1105. Dificil arranjar um título para isto, bom..., talvez Cebolas. Ok, fica Cebolas, não se fala mais nisso.
Eu não tenho muita piada a escrever, tipo daquela que dá logo para se fazer um sketch à la Gato Fedorento ou, menos ambiciosamente, tipo Inimigo Público ou Luís Filipe Borges. Mas gosto de escrever e, mesmo quando trato de assuntos sérios, de deixar um pequeno sorriso nos lábios de quem me lê. Claro que não estou a falar em deixar as pessoas alegres quando escrevo um epitáfio para a campa de alguém que nos é querido, mas mesmo assim, se há uma característica em mim é a de não tentar provocar a lágrima (ía cair na tentação de escrever fácil, mas não escrevo, parece conversa de deputado) no canto do olho de ninguém. E se os olhos se molharem que seja de felicidade! Pois bem, perguntava-me uma amiga, de velhos tempos de comentadora no PreDatado e mais tarde minha anfitriã no Ante & Post, porque é que eu andava tão ausente da blogosfera. Não consegui arranjar uma explicação mais convincente do que a da preguiça (quase sempre sai bem). Como não me pareceu que ela tivesse engolido a desculpa sempre fui adiantando que me faltava a inspiração para escrever originais e que, comentar do jeito que eu gosto as noticias que vão passando nas rádios e nas televisões seria como que plagiar. É que, em boa verdade, cada vez mais, acho que os nossos políticos e os nossos socialites e, como consequência os nossos media, estão numa fase em que não são capazes de produzir uma notícia que eu não ache imediatamente que se trata de uma piada. E depois vou fazer o quê? Plageio ou faço o oposto? Pego numa cebola e começo a descascá-la aqui?
PS. Tal como o António Costa disse a propósito das conversas com a Helena Roseta, as conversas particulares não são para divulgar, mas tenho a certeza que a minha querida Karla não me vai levar a mal se eu cometer a indiscrição de dizer que no meio do nosso “bate-papo” ela me perguntou pelo meu Benfica: Que raiva! Com uma pergunta destas quem é que depois consegue escrever uma piada?
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