quinta-feira, fevereiro 28, 2008

1165. Um dia, em Portugal, também nós aprenderemos

O meu rádio-despertador Philips avariou. Ainda na garantia levei-o ao balcão do Serviço de Clientes da Box no Almada Fórum. Fui simpaticamente atendido por um recepcionista que verificou o sintoma descrito, confirmou a validade da garantia, efectuou o registo de dados, emitiu três guias em impressora laser ou jacto de tinta, assinou uma delas que me facultou, eu assinei outra que confirma que o aparelho que entreguei era aquele mesmo. Agora o empregado vai embalá-lo, expedi-lo via CTT ou um qualquer serviço Direct Mail, provavelmente Express, a Philips vai recepcioná-lo, dar a respectiva entrada do aparelho e, também provavelmente … jogá-lo para a lixeira (esperemos que ecológica ou reciclável). Com certeza que se a Phillips seguir os padrões internacionais de minimização do custo não irá reparar o aparelho, a não ser que seja subsidiada pelo estado holandês ou quiçá mesmo pelo português que, numa atitude quase inédita na sociedade de consumo em que vivemos, de amizade com o ambiente, venha a substituir apenas o componente electrónico avariado, com um custo hora/homem muito relevante. Entretanto, a Philips enviará o mesmo ou outro aparelho de novo para a Box de Almada onde eu, que fiquei sem o rádio-despertador por um período que variará entre 15 a 30 dias, terei novamente de me deslocar para recuperar o irritante produtor de brr brr. Somemos as componentes de custo, (tempo do funcionário, dobrados custos de embalagem e expedição, custos de impressão de 3 vias de papel em jacto de tinta ou laser, pelo menos, já que não conheço os procedimentos do lado do representante da marca, os custos administrativo do tratamento da dita operação), adicionemos a insatisfação de um cliente que, embora simpática e profissionalmente tratado, vai ficar até 30 dias – dizem-me que no máximo – privado do seu despertador e calculemos agora o valor acrescentado e a produtividade de toda esta operação para, tcham tcham tcham tcham, um aparelho que vale apenas como PREÇO DE VENDA AO PÚBLICO, 16,99€. Alguém acredita que a Philips vai reparar um aparelho que terá custos de produção à volta dos 25% do PVP, e custo de reparação maior que o próprio PVP? Não seria muito mais eficiente e muitíssimo mais barato terem feito uma troca directa?

PS. Em alguns cursos por onde passei aprendi coisas como “um cliente insatisfeito transmite essa insatisfação a terceiros num rácio de 10 para 1 face à divulgação de satisfação de um cliente satisfeito”. E para não que não seja eu a torpedear este rácio coloco aqui a minha insatisfação em post.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008




1164. Então é assim…

(eu andava louco por começar um post com esta frase), eu sou um bocado vaidoso nas coisas que me tocam no sangue. Tenho um primo que é campeão europeu de JetSki e eu não sabia? Pois é verdade, o Marco Espada é meu primo e é um campeoníssimo. Claro que não posso deixar de publicar uma foto dele em grande estilo com os agradecimentos ao José Filipe Monte que é o autor da fotografia.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008


1163. Inflação o que é?

Ao ouvir hoje o valor da inflação calculado pelo INE para o mês de Janeiro, que segundo aquele Instituto (do Estado) se cifrou em 2,9%, dei por mim a abanar a cabeça e a pensar “transportes 3,9%, leite 15%, pão 30%, gás 3,6%, electricidade 2,9%, carne de porco 20%, inflação de Janeiro 2,9%, mas onde é que raio o Governo foi calcular os 2,1% de inflação para o OE 2008?” Ora, a favor da transparência, não seria normal o Governo informar o povinho qual o cabaz dos bens que constituem o modelo de cálculo? Ou será muito pedir-lhe que não nos esconda ao menos isso?

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

1162. Lemnbranças

A Mirian, do Caldeirão da Bruxa, lembrou-me que em tempos eu escrevi isto:

Quis pintar essa rajada de vento de outra cor.
Fiquei na dúvida... Não me lembro que cor tinha antes.

