885. M’engasgo às vezes, outras emburro...
Foi com esta frase que comecei um comentário num blog que li há pouco, dada a minha inabilidade para escrever algo mais. E de facto, é assim que me sinto actualmente, gago e burro para escrever algo de jeito. E nem me posso queixar do tempo. Nem do tempo, nem do tempo. Quero dizer, com o frio que tem feito, tudo parecia se proporcionar para que no calor exarado do roupão os textos começassem a jorrar. E por outro lado, tempo é o que não me falta pois, praticamente, já assumi a minha condição de desempregado compulsivo e como tal, tirando roçar o rabo pelos sofás e cadeiras cá de casa e uma ida ou outra ao urinol nada mais faço. Mas não, não me sai nada, nem da política, num momento em que começa a aquecer o ambiente da campanha, nem do futebol, agora que o meu clube parece querer estar a arribar, nem de religião, pois devem ter visto que nunca me referi à questão do crucifixo ou dos padres homossexuais. Também não estou com pachorra para vos dizer como vai lindo o despontar da salsa e dos coentros e ainda dos rabanetes que o meu sogro plantou nos vasos da varanda, não me apetece fazer nenhuma correlação entre um aeroporto na OTA e a explosão dos tanques de combustível no aeroporto de Londres, tão pouco estou disponível para dissertar sobre mais uma execução de um presumível culpado ou inocente na Califórnia. E é por esta falta de inspiração que vos peço que tenham um pouco de paciência comigo uma vez que, acho eu, melhores dias virão. Assim sendo, prometo que hoje não escrevo nada. Mas também não sei se estou disponível para cumprir esta promessa.
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