segunda-feira, maio 31, 2004

408. Lunch Time Blog

Coitado do pato. Se um tipo cai numa armadilha, tem logo alguém à perna que lhe diz ‘caíste que nem um pato’. Se um indivíduo apresenta um comportamento provinciano (no sentido pejorativo), tem logo alguém a chamar-lhe ‘pato bravo’. Expressão idêntica serve para designar os construtores civis, ou alguém que conduzindo um Mercedes, apresente um ar bonacheirão ou conduza mal, aliás pior que os outros. Se alguém pagou o que eu devia pagar, a comida ‘soube-me a pato’. A única expressão simpática que conheço para o bichinho é quando, carinhosamente, a mãe, na praia, gaba a presença das crias na água ‘passam lá o dia todo, parecem uns patinhos’. Até os nossos irmãos brasileiros lhe trocaram o nome e chamam-lhes marrecos. Logo eu que gosto tanto destes corcundinhas desfiadinhos, misturados com arroz e cozinhados no forno. Hoje o meu almoço só pecava por a travessa não trazer uma pequena rodelinha de chouriço e uma pequena fatia de toucinho que, além do embelezamento do recipiente “fornífero”, deixa um aroma que as pituitárias agradecem. Repeti o Quinta da Caniça, tinto, por ter gostado antes e, porque em equipa que ganha não se mexe… às vezes.

PS. Schubert, estou com saudades tuas. Foi um fim-de-semana de grandes cumplicidades, ambos a subirmos as árvores. Imagina a cumplicidade quando tu tiveres idade de ires às gatas. Cala-te boca.

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