Fiquei ébrio com o odor daquele fá sustenido saí­do das ondas.
Apenas não me lembro do cheiro.

Não vi o som que brotava mas que me invadiu.
Que distracção a minha. Como poderei agarrá-lo de novo?

Toquei no nada, mas ele já lá não estava.
Raiva! Porque fugiu de mim? Era tão quente!

Amei o mar e do acto nasceu uma sereia,
Consigo ouvir o som dela, mas não a consigo tocar.
É igual ao fá sustenido, só que cheira a pôr do Sol.

Não. O cheiro não é o mesmo, mas tem o calor do nada.

Já sei! Vou pintar a rajada de azul...
É da cor do mar e depois... depois vou fazer amor com ela.


E a Mirian colocou essa lembrança na sua série "buraco da fechadura". Obrigado.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008


1161. Yo no creo en brujas, pero que las hay… las hay

Estava eu muito quietinho a conduzir, como quase estou sempre quando conduzo e, a ouvir rádio, como quase sempre faço no carro em alternância com o CD, quando o António Cartaxo da Antena 1 dedicou a sua rubrica de música clássica de hoje ao número 13. E porquê? Porque Richard Wagner morreu no dia 13 de Fevereiro de 1883. E não só. António Cartaxo fez outras referências à relação de Wagner com o número 13 e eu aprofundei na net, a coisa. Estão a ver? Na verdade a 13 de Fevereiro de 1883 ou de outro qualquer ano devem ter morrido muitas pessoas e talvez até pessoas que tenham nascido em 1813, tal como Wagner. Mas vistas bem as coisas, contando as letras de Richard Wagner dá exactamente 13, ou seja 7 de Richard e mais 6 de Wagner. Pois é, e se acrescentarmos a isso que as suas maiores óperas

• Die Hochzeit (O Casamento) (1832), abandonada antes de ser completada
• Die Feen (As Fadas) (1833-34)
• Das Liebesverbot (Amor Proibido) (1835-36)
• Rienzi (ou também: Rienzi, o Último dos Tribunos) (1838-40)
• Der fliegende Holländer (O Holandês Voador; ou "Le Vaisseau Fantôme", O Navio Fantasma) (1840-41)
• Tannhäuser (1843-45)
• Lohengrin (1846-8)
• Tristan und Isolde (Tristão e Isolda) (1857-59)
• Die Meistersinger von Nürnberg (Os Mestres Cantores de Nurembergue) (1862-67)
• Der Ring des Nibelungen (O Anel do Nibelungo) (1853-54), uma tetralogia composta pelas seguintes óperas:
o Das Rheingold (O Ouro do Reno)
o Die Walküre (A Valquíria) (1854-56)
o Siegfried (1856-57 e 1864-71)
o Götterdämmerung (Crepúsculo dos Deuses) (1869-74)
• Parsifal (1877-82) ,

são exactamente 13 começa a dar que pensar. Claro que para mim isto são só coincidências, mas olhando de novo para Wagner reparamos também que foi a 13 de Agosto de 1876 que se deu o 1º festival de Bayreuth, o número 13 é, portanto um ícone de Wagner. E Parsifal, uma das suas mais emblemáticas obras ficou acabada a 13 de Janeiro de 1882 (podia também ter referido que as últimas notas de Tannhäuser foram escritas em 13 de Abril de 1845). Sem saber que seria a última visita que Liszt faria a Wagner, Franz Liszt toca-lhe uma peça improvisada chamada La Gondole Lugubre. A peça figura a procissão de uma gôndola fúnebre pelos canais de Veneza. Este encontro dá-se exactamente a 13 de Janeiro de 1883. Claro que há muitas outras datas na vida de Wagner, mas fica aqui esta resenha apenas por curiosidade.

PS. 13 de Fevereiro tem montes de efemérides. Até a irmã Lúcia teve a lata de morrer a um 13 de Fevereiro, no dia em que em 1965 tinha sido assassinado Humberto Delgado ou Catarina Howard, 5ª mulher de Henrique VIII, em 1542, condenada por adultério (há países que hoje em dia ainda executam mulheres pelo mesmo motivo, obviamente países atrasados 500 anos). Ah, é verdade, a 13 de Fevereiro de 1950 nasceu Peter Gabriel. Vou ali ouvir os Genesis e já venho, ok?

