1171. Leave them kids alone
Hoje vou falar mal, foda-se! Para os hipócrates bem falantes que ganham exurbitantemente a cagar postas de pescada na TV por tudo e por nada, que são especialistas desde estratégia internacional a pedopsiquiatria, passando pela sua grande formação em aeroportos e bolas de Berlim, a cena da miúda com telemóvel e o seu ataque de histeria, caiu como sopa no mel. Final da década de 70, Liceu D. João de Castro, na turma onde este vosso escriba andava, o meu colega Q. apanhado a copiar (o ponto de um que por acaso até viria mais tarde a ser primeiro-ministro desta caca de país), pelo professor de francês, recusando-se a mudar de lugar a mando do professor (como a outra se recusou a largar o telemóvel) mandou o professor para o caralho. Com todas as letras e também tratando-o por tu: "Vai pró caralho!". Contar-vos-ía centenas de histórias de irrevência de jovens e adolescentes, de agora e de outros tempos, se eu quisesse. Para cada "crime" o seu castigo (faço aqui um parêntesis para dizer que me oponho determinantemente aos que acham que o que a miúda fez se enquadra em qualquer moldura criminal). Posso-vos garantir que a pena que o meu colega Q. levou não foi mais grave do que a da miúda da Carolina Michaellis. O que faltou ao "outro tempo" foi haver telemóveis, you tubes, TV e liberdade para divulgar. Vão-se foder moralistas.
segunda-feira, março 31, 2008
sexta-feira, março 14, 2008
1170. Pi Day
A mania que os americanos têm de escrever as datas começando pelo mês faz com que eles hoje dia 3 / 14, tenham mais um dia festivo. É o Pi Day o dia do 3,14. Já estou a ver as montras dos centros comerciais, tipo dia dos namorados, cheios de coraçõezinhos com máquinas de calcular, palm-tops e portáteis de última geração metidos em caixinhas de bombons, com laçarotes e tudo. Ainda bem que os europeus apenas têm o Pi Aproximation Day no dia 22 / 7 (22 a dividir por 7 é de facto aproximadamente 3,14). Por esse mês, dá-nos cá um calor que a gente não quer saber de centros comerciais para coisa nenhuma. A malta quer é praia (diga-se de passagem que já está a fazer falta). Mas, já agora, quero relembrar que de Albert Einstein comemora-se hoje o seu dia de nascimento. Logo ele, uma proeminente figura do mundo científico ter nascido no dia do Pi não será coisa para se perguntar ao professor Karamba? Caramba!
terça-feira, março 04, 2008
1168. Cantar Alentejano
Agradeço à minha amiga Lena que me mandou o e-mail com o link para este site. Mais de 90 cantigas alentejanas. Para quem gosta como eu, vale a pena lá ir.
Agradeço à minha amiga Lena que me mandou o e-mail com o link para este site. Mais de 90 cantigas alentejanas. Para quem gosta como eu, vale a pena lá ir.
1167. Cheira-me a esturro
Uma mulher conduz um automóvel a roçar o topo de gama. É baleada à queima-roupa com dois tiros, um dos quais no peito, no parque de estacionamento da viatura. Não se sabe se calma ou precipitadamente o assassino abandona o local. Não rouba absolutamente nada e alguém sugere tratar-se de um caso de carjacking. Ai que cheiro...
Uma mulher conduz um automóvel a roçar o topo de gama. É baleada à queima-roupa com dois tiros, um dos quais no peito, no parque de estacionamento da viatura. Não se sabe se calma ou precipitadamente o assassino abandona o local. Não rouba absolutamente nada e alguém sugere tratar-se de um caso de carjacking. Ai que cheiro...
segunda-feira, março 03, 2008
1166. Entre bandidos
Quem, como eu, está acostumado a ir ao Estádio da Luz, pode verificar que, com excepção das claques organizadas, os adeptos do Glorioso Sport Lisboa e Benfica, assistem lado a lado com os adeptos do clube adversário, que ostentam sem reservas os seus símbolos, camisolas, cachecóis, bandeiras e outros artefactos, às partidas de futebol. Isto acontece desde a inauguração do novo Estádio, tendo-se dado, aí sim, início a um novo ciclo de convívio entre os Benfiquistas e os seus adversários, que não consideramos inimigos. Tiro o meu chapéu em saudação às direcções do Sport Lisboa e Benfica por terem decidido assim.
