domingo, maio 16, 2010

1533. Uma dica turística


Decidimos fazer um passeio de dois dias, mais coisa, menos coisa pelo Alto Alentejo, principalmente visitando vilas e lugares que não conhecíamos ainda. Daí que, como bom benfiquista não tenha ficado indiferente ao Sport Cabeção e Benfica (foto) filial nº 15 do Glorioso. Muito interessante foi ver a exposição na casa-museu de Manuel Ribeiro de Pavia, na vila de Pavia da qual, o artista, retirou o nome (foto de uma rua de Pavia). Ao olharmos os desenhos de Manuel Ribeiro ficamos com a sensação de já ter visto aquele traço em qualquer lado e rapidamente nos vêm à memória os desenhos na prisão de Álvaro Cunhal. Pois foi no traço de Manuel Ribeiro que Cunhal bebeu a inspiração. Uma obra de se lhe tirar o chapéu. E porque o objectivo principal tinha sido a visita ao Fluviário de Mora digo-vos que vale a pena. O aquário não é muito grande, percorre-se com satisfação e dá tempo, até, para se lerem as explicações. É excelente para quem tem filhos em idade escolar e, claro, para quem gosta da vida animal, neste caso aquática e piscícola. Infelizmente as lontras deviam estar a dormir e não as conseguimos ver. Suas lontras! Quando se começou a fazer tarde rumamos ao Solar dos Lilases. Não tinha referências anteriores mas em boa hora o elegi. Um solar novecentista, totalmente recuperado e restaurado pelos actuais proprietários – daqui saúdo o sr. Jaime Pires, esposa e filha que foram de uma simpatia indescritível para connosco. As salas com frescos muito doces de cores e excelentemente pintados a criarem alguns equívocos a quem olha, mas mais não conto porque é quase obrigatório lá ir. Fica em Mora e deixo-vos uma foto do salão. O dia seguinte foi dedicado a um passeio urbano em Mora, na compra dos bolos caseiros da D. Otília, para almoçar e, principalmente, para visitar o Monte Selvagem, que fica na estrada entre Lavre e Ciborro e que, mais uma vez, aconselho a quem tem crianças ou a quem gosta particularmente da vida animal. Duas palavras ainda para este roteiro turístico. Uma para a Igreja de Nossa Senhora das Brotas. Farei um post a seu tempo sobre a igreja, as lendas e como fomos acompanhados pela D. Catarina. A outra para os gourmets. Ir a Mora e não almoçar ou jantar no Afonso é um crime de lesa gastronomia. E mais não digo.

Fotos de Vítor Fernandes, aka PreDatado ©, 2010

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