terça-feira, junho 28, 2005

766. A blogosfera e a arte de encher chouriços

Cada um criