana, ela e com mais de 800 visitas por dia ele, tornaram-se assim tão famosos, no seu mundo claro, como o Abrupto ou Paulo Gorjão no mundo deles. Esta história dos logs têm o que se lhes diga, sejam fotologs ou blogs e portanto aqui o PreDatado tem agora um novo sonho na vida. Tornar-se o mais famoso cota_slip_sem_tribo. É muita moon não é?
PS. Para entrevistas ou sessões de autógrafo falem com o meu manager que é quem gere a minha agenda.
quarta-feira, maio 30, 2007
12 pessoas – vida eterna
6 pessoas – vai ter um desastre mas só parte uma perna
3 pessoas – até as unhas dos pés se encaracolam
0 pessoas – morrerá antes do galo cantar na próxima madrugada.
Às vezes as coisas até têm graça. Um dia destes recebi por e-mail um ponto pê pê esse que referia um teste budista sobre não sei o quê. Depois da preliminar verificação da existência ou não de vírus associado, abri. Era engraçado, esbocei um pequeno desejo e fui anotando por ordem os animais que eu mais gostava, ordenei algumas palavras propostas e também as cores, botei cá para fora um número da sorte e um dia da semana. Depois fui lendo as respostas e até parecia que tudo fazia sentido, eis senão quando, para que o tal esboço de desejo se realizasse, eu teria de enviar o e-mail com o teste a tantas pessoas quanto o número que eu tinha referido antes. Ora como nunca fui escasso a pedir, o número da sorte (?) (tenho-o aqui ainda nas anotações que fui fazendo) era apenas 52 436 124. “Puta que pariu” diria, ao contar-lhe a história, um amigo meu brasileiro que gosta destas correntes. E me perguntou directo: “E você mandou?”.
Minha querida amiga Maria Árvore, gostei de ter sido eleito por ti como um gajo com tomates, olaré se gostei, mas por mim fica por aqui a corrente. Hoje em dia não tenho mais pachorra para correntes. Ou será tomates?
PS. 1. O link para a Maria Árvore não é uma retribuição à nomeação. É o link para um dos blogs obrigatórios na minha leitura diária e que, praticamente desde que nasceu, faz parte daquela coluna da direita. Privilégios! 2. Algumas correntes eu nunca me atreveria a quebrar. Por exemplo, aquelas que agrilhoassem certas pessoas que eu cá sei a uma bola de ferro. Pesada, pesada, pesada…
terça-feira, maio 29, 2007
imagem daqui
1107. E você já consultou um site de sexo?
Um tal de Robert Murat é arguido no mais mediático caso de rapto de todos os tempos ocorrido em Portugal, o da menina Madeleine McCann. Se for caso disso que seja julgado e se for caso disso também que seja condenado. Até lá é arguido por uma razão especial – é o principal suspeito. Por isso há que investigar tudo de modo a encontrar indícios ou provas que o liguem ao rapto da pequenita, ou então que o livrem do libelo acusatório que hoje sobre ele pende. Agora que as “fontes fidedignas” que estão a investigar o caso, sob o título do anonimato, que é assim que rezam as crónicas dos jornais, venham para a imprensa dizer que “vejam lá que o Sr. Murat até consultava sites pornográficos na Internet” essa só lembra ao diabo. Se calhar só lembra à nova Pide e a quem a ela dá cobertura. Eu pensava que o tempo da caça às bruxas já era coisa do passado. Santa ingenuidade.
PS. Eu também consulto a evolução da bolsa todos os dias. Estou com imenso medo de vir a ser investigado nos crimes de corrupção financeira. Ou no "apito dourado". Registos sobre as minhas consultas aos sites de A Bola, Record, O Jogo, etc etc não devem faltar no meu computador.
PS. 1. Um dia destes vou-me referir ao telemarkting da PT. Só para a gente rir um pouco.
