1175. Tempestade
E queria que fosses uma flor.
E que te abrisses em pétalas douradas,
E que o vento te beijasse ao bater-te
E que no beijo te derramasse polén.
E do polén flor fecunda, florisses.
Não, não és. És mulher.
És mulher feita amor
E de pétalas feitas abertas de amar.
E no amor
E no amar
E no amar de amor
Unimo-nos num sopro,
Em um só corpo, o nosso sopro de prazer
E de amor.
E em ti derramo o polén
Num cálice
Num copo
Num vaso
De embriaguez luxuriante.
Alves Fernandes aka PreDatado
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