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

1160. Ai que coisinha doce

Bem sei que só daqui a 4 meses é que ela volta a jantar cá em casa. A filhota vai para Bóston para o MIT, o filhote está na Suiça no Erasmus ou coisa parecida e cá ficam o cota mais a cota a acostumarem-se a ficar sozinhos pois que, daqui a pouco, cada um irá para a sua casa. Portanto, o melhor é treinar já. Mas estou sempre às ordens para lhes ocupar a cozinha e definir novos sabores. Ou repetir os desta noite: os mexilhões à marinheira, as gambas com lula ao alhinho, a espetada mista de lulas e camarão e aquela sobremesa que ainda não tinham provado.
Desta vez não houve foto, mas há receita: 1 litro de leite para 150 gramas de arroz e mais coisa menos coisa uns 80 gramas de sultanas (podem ser douradas e tintas que fica melhor). Para adoçar eu prefiro o mascavado, sem exageros porque uns 30 / 35 gramas servem perfeitamente. Quem não o tiver em casa e não quiser ir comprar, o açúcar amarelo também dá. Não esquecer de juntar um pau de canela para quem aprecia ou uma vagem de baunilha para quem estiver para aqui virado (ou sou mais canela). Misturem tudo, liguem o lume e depois de iniciar a fervura, baixem-no de modo a deixar aquele borbulhar que leva à cozedura. Uns 15 minutos bastarão. E quando estiver quase, quase cozido o arroz, numa porçãozinha de leite frio façam misturar duas gemas e juntem a fio mexendo sempre, cozam-nas por uns 2 minutos e voilá! Vertam o tacho do arroz doce num prato grande e no entretanto preparem-lhe uma cobertura. Antes, se gostarem, polvilhem o arroz já no prato com um pouco de pó de canela. Vamos à cobertura? Uma lata de pêssego em calda e uma meia dúzia de maçãs (eu usei peros riscadinhos). Façam um sumo de maçã, juntem com os pêssegos em calda já escorridinhos (podem jogar fora a calda) e triturem na misturadora sem desfazer completamente. Fica assim uma coisinha espessa e de óptimo aspecto que cuidadosamente se coloca sobre o arroz doce. Comam e chorem por mais.


PS. 1. Em tempos li uma receita algures num livro, que já não sei precisar qual e que era basicamente a que aqui vos deixo. Não faço a mínima ideia se as quantidades e os ingredientes seriam os que apresento, mas com estas e com estes saiu bem. Depois digam se gostaram. 2. Mais um pontapé na dieta. Mas como só tinha abusado na 5ª feira da semana passada, um dia por semana é meu!

quinta-feira, fevereiro 07, 2008



1159. Caso encerrado


Acabei de ouvir na rádio, que o processo do espancamento ao vereador Dr. Bexiga da Câmara de Gondomar terá sido mandado arquivar. No tempo da PIDE era exactamente assim que se fazia, uma vez que estes tipos nunca eram alvos de um tratamento correctivo. Desgraçada e infelizmente eram quase sempre vítimas de uma queda escada abaixo ou de um acidente de viação. Relembro que o Dr. Bexiga terá sido, segundo Catarina Salgado ex-amante de Pinto da Costa (aliás, ex-mulher e até recebidos pelo então Papa João Paulo II), mandado brutalmente espancar pelos Super Dragões a pedido dela própria e a mando de Pinto da Costa. Mas cá para mim isto é tudo mentira e o homem caiu mesmo de uma escada abaixo. Se quiserem saber o verdadeiro nome da coisa, perguntem ao Dr. Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados. Ele não dirá nomes, nem que lhe peçam, mas dará com toda a certeza um nome à coisa.

sábado, fevereiro 02, 2008

foto:PreDatado


(clique na foto para ver em panorama)





1158. Apenas para

vos deixar uma foto de Almada vista do Parque da Paz, onde pela manhã faço as as minhas caminhadas.