2. Ficaram por referir muitos outros serviços, mesmo que virtuais, como o serviço público de televisão e o serviço de radio-difusão ou mesmo o de entrega ao domicílio das compras no supermercado, mas isto não era um texto para encher chouriços. Era mesmo um protesto.
terça-feira, maio 22, 2007
1105. Dificil arranjar um título para isto, bom..., talvez Cebolas. Ok, fica Cebolas, não se fala mais nisso.
Eu não tenho muita piada a escrever, tipo daquela que dá logo para se fazer um sketch à la Gato Fedorento ou, menos ambiciosamente, tipo Inimigo Público ou Luís Filipe Borges. Mas gosto de escrever e, mesmo quando trato de assuntos sérios, de deixar um pequeno sorriso nos lábios de quem me lê. Claro que não estou a falar em deixar as pessoas alegres quando escrevo um epitáfio para a campa de alguém que nos é querido, mas mesmo assim, se há uma característica em mim é a de não tentar provocar a lágrima (ía cair na tentação de escrever fácil, mas não escrevo, parece conversa de deputado) no canto do olho de ninguém. E se os olhos se molharem que seja de felicidade! Pois bem, perguntava-me uma amiga, de velhos tempos de comentadora no PreDatado e mais tarde minha anfitriã no Ante & Post, porque é que eu andava tão ausente da blogosfera. Não consegui arranjar uma explicação mais convincente do que a da preguiça (quase sempre sai bem). Como não me pareceu que ela tivesse engolido a desculpa sempre fui adiantando que me faltava a inspiração para escrever originais e que, comentar do jeito que eu gosto as noticias que vão passando nas rádios e nas televisões seria como que plagiar. É que, em boa verdade, cada vez mais, acho que os nossos políticos e os nossos socialites e, como consequência os nossos media, estão numa fase em que não são capazes de produzir uma notícia que eu não ache imediatamente que se trata de uma piada. E depois vou fazer o quê? Plageio ou faço o oposto? Pego numa cebola e começo a descascá-la aqui?
PS. Tal como o António Costa disse a propósito das conversas com a Helena Roseta, as conversas particulares não são para divulgar, mas tenho a certeza que a minha querida Karla não me vai levar a mal se eu cometer a indiscrição de dizer que no meio do nosso “bate-papo” ela me perguntou pelo meu Benfica: Que raiva! Com uma pergunta destas quem é que depois consegue escrever uma piada?
terça-feira, maio 15, 2007
1104. Onde andarão?
Quando deixei de fumar fiz alguma (auto) terapia de substituição começando a mascar freneticamente pastilhas elásticas. Comprei de várias marcas, nos cafés e super-mercados todas sem açúcar mas, para vos dizer a verdade e não para fugir à publicidade gratuita, não me recordo da marca de nenhuma delas. Hoje, que já deixei para trás, também, esse vício de dar exercício aos maxilares deu-me um ataque de nostalgia: E pensei o que será feito das pastilhas elásticas bazooka e das gorila e super-gorila que faziam as delícias da minha juventude. Amanhã vou dar uma voltinha por aí para ver se ainda existem.
quinta-feira, maio 10, 2007
Hoje estava decidido a por um ponto final na minha ligação à Netcabo. Estou farto desta telenovela e se eu pago todos os meses a factura, cumprindo a minha parte, a Netcabo tem a obrigação de cumprir a sua parte fornecendo-me as velocidades contratuais.
E que tal se experimentasse a ADSL da Clix? Pensei e estava prontinho para encomendar o serviço. Onze e vinte e cinco da manhã e acesso ao site da www ponto clix ponto pt, está bem, está. Quer dizer, com um cartão de visita assim, onde nem ao seu proprio site se consegue aceder como é que um potencial cliente poderá ter confiança num fornecimento de serviço? Se calhar o melhor é mesmo ficar quietinho.
PS. Terceiro mundo por terceiro mundo se calhar o melhor seria mudar de país. E há alguns com um clima tropical que a gente até se esquece que há internet...
quarta-feira, maio 09, 2007
Mais um episódio (se der, publicarei toda a saga)
8-5-2007
Exmos. Senhores,
Na sequência do problema que vos reportei em relação às velocidades download / upload quero informar-vos que a situação continua na primeira forma.
1. Após contacto telefónico da TVCabo/Netcabo e de vários testes efectuados, propostos telefonicamente, foi decidido enviar cá um técnico da Netcabo.
2. No dia 4 de Maio pp o técnico detectou que o sinal Tx era de cerca de 52dB. Corrigiu-o para 35dB dizendo que agora estava bom. No entanto, não vinha instruído para nada sobre velocidades tendo apenas efectuado a "melhoria" referida.
