O doce está pronto e, dizem cá em casa, delicioso. Ontem fizemos um jogo de prognósticos. Ele era o pêésse com tantos, o pêpêdê não sei quê, a cdu talvez, o portas não sei quantos e o bloco de esquerda coiso e tal. Eu sempre disse que o Benfica ia dar cinco e não me enganei.
(Às vezes ponho-me a pensar porque é que as eleições, vá lá pelo menos o dia de fazer doces não é às terças-feiras)
Sentas-te me ao colo e eu te afago
Os castanhos cabelos, cor de mel,
E beijas-me a boca doce, és o meu lago
Onde navega lento o meu batel.
E nesta viagem de doce calmaria,
Numa tarde de açúcares e vapores:
Embriago-me em teus supremo-odores
E amar-te é mais doença que mania.
E se um dia o destino nos desunir
(numa atitude que adjectivo, ordinária)
Não te esqueças que na hora de partir
Há lugar pró meu livro de culinária.
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