terça-feira, novembro 25, 2008


1299. Às terças…












Como um murmúrio de fado

Como um murmúrio de fado,
De amor e só de amor
Numa estranha melodia,
Em ritmo descompassado
É do coração tremor
E da paixão fantasia.

Nos alvos lençóis de linho
Que nos cobrem por pudor
Há um vulcão acordado;
Começa a soar baixinho
(Mas não com menos calor),
Como um murmúrio de fado.

E num silêncio abafado
Que em teu rosto rubra cor
Teus intentos, denuncia,
Construímos nosso fado
De amor e só de amor
Numa estranha melodia.


Quando esse vulcão explode
De êxtase e desvario
Resto-me em ti abraçado
E, a lava que eclode
É como um fado vadio
Em ritmo descompassado.

Dois corpos um só desejo
Que neste fado a rigor
A guitarra desafia,
Seja uma nota ou solfejo
É do coração tremor
E da paixão fantasia.



Versos PreDatado©2008

Foto de Paulo Costa retirada aqui do seu blog

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