3. Comuniquei este facto por e-mail à Netcabo no próprio dia 4 de Maio.
4. No passado Domingo, dia 6, fui contactado pela Netcabo e estive novamente em testes com a orientação de um vosso assistente. A comunicação telefónica de mais de 1 hora resultou na decisão de enviarem novo técnico para corrigir o problema das velocidades. Foi-me informado que o técnico viria já munido com os relatórios obtidos nos testes efectuados e que o problema ficaria resolvido.
5. Hoje o técnico compareceu à hora acordada. Não trazia com ele quaisquer relatórios de testes os quais, aliás, desconhecia terem sido feitos. A única coisa "visível" que efectuou foi corrigir os valores de Tx que o seu colega anterior tinha deixado, colocando agora em 47.5 dB com a garantia de que agora sim é que estavam correctos. Portanto a única coisa que fez, repito, foi fazer (bem?) o que o outro técnico tinha feito (mal?). Falou algumas vezes telefonicamente com uma linha de apoio técnico, que desconheço se da TVcabo/Netcabo ou se de algum sub-empreiteiro, de onde lhe informaram que entretanto fizeram o reaprovisionamento do Modem. Desconheço que tipo de operação é. A única coisa que sei é que a situação em relação às velocidades ficou na mesma. Tentei deixar uma observação na folha de obra que me pediu para assinar. Uma vez que me foi impedido de colocar qualquer observação, recusei-me, obviamente a assinar a folha.
Bom, concluindo, a TVCabo/Netcabo tem arrastado a resolução deste problema de uma forma incompreensível. Exijo a resolução imediata sob pena de ter de vir a decidir rescindir o contrato de fornecimento de serviço de Internet com a vossa empresa.
Tal como vos disse no meu primeiro e-mail, reservo-me a liberdade de publicitar pela positiva ou pela negativa a vossa capacidade de resposta a este problema.
Este texto será portanto publicado no meu site pessoal.
Cumprimentos,
quinta-feira, maio 03, 2007
1101. O cantinho do fundamentalista
Disse eu, um dia do passado não muito distante, de que se a lei que proibia fumar em restaurantes e bares fosse avante não me importaria muito com isso. A bares vou a poucos e, restaurantes, pura e simplesmente deixaria de frequentar. A menos que tivessem uma esplanada. Hoje em dia tenho uma opinião diferente. Haja dinheiro e não prescindirei de nenhum, ou melhor, não prescindirei de nenhum que não tenha área suficiente para ter espaço de fumadores. É que muito a custo, muito a custo, já lá vão mais de 3 meses que parei de fumar. E um dia destes é verem-me de novo em bares!
Porque é que ontem ao ouvir M. Sarkozy, no debate com a Sra. Royal, me lembrei tanto do Sr. (provavelmente engenheiro) Sócrates? Achei-os tão parecidos. Ando com umas dúvidas estranhas, não acham?
quarta-feira, abril 25, 2007
Grândola vila morena
Terra da fraternidade
O Povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade.
Foi assim, pela voz de locutor, de quem não me lembro já o nome, aos microfones da RR no programa Limite, que o tal arrepio na espinha quase me fez subentender que algo de “anormal” se estaria a passar. Depois, depois ouvi o Zeca e fui dormir.
Um grupo de capitães, quase ricos, quase filhos de ricos, ou de quase ricos, que não gostou que Marcelo Caetano os pusesse, a eles capitães de carreira, em pé de igualdade com a escumalha miliciana. Coisas que o império e a guerra tece. Quase que esteve para ser assim, quase que não passaria de uma indisposição corporativa, quase que esteve para ser um golpe de estado falhado. Mas as coisas evoluíram, juntaram-se aos capitães chateados, os capitães esclarecidos e mais os capitães fartos de angolas, de guinés e de moçambiques e juntaram-se muitos mais, juntaram-se tu e ele e juntei-me eu também e juntou-se um povo inteiro para que aquilo que era quase para ser o tal golpe se transformasse numa revolução. E tivemos um nunca negado PREC o da paz, do pão, da saúde e da habitação. Hoje, quase três décadas e meia depois, que o digam os nossos militares em missões nas Balcãs, no Iraque e em Timor, os nossos (ainda milhões) de analfabetos, os mais de quatrocentos mil desempregados, as mães que, cada vez mais têm os seus filhos nas ambulâncias, quando há ambulâncias para ter filhos e os milhares de sem-abrigo que preenchem as noites de Lisboa e do Porto e de quase todo o país. Mesmo com todos os quases valeu a pena e mesmo que apenas pareça que foi quase um sonho, mesmo assim, valeu a pena. E um dia, quando não for possível fazer mais estradas ou túneis para inaugurações pode ser que se cumpram os desígnios de Abril. Eu continuo com esperança. Ou quase.
