domingo, agosto 26, 2007

1132. Lunch Time Blog (estupidamente colocado à hora de jantar...)

Por enquanto estás perdoado. É Domingo, o dia primeiro de Setembro ainda tarda um pouco e as loucuras a que estás autorizado perdoam o mal que te fazem para o bem que te sabem. É por isso que te deixo escrever hoje este Lunch Time Blog. Mas não abuses pois serei teu guardião.

Palavras do Schubert sob os odores tropicais ou uma maneira diferente de cozinhar um frango.

A receita ouvi-a por alto num programa daqueles canais estrangeiros, assim como que a meio da noite, tendo acordado a pensar que a tinha sonhado. Pelo sim pelo não resolvi experimentar. Sou dos que preparam os ingredientes todinhos antes de deitar mão aos tachos pois assim vos relatarei. Escusado será dizer que lavo todos os legumes tão bem que chega a parecer paranóia, limpo por dentro as grainhas e a polpa branca aos dois pimentos, um verde e outro vermelho, morrone mesmo, aos quais faca afiada transforma em pequenos pedaços. A cenoura é cortada às rodelas, a cebola em meias rodelas grossas e de legumes, para já, estamos falados. Não esqueçam que para a confecção vai ser imprescindível um bom azeite, alho em pó, cominhos moídos, polpa de tomate, alecrim, passas de uva e azeitonas. Vinho branco e caldo de galinha. Um piri-piri, dispensável a quem o picante não combina com os ácidos gastro-intestinais e sal q.b. (eu não lhe deitei pitada, pois como sem sal desde há alguns anos, mas mereci os respectivos reparos de quem comigo partilhou a mesa; afinal não estamos sós e não só a marcianos me refiro). Ah é verdade, o frango pois claro! Cortado em pedaços grandes tipo uns oito e está bom assim, vai a alourar no azeite após o que se junta a polpa de tomate, o alho em pó e os cominhos moídos e um copo de vinho branco onde a ave penada suará por breves minutos. Se isto fosse áudio-visual eu mostrava-vos como lhe junto os “pozes” e embebedo o galináceo (melhor dizendo, as suas oito trinchadelas) já quer mãozinha para estas coisas nem toda a gente tem, não acham? Paulatinamente envolvendo o frango nestes sabores (e cheiros) sem nunca deixar pegar, junto-lhe o alecrim e dou-lhe mais umas voltas. Depois de cobrir com os legumes, a ordem é arbitrária pois são para juntar sucessivamente, afoga-se de rasante “o entulho” com o caldo de galinha previamente preparado. O piri-piri pode ser por estas alturas bem como o sal a gosto. As passas de uva e as azeitonas juntar-se-ão depois de 10 minutos de cozedura, já em lume brando, e estará pronto quando os seus 30 minutos tiverem passados, ou melhor quando o vosso frango estiver cozido. Acompanhe com um arroz bem solto ou uma saladinha de alface à parte.

PS. Na nossa casa mandamos nós, isto não é nenhum restaurante e por isso usa-se a colher de pau, pois claro. Tirando o tupperware e o tablier do carro ainda não me sinto muito à vontade com a era dos plásticos. Deixei-me levar pela sede e bebi um rosé, não digo a marca, com um conselho explícito de óptimo para acompanhar queijos e aves. Não esteve à altura dos acontecimentos. Paciência, na próxima volto aos tintos
1131. Assim é que eu gosto de o ver...

disse-me o espelho quando de repente dei de caras com ele; na verdade acordei tão bem disposto que hoje quem faz o almoço sou eu. Até já.

sábado, agosto 25, 2007

1130. Se o Lunch Time Blog morreu, viva o Lunch Time Blog!

O LTB deverá reaparecer no início de Setembro. Em novos moldes e provavelmente não diário. Entenderão porquê na altura própria. Cortei as courgettes amarelas (apetecia-me dizer aqui um palavrão ao exagero do preço, mas um dia não são dias) em pequenas tiras e o mesmo fiz ao alho francês e às cenouras. A cebola, depois de cortada ao meio fica propícia ao talhe em pequenas meias luas. A técnica serve para cortar o tomate ao qual se subtraem as grainhas. Salteia-se num pouco de azeite de oliveira, eu uso virgem extra de 0,7 mas não é obrigatório, e fica-se a saber que a cama de legumes para o meu bife fica pronta quando a cebola apresenta uma razoável transparência. O bife era da vazia e foi coberto de um molho de cogumelos e natas, cogumelos frescos bem se vê, que depois de laminados e cozinhados no azeite de fritar os bifes foram inundados de nata fresca e delicadamente misturados (anteriormente já tinha experimentado em vez do molho de cogumelos e natas, servir o bife coberto de uma fatia de queijo da ilha de S. Jorge; nesse caso optei também por fritar o bife com pimenta verde e rosa). Acompanhei com ravioli com recheio de legumes, cozidos em 9 minutos para ficarem al dente.
Nem sempre consigo encontrar um vinho que acompanhe bem um bife e um cardápio de legumes que juntei neste prato. No entanto apostei num Douro Capela Mor, muito acessível sob o ponto de vista económico, tenho ideia que me custou menos de 3 euros num hipermercado, não muito encorpado, límpido, com um toque de fruta. Acho que ganhei a aposta.

