quarta-feira, abril 14, 2004

Choro

Estou fartinho de chorar. Ontem, como não podia sair de casa, não fui comprar A BOLA. Hoje fui ler a crónica de Miguel Sousa Tavares na Internet (só disponível no dia seguinte) e fartei-me de chorar. A habitual ladainha do esforço a que são submetidos os jogadores do seu FCP. Ai que pena, que nervos, que crises lacrimejantes. Não vou falar de mim, pois como vós sabeis amigas leitoras e amigos leitores eu não sou nada de falar de mim. Nem vou falar dos operários da construção civil, dos estaleiros navais, da limpeza do lixo, nada disso. Porque falar deles teria de falar dos contratos chorudos que têm. Ainda há pouco, um cantoneiro da CM aqui da região foi contratado por 3 anos num esforço terrível do presidente da respectiva edilidade por milhões de euros por época, que eu nem me atrevo a dizer. E não me venham com a indústria do futebol. Com as receitas geradas. A última empresa em que eu trabalhei, facturava 300 milhões de contos (eu disse contos, não disse euros) e nem o seu presidente tem o ordenado do Deco. Eu aqui a ler o Miguel Sousa Tavares e a chorar que nem carpideira em noite de velório. Vou ali limpar as lágrimas e já volto.

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