quinta-feira, abril 19, 2007
Eu utilizo 20 minutos por semana para falar de futebol. Tendo em conta que uma semana tem, se não me falha o cálculo, 10080 minutos, 0,2% não me parece desperdício suficiente para abandonar o “vício”. Destes vinte minutos, dez são utilizados em casa com a família, já que todos gostamos de bola e os outros dez são com os amigos no café, normalmente à segunda-feira de manhã, mais perto da hora de almoço.
Ultimamente, já depois de Fernando Santos, treinador do Benfica ter abdicado da Liga dos Campeões e da Taça de Portugal, lembrou-se este senhor de dizer adeus à Taça UEFA frente a um modesto Espanhol de Barcelona e de não ganhando em casa ao Porto e ao Braga e, embora fora, ao então último classificado Beira-Mar, de deitar fora não só a possibilidade de ser campeão mas também a de se poder classificar directamente para a Champions do ano que vem.
E é aqui que reside o paradigma. Apesar destes importantíssimos temas, os meus amigos do café, faz umas 3 semanas que não falam de bola. Passam o tempo a discutir não sei o quê e não sei que mais, sobre um tal diploma de um engenheiro. Eu devo andar muito distraído mesmo. Será que o Fernando Santos não é mesmo engenheiro e aquela história do engenheiro do penta foi-nos muito mal contada pelo Pinto da Costa?
PS. Ao meu lado, a minha filha acompanhou-me na escritura do post e soprou-me ao ouvido que eu estava baralhado, que o que lá no café falavam era do Sócrates e tal. Vou já pegar nos meus livros da Grécia antiga. Querem ver que aquela coisa da sicuta não tinha nada a ver com portagens mas sim com diplomas dourados?
sexta-feira, março 30, 2007
Manuel Pinho disse hoje no parlamento ao deputado do PSD, Mendes Bota que dizer que se quis mudar o nome do Algarve era uma palermice.
Mendes Bota indignou-se e não admitiu que o ministro lhe chamasse palerma.
O presidente da mesa da comissão pediu ao ministro que alterasse a adjectivação.
Então o ministro disse que, dizer que o Governo quer alterar o nome de Algarve para Allgarve é uma mentira.
Mendes Bota calou-se.
A gente já ouvia por aí, pelas mesas dos cafés e no talho lá da rua, dizer que os políticos eram mentirosos. Não queiram agora também achar que eles sejam palermas.
sábado, março 24, 2007
“…Essa bonequinha tinha uma etiqueta, com as recomendações obrigatórias para crianças e a origem do produto: Made in China. Tendo em conta que a PORTA ABERTA acolhe crianças vítimas de maus tratos, não teria sido de bom tom, advertir o comprador do Sorrisinho de que o mesmo não tinha sido fabricado com recurso a trabalho infantil ou semi-escravo? Ou será que foi?”
Entretanto o meu blog está interdito na China. Descobri isso neste site greatfirewallofchina.org e fiquei muito preocupado. Não pela censura na China, é claro, que disso outros mais sábios do que eu já se preocuparam antes de mim, mas sim pelo potencial de divulgação aqui do PreDatado, agora deitado às urtigas. E eu, que já me imaginava a ser visitado por milhares de milhões de chineses a deliciarem-se com este excelente blog, vou ter de despedir o meu dedicado assessor / tradutor de Mandarim. E qualquer dia só me resta mesmo fechar a empresa PreDatado, Lda e deslocá-la, sei lá, para a China. Mas isso não é nada original. Outros mais sábios do que eu já o fizeram antes de mim.