PS. O Schubert está aqui ao meu lado a ver-me escrever o post. Longe vão os tempos em que me pedia para almoçar comigo. Hoje, gato adulto feito, apenas pede para cheirar, dá meia volta e vai-se embora. Mesmo assim foi pertinente ao perguntar-me, se eu não vou escrever o LTB nos mesmo moldes de antigamente porque o fiz hoje? E eu respondi-lhe com outra pergunta: Não conheces o canto do cisne?

segunda-feira, agosto 20, 2007



1129. Cumprimos todos ok?

Recebi da Câmara Municipal de Almada (CMA) a carta que aqui divulgo. Sou proprietário de um apartamento no Concelho de Almada que adquiri aos antigos senhorios dos meus pais há cerca de quatro anos. Este apartamento tem 43 anos de idade e não tenho noção se a CMA alguma vez mandou uma carta idêntica aos antigos proprietários, esses sim, até há pouco tempo, donos na totalidade do imóvel onde se situa o meu apartamento. No entanto, concordo plenamente com a CMA sob a conservação de edifícios. Mas vou mais longe. Não são só os edifícios que contam para a imagem do Concelho. São os edifícios, os equipamentos, as infra-estruturas e muito mais. E como tal vou estar também atento. E este blog irá, até que as pontas dos dedos lhe doam, mostrar aqui onde a CMA ajuda a degradar a imagem do Concelho.

PS. O edifício, do qual faz parte o apartamento em questão, foi alvo no decorrer do ano passado de conservação da estrutura do telhado (o que nunca foi feito nos 43 anos precedentes) estando neste momento a assembleia de condóminos em vias de aprovação de outras obras tais como a substituição da coluna de água, pinturas e isolamentos interiores e exteriores pelo que a carta/ameaça a mim não me incomoda directamente. Apenas para que conste que o post supra nada tem de remoço nem de carapuça enfiada. Mas quem exige também tem de cumprir, certo?

sábado, agosto 18, 2007


1128. Surprise, surprise!
Ontem estava eu muito quietinho a um canto sentado com uma garrafa de champanhe bem fresquinho entre as mãos prestes a vertÊ-la em cristalina taça eis senão quando o bicho telemóvel desata numa toqueira de mensagem recebida e surpresa suurpresa das profundezas do deserto do Sahara esta menina e o seu respectivo se lembram de me desejar feliz aniversário de tal modo me presenteando e me lembrando que aquele calor todo de que estariam sofrendo nao se compadeceria com uma das supra referidas taças e vai daí garrafa à boca até á última gota. Tchim, tchim! À vossa!
PS. Muito obrigado aos que me parabenizaram ontem, através dos mais diversos electrónicos meios, hoje ao dispor da humanidade e, obviamente, àqueles e àquelas que me deram directamente o beijo na bochecha.

quinta-feira, agosto 09, 2007

1127. Lavagens , branqueamentos e vomitados

Estou a assistir na SIC Notícias a uma entrevista a Pinto da Costa que é de ir ao vómito. Já antes assisti, também na SIC, a uma entrevista à irmã de Carolina Salgado para a qual nem me digno gastar adjectivos. Uma jornalista do Expresso é co-autora de um livro de lavagem de Pinto da Costa. A SIC é da mesma holding. Cada vez acredito menos em coincidências.
Nunca, que eu tenha assistido em quase 52 anos de idade, se viu tamanho branqueamento de um arguido em qualquer processo. Nem com Carlos Melancia, nem com Vale e Azevedo, nem com Carlos Cruz, se usou tanto OMO, Ajax ou SKIP. O poder do futebol ou outros poderes, disso já não entendo nada.

PS. As conversas gravadas nunca existiram?

quarta-feira, agosto 08, 2007


1126. Eles estudaram nas mesmas escolas
Pronto, hoje vou comentar um tema muito querido ao meu amigo João Espinho. Vou falar de Beja. Ou melhor, vou falar do Hospital de Beja.

“Atitude centrada no utente, no respeito pela dignidade humana e na promoção da saúde da comunidade;

Cultura do conhecimento, da excelência técnica e da lealdade;

Postura e desempenhos com respeito pela ética e responsabilidade social”

Estes são os Valores, bem escarrapachados na entrada do Hospital José Joaquim Fernandes, SA, em Beja. A entrada foi registada às 11:21h. Os sintomas eram os de cálculos renais. As evidências eram cólicas. O diagnóstico constou de análises e ecografia. Às 12:45 estes exames estavam concluídos. A saída do hospital deu-se às 20.30H. O utente era apenas mais um utente. Outro utente, entrou cerca da 15:00h. Tinha uma luxação num braço, desconheço a gravidade. Antes das 16 e após RX estava de saída. O seu apelido não digo, mas é um dos mais notáveis de Beja. Pode ter sido uma simples coincidência (há quem acredite) mas se não, então os Valores foram pelo cano. Se são estes SA que temos então são iguaizinhos aos de gestão pública. Ou pior.

PS: Não fomos os únicos a ficar 9 horas nas urgências. E não temos oitenta e tal anos como muitos dos que por lá passaram (e passam).