Ontem, por ausência dela, ocupei o lugar da minha filha, no estádio de Alvalade, ao lado da minha mulher, ambas sportinguistas de sempre. Pelo sim pelo não, abdiquei de levar comigo o que quer que fosse que me identificasse como adepto do Benfica. Em boa hora o fiz e confesso que nunca assisti a um jogo tão aterrorizado como o fiz ontem. Aconselhou-me a experiência e proviu-me de censo a maturidade para não festejar o golo do Benfica. Outros (dois que eu visse), dada a sua juventude e eventual ingenuidade não tiveram o mesmo sangue frio. Um deles foi esmurrado logo na própria bancada. Outro, vi eu com estes que a terra há-de comer foi pura e simplesmente corrido do seu lugar ao murro e ao pontapé. É o que espera a quem comete os crimes de comprar bilhete, ir ao estádio ver o jogo e ser do clube adversário. Por momentos senti dor, pena e até raiva da minha mulher e da minha filha pertencerem a este bando de malfeitores.
PS. Fui uma vez ao velho estádio do Sporting quando tinha 10 anos de idade. Fui também ver um Sporting x Benfica e festejei um dos golos da minha equipa. Felizmente um primo meu, já falecido, também sócio do Sporting e homem feito, safou-me de levar algumas palmadas. Pensei que 42 anos depois a tribo tivesse evoluído. Infelizmente os grunhos ainda lá estavam.
Quem, como eu, está acostumado a ir ao Estádio da Luz, pode verificar que, com excepção das claques organizadas, os adeptos do Glorioso Sport Lisboa e Benfica, assistem lado a lado com os adeptos do clube adversário, que ostentam sem reservas os seus símbolos, camisolas, cachecóis, bandeiras e outros artefactos, às partidas de futebol. Isto acontece desde a inauguração do novo Estádio, tendo-se dado, aí sim, início a um novo ciclo de convívio entre os Benfiquistas e os seus adversários, que não consideramos inimigos. Tiro o meu chapéu em saudação às direcções do Sport Lisboa e Benfica por terem decidido assim.
Ontem, por ausência dela, ocupei o lugar da minha filha, no estádio de Alvalade, ao lado da minha mulher, ambas sportinguistas de sempre. Pelo sim pelo não, abdiquei de levar comigo o que quer que fosse que me identificasse como adepto do Benfica. Em boa hora o fiz e confesso que nunca assisti a um jogo tão aterrorizado como o fiz ontem. Aconselhou-me a experiência e proviu-me de censo a maturidade para não festejar o golo do Benfica. Outros (dois que eu visse), dada a sua juventude e eventual ingenuidade não tiveram o mesmo sangue frio. Um deles foi esmurrado logo na própria bancada. Outro, vi eu com estes que a terra há-de comer foi pura e simplesmente corrido do seu lugar ao murro e ao pontapé. É o que espera a quem comete os crimes de comprar bilhete, ir ao estádio ver o jogo e ser do clube adversário. Por momentos senti dor, pena e até raiva da minha mulher e da minha filha pertencerem a este bando de malfeitores.
PS. Fui uma vez ao velho estádio do Sporting quando tinha 10 anos de idade. Fui também ver um Sporting x Benfica e festejei um dos golos da minha equipa. Felizmente um primo meu, já falecido, também sócio do Sporting e homem feito, safou-me de levar algumas palmadas. Pensei que 42 anos depois a tribo tivesse evoluído. Infelizmente os grunhos ainda lá estavam.
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