Às vezes falta-me o motivo, outras a inspiração. Há dias em que sou atacado pela preguiça e outras pela não pachorra. Mas quando, nas minhas blogóricas leituras encontro uma foto como a que se junta e que roubei descaradamente deste blog que, apesar de “postada” quase anonimamente, não me custa identificar quem dos co-autores do ante-et-post a colocou lá, vem-me sempre uma recordação, uma vontade de dizer qualquer coisa. Era puto teria os meus 10 anos, adorava ir às amoras. Silvestres, claro. O que me faltava em altura e em técnica para subir valados sobrava-me em arranhões. Não sei o que o impressionou mais, se chegar a casa feito um Cristo e apenas ter comido meia dúzia de amoras empoeiradas, se o consumo exagerado de mercurocromo e tintura de iodo, a verdade é que o meu pai combinou comigo e com o meu irmão ir-mos num tal fim de semana às amoras. A ponta de uma cana rachada ao meio, com um pequeno travessão que caía a cada investida nos ramos mais altos, um torção da cana e um puxão e ei-las, lindas negras, limpas, brilhantes, doces, deliciosas, colhe mais, que bom. Foi uma das maiores diarreias da minha vida. Mas ainda tenho saudades dos valados hoje transformados em prédios.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
905. Amoras

Às vezes falta-me o motivo, outras a inspiração. Há dias em que sou atacado pela preguiça e outras pela não pachorra. Mas quando, nas minhas blogóricas leituras encontro uma foto como a que se junta e que roubei descaradamente deste blog que, apesar de “postada” quase anonimamente, não me custa identificar quem dos co-autores do ante-et-post a colocou lá, vem-me sempre uma recordação, uma vontade de dizer qualquer coisa. Era puto teria os meus 10 anos, adorava ir às amoras. Silvestres, claro. O que me faltava em altura e em técnica para subir valados sobrava-me em arranhões. Não sei o que o impressionou mais, se chegar a casa feito um Cristo e apenas ter comido meia dúzia de amoras empoeiradas, se o consumo exagerado de mercurocromo e tintura de iodo, a verdade é que o meu pai combinou comigo e com o meu irmão ir-mos num tal fim de semana às amoras. A ponta de uma cana rachada ao meio, com um pequeno travessão que caía a cada investida nos ramos mais altos, um torção da cana e um puxão e ei-las, lindas negras, limpas, brilhantes, doces, deliciosas, colhe mais, que bom. Foi uma das maiores diarreias da minha vida. Mas ainda tenho saudades dos valados hoje transformados em prédios.
Às vezes falta-me o motivo, outras a inspiração. Há dias em que sou atacado pela preguiça e outras pela não pachorra. Mas quando, nas minhas blogóricas leituras encontro uma foto como a que se junta e que roubei descaradamente deste blog que, apesar de “postada” quase anonimamente, não me custa identificar quem dos co-autores do ante-et-post a colocou lá, vem-me sempre uma recordação, uma vontade de dizer qualquer coisa. Era puto teria os meus 10 anos, adorava ir às amoras. Silvestres, claro. O que me faltava em altura e em técnica para subir valados sobrava-me em arranhões. Não sei o que o impressionou mais, se chegar a casa feito um Cristo e apenas ter comido meia dúzia de amoras empoeiradas, se o consumo exagerado de mercurocromo e tintura de iodo, a verdade é que o meu pai combinou comigo e com o meu irmão ir-mos num tal fim de semana às amoras. A ponta de uma cana rachada ao meio, com um pequeno travessão que caía a cada investida nos ramos mais altos, um torção da cana e um puxão e ei-las, lindas negras, limpas, brilhantes, doces, deliciosas, colhe mais, que bom. Foi uma das maiores diarreias da minha vida. Mas ainda tenho saudades dos valados hoje transformados em prédios.
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