684. Um post erótico
Ainda não percebi a corrente, de onde partiu e onde vai chegar. Costumo ler o blog da Catarina e já vi mais do que uma ver a referência a um post erótico.
Sempre que se fala numa história erótica lembro-me do John the Kid. John the Kid era um dos mais temidos pistoleiros do farwest. Falar no seu nome era caganeira certa. Se alguém, alguma vez entrasse num saloon e dissesse algo do tipo “consta que chega amanhã John the Kid” a cidade transformava-se num deserto em menos de 5 minutos. Durante dois dias ninguém saía à rua. Apenas se ouvia o vento e se via a poeira nas ruas, não bastas vezes arrastando arbustos pela dita fora. As escolas fechavam, as lojas não abriam, só os postigos entreabertos davam para ver, de vez em quando, um par de olhos espreitando a chegada de alguém. O terror instalava-se. Mas no meio do quase silêncio uma casa permanecia aberta, uma luz ténue espreitava da porta, um piano desafinado tentava transmitir algumas notas algures importadas da Europa. E porque é que esta casa se mantinha aberta, podereis vós estar a pergunta-vos neste momento. Era o hotel-bar de Miss Persival uma americana de segunda geração, cuja mãe, italiana de origem, morrera de parto. Criada com o pai, garimpeiro e bêbedo crónico, não tivera uma educação esmerada mas tivera olhos para a vida. Tornara-se rameira e na época, cinquentona, era proprietária do Persival’s Resort o único hotel ‘com todo o serviço incluído’ da cidade. E sendo o único que poderia fornecer um serviço tão completo não tinha receio de John the Kid. Ele, onde quer que chegasse, fodia tudo!
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