segunda-feira, março 22, 2010

1525. Crónica de um gajo phodido



Umas vezes sinto-me perplexo, outras estupefacto e outras, ainda, fico mesmo fodido. Foi assim que me senti, anteontem, no parque de estacionamento do Leroy Merlin em Almada. Uma fulana bate no carro de outra num dos cruzamentos do parque de estacionamento. Porque não oferece qualquer dúvida de interpretação tomo a liberdade de afirmar que a jovem que bateu no carro da outra pessoa foi efectivamente a culpada. Não só eu o achei, como a própria, pois acto contínuo quis pirar-se. Corajosamente, a outra senhora, já não tão jovem quanto a batente, impediu-a mesmo quando esta, depois de ter sida pedida a intervenção das autoridades pelo 112, alegou estar muito mal disposta e que portanto se ia embora. Eu já vi este filme antes e não gostei nada da fita. Ainda mais que tive de engolir as pipocas todas. Mas isso conto-vos noutra ocasião.

E porquê fodido, perguntais vós e com toda a propriedade amigas leitoras e amigos leitores do PreDatado uma vez que esta situação se passa em cada dia num país, em que a educação cívica sofre de males tão grandes quanto outras educações cá no burgo. Pois eu, se não vos maçar muito que estas coisas, nós sabemos que cansam de facto, passar-vos-ia a dizer o porquê do meu estado de espírito (não leveis o fodido à letra pois que, por muito respeito que eu tenha aos homossexuais, eu pertenço à outra equipa). E aqui vai. Dirigi-me a um dos seguranças da entrada do Leroy solicitando-lhe que ajudasse a vítima, chamemos-lhe assim, a impedir que a outra desse de frosque enquanto as autoridades chegassem. Que não, que não faziam segurança ao parque, que só actuavam lá em cima, que não havia ninguém para estas situações etc., etc. e tal, ou seja, o parque de estacionamento do Leroy Merlin, em Almada, segundo o segurança de serviço na entrada da loja, não é vigiado. Na verdade, nem eu me deveria de admirar, a segurança nestas lojas serve para evitar alguns gamanços à loja e ponto final. O cliente que se lixe com f ou com ph que tanto faz.

Oh Pre, mas isso deixou-te assim tão lixado que venhas para aqui escrever um post de caca como este, voltais vós a perguntar amigas leitoras e não menos amigos leitores. Não, não foi isso, isso apenas me fará pensar duas vezes antes de voltar ao Leroy. Não, não foi por isso. É que quando eu voltei ao local do incidente e informei a senhora de que não deveria contar com os seguranças do Leroy e me quis inteirar se a polícia já vinha a caminho, fui informado que a resposta da PSP era de que se tratava de um parque privado e que não iriam intervir. Como é que é? Hein? Como é que é? Bom, na verdade não podemos acreditar em tudo o que ouvimos, no entanto, pelo menos na primeira hora após a ocorrência ainda não tinha aparecido polícia nenhum. Se calhar o parque do Leroy não pertence a Portugal, ou aliás, se calhar pertence. Eu é que sou de fora e vim só cá ver a bola. Muito prazer em conhecê-la Sr.ª D. República das Bananas.

Foto descoberta aqui

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