sexta-feira, março 23, 2007
Eu não sei se é a isto que juridicamente se chama tráfico de influências, quem souber que me ajude. Mas que S. Valentim ainda é um daqueles santos que tem muita influência no coração dos audiovisuais isso tem. Qual 14 de Fevereiro, qual quê. S. Valentim é quando um major quiser. O homem, aliás o Santo, disse ao Expresso (obviamente off the record), que queria ser julgado na televisão. Dona Judite, não, não é a PJ, é mesmo uma senhora chamada Judite, não sabemos porque raio de influências fez logo o primeiro servicinho. A primeira sessão do julgamento foi na sua televisão. Aliás na nossa, porque para a RTP eu também contribuo. Ai não que não que não contribuo. Viva o serviço público. Viva S. Valentim. Viva a bagunça nacional! Viva!
Eu, cá para mim, o nosso primeiro, quando era pequenino, deve ter levado cá um chapadão de algum funcionário público que jurou “quando eu for grande e for primeiro-ministro vou-me vingar destes gajos todos, olá se vou”. E vai daí, ainda ele leva pouco mais de 2 anos de governo e ainda não parou de se vingar. Agora, desta vez é o número de dias de férias. E tal e coiso que não é justo, e coiso e tal que tem de haver convergência com o privado e tal e mais tal e mais coiso. E é assim, com uma aura de justiceiro que vem atirando areia para os olhos da populaça. O que este senhor e os seus ministros escondem ou não querem que se relembre é que os dias de férias “a mais” foram ofertados pelos governos em contrapartida dos não-aumentos salariais devidos. A bem do País e do deficit, aliás a única coisa que realmente parece interessar ao Senhor José Sócrates Ferreira Leite.
PS. Juro por minha honra que não sou, nem nunca fui funcionário público. Tenho dito.
quarta-feira, março 14, 2007
domingo, março 04, 2007
1091. O gajo é teimoso.
Foram 34 anos na teia. De vez em quando tentava dar uns abanões mas a malha não quebrava. Desde o passado dia 25 de Janeiro que o Pre não pega num cigarro. E não sente vontade de recomeçar. Só não sabe o que fazer quando se levanta, quando acaba de comer, nos intervalos das refeições, ao volante, quando sai de uma loja, quando sai do elevador, quando se senta ao computador, quando pega num jornal, quando lê um livro, quando espera pela srª Pre, quando...
Mas desta vez vai vencer. Querem apostar?
PS. Nem comentem porque ainda estou com a neura.
foto: Jmim roubada daqui.
sábado, março 03, 2007
1090. Uns a cinquenta por cento, outros a 103.
Esta semana o Glorioso Sport Lisboa e Benfica fez 103 anos. Este mês, eu fiz precisamente 51 anos e meio. Cinquenta por cento. Não sei se chegarei a emblema de ouro, só o serei se fizer 50 anos de sócio. Esta semana fui receber o meu emblema de prata. Cinquenta por cento. Tenho dois filhos, um benfiquista e outro, neste caso outra, de um outro clube. Cinquenta por cento. Mas só quem não falhava à boca da baliza era o Eusébio.
Tu, Manuel Galrinho Bento, nunca estiveste a cinquenta por cento. Paz á tua alma. Viva o Benfica!
sexta-feira, março 02, 2007
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Na blogosfera, nutro um particular respeito por todas e todos quantos me lêem. Naturalmente que, em relação à despenalização do aborto até ás 10 semanas, haverá entre as minhas leitoras e os meus leitores uns que serão a favor e outros que serão contra. Pelo respeito que todos me merecem, o PreDatado que não é um anónimo como o título do blog o poderia fazer crer, teria de fazer uma pausa no seu período sabático para que, antes do referendo do próximo Domingo, pudesse, como aliás o tem feito em relação a outros temas da nossa sociedade, exprimir publicamente a sua opinião. O PreDatado, aliás o Alves Fernandes vota SIM. E vota SIM sem ter de exaustivamente repetir os argumentos que os vários movimentos do SIM já largamente enunciaram e com os quais o PreDatado se identifica quase totalmente.
