764. Porque hoje é Sábado
José Pacheco Pereira, na semana que antecedeu a manifestação nazi em Lisboa não se pronunciou sobre a mesma. Nem nos órgãos de comunicação institucional, nem no seu, cada vez mais monótono e desinteressante Abrupto. Veio a fazê-lo, esta semana, na Quadratura do Circulo, na SIC Notícias. Para dizer o quê? Para dizer que “enquanto não se condenarem os partidos da extrema-esquerda não se têm de condenar os partidos da extrema-direita”. Quem queria ele referir? O MRPP que só existe 15 dias antes de cada eleição, ou o Bloco de Esquerda que hoje tem uma representação parlamentar significativa? Num agradecimento ao seu quase silêncio, veio o frentista nacional Mário Machado dizer ao Público de que se fosse poder ilegalizaria os “grupos subversivos como a Maçonaria, PCP, PS, PSD, BE, SOS Racismo, Opus Dei, Ilga, Opus Gay, etc.” (fim de citação). Não sei se o tal Mário Machado se esqueceu dos Judeus como agradecimento ao Pacheco Pereira ou se ficam para a próxima.
PS. E não vale e pena vir com subterfúgios como a publicação de um extracto do “Avante” de 1955 que se insurgia contra a invasão de jogadores de futebol estrangeiros em Portugal. Parece que tinham razão, o nosso desporto continua tão evoluído como em 1955, basta ver as nossas classificações olímpicas. Já a construção civil, as estradas e a limpeza das latrinas dos grandes centros comerciais, essas não. São feitas pela invasão de emigrantes. Os tais a quem Pacheco Pereira deve ter querido invectivar com o seu post de hoje.
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