Eu voto SIM porque respeito as mulheres. Eu voto SIM porque amo a Liberdade.
sábado, janeiro 13, 2007
Vítor Serpa, director do jornal, A Bola, escreve, na edição de hoje, na sua habitual crónica de Sábado um texto onde se pode ler a seguinte pérola:
“…
É costume anunciar a fronteira da democracia, e a data precisa do 25 de Abril, como o tempo exacto em que foi possível, ao F C do Porto, conquistar, ao Benfica, esse poder e esse domínio. Sem tempo e sem espaço, por agora, para a análise das causas e das consequências, vamos limitar-nos à simples constatação dessa realidade…” (acessível a users registados ou na edição em papel)
Eu também não tenho nem tempo nem espaço para uma análise aprofundada. Mas queria dizer ao Sr. Vítor Serpa, pelas responsabilidades que lhe são reconhecidas na imprensa desportiva nacional, de que não deveria ser tão leviano assim nas suas afirmações ou, se quiser, tão superficial. A verdadeira barreira não é 1974 mas sim 1994. E se o senhor fala em constatação de realidade, são os números as maiores testemunhas dessa realidade.
Quer ver? Entre 1974 e 1994, ou seja em 20 anos de democracia o S.L. e Benfica ganhou 17 títulos. 17! Foram 10 campeonatos nacionais e 7 taças de Portugal contra 8 campeonatos e 5 taças do F C Porto e 2 nacionais e 2 taças do Sporting. A grande viragem dá-se efectivamente a parir de 1994, já os tempos de democracia íam longos. Mas a partir daqui, se me permite lembrar-lhe, entram as viagens ao Brasil dos Calheiros, entram os José Guímaros, entram os cafezinhos com leite e os chocolatinhos, entram os Calores da Noite, entram os Apitos Dourados. Mas isso, Sr. Vítor Serpa, são outros quinhentinhos.
sexta-feira, janeiro 12, 2007
O PreDatado conversou no café com Kontrastes. O que ele nos perguntou e aquilo que respondemos pode ser lido aqui.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
Acho que as minha amigas leitoras e os meus amigos leitores devem estar admirados de há quase uma semana o Sr. PreDatado não ter vindo aqui escrever nada neste blog. A verdade, verdadinha, é que tenho andado muito ocupado nos preparativos da minha viagem à Índia. E como disse o nosso PR não é uma viagem à história nem uma viagem de passeio. Mas no meu caso também não é uma viagem de negócios, pois para mim há vida para além da balança de pagamentos. É apenas uma viagem de amor. A esta índia:
Índia seus cabelos nos ombros caídos
negros como a noite que não tem luar
seus lábios de rosa para mim sorrindo
e a doce meiguice desse seu olharÍndia da pele morena, sua boca pequena eu quero beijar
Índia, sangue tupi, tem o cheiro da flor
Vem, que eu quero te dar
Todo meu grande amor
Quando eu for embora para bem distante
e chegar a hora de dizer adeus
Fica nos meus braços só mais um instante
deixa os meus lábios se unirem aos seus
Índia levarei saudade da felicidade que você me deu
Índia, a sua imagem
sempre comigo vai
Dentro do meu coração, flor do meu Paraguai.
sexta-feira, janeiro 05, 2007
Hoje estava a dar uma vista de olhos à minha velha colecção de selos, quando me fixei nuns selos de 1972 lançados para comemorar o 2º centenário da criação do ensino primário oficial. De repente veio-me um tristeza tão grande que só podia ser a da pena de não poder assistir, em 2106, ao lançamento da série filatélica comemorativa do 1º centenário do encerramento de escolas, maternidades e centros de saúde em Portugal. Quem continuará a minha colecção de selos?
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Os jogadores de futebol vão deixar de ter um regime especial de tributação. Começo por dizer que acho bem. Acho bem que acabem os regimes especiais seja para jogadores de futebol, seja para profissionais em qualquer outra actividade. Se temos que pagar impostos que paguemos numa base igualitária. Entretanto o Sindicato do Jogadores põe como hipótese decretar uma greve de jogadores contra esta medida do governo. Continuo a minha reflexão com um também acho bem. E acho bem não pelo particular motivo desta greve, mas pelo que deveria ser um movimento geral dos cidadãos. Um dia destes, aqui no meu recanto fiz um pequeno apanhado de em quanto contribuo para os cofres do Estado. Considerando o IRS e a Segurança Social são 40% à cabeça. Do restante que recebo (há quem chame salário líquido, eu chamo-lhe grãos de areia) e que serve para eu pagar os bens que consumo sem sobrar um tusto, vão mais 21% em IVA. Tendo em conta que fumo (poderão dizer problema meu, mas a verdade é que fumo) e que ando de carro, o tabaco e a gasolina têm uma tributação que chega a atingir praticamente 70% do PVP. Pago IMI, taxa de saneamento e IMV. Sou duplamente tributado quando compro um carro pois não só pago IA como pago, também, IVA sobre o preço do carro com IA. E se me esqueci de alguma taxa mais, perdoem-me, mas assim, num só ano, mais de 60% do meu rendimento vai para o Estado. Voltando à vaca fria, acho bem a greve contra os impostos. Acho até bem uma greve geral, um levantamento popular, uma revolução. Ou não foi por se revoltarem contra os impostos que a corte britânica lhes impunha, que os americanos declararam a independência dos Estados Unidos?
terça-feira, janeiro 02, 2007
Chamo-me Maria Árvore e procuro aqui contar-vos o dilema da minha vida que dava para encher mais 10 filmes do Manoel de Oliveira, tal qual o contei ao meu psicólogo, recostada, deitada, sentada, em posição de lótus no seu divã.
Foi assim que no dia 2 de Janeiro de 2004 ela começou a escrever o blog. E foi deitada no divã que eu a conheci. Salvo seja, pois não sou o seu psicólogo. A língua portuguesa é muito traiçoeira.
Pois bem, 3 anos é muita fruta, eu sei porque já passei por eles, mas não me parece areia demais para a camioneta da Maria Árvore. Ela tem sempre uma história e por vezes até mais, pois não me parece mulher para se ficar por uma por dia, para contar, quer seja para nos fazer pensar ou seja simplesmente para nos divertir. E além de vídeos divertidos, de fotos quase quase no limite e de saber descobrir e divulgar um poema ou uma canção a propósito ela também sabe agarrar uma causa.
E é por causa de tudo isso, que esta referência que lhe faço hoje não é só porque ela merece. É principalmente porque ela merece ser lida.
segunda-feira, janeiro 01, 2007
Hoje, quando acordei faltavam 15 minutos para as onze. O ano novo já era, o dia já levava dez horas e quarenta e cinco minutos, mais coisa menos coisa o que significa que daqui a pouco estamos no Carnaval, ou seja, não tarda está aí a Páscoa. E a malta aproveita os três dias, com a sexta feira santa incluída, para ir à terra, os que a têm, ou passar três dias no Algarve e engarrafar a A2 desde a estação de serviço de Grândola até ao nó da Marateca, no Domingo à noite. Pela Páscoa já será Primavera e a malta já usa blusas de manga curta e as gajas os umbigos à mostra numa antecipação de que o Verão está à porta e que vamos todos ver de novo as reportagens sobre a degradação da falésia algarvia e dos acidentes na 125, vamos ver muitos carros de matricula francesa e algumas belgas, suíças e alemães, embora destas menos, e ouvir ao nosso lado, na praia ou no Carrefour, jean marie vienzissi si non levas une bofetade na trombá. E chegaremos a Setembro com a pele da mesma cor daquelas senhoras de cabelo louro ou madeixas, assim mais ou menos pelos ombros, que aparecem na televisão todo o ano bronzeadas e que vestem muito bem coisas da moda e dos mais caros costureiros não sei se material emprestado ou comprado com cartão Visa. Mas isso será só lá para finais de Setembro quando o Verão terminar, mas que se lixe pois já cheira a castanha assada e a malta já está a pensar no Natal e na corrida aos centros comercias comprar as prendinhas de Natal e depois chegar a casa ligar o televisor e ouvir aquelas senhoras, que referi há pouco, de pele bronzeada todo o ano, paradigmas do consumo de solários e Louis Voitons e Chaneis botarem faladura contra o consumismo em que se transformou esta época. E só falta uma semaninha para o Reveillon e para o quase esgotar das garrafas de champanhe nas prateleiras do Jumbo e do Continente. Afinal de contas falta pouco mais de 364 dias para a festa não é? Já me apetece dizer Feliz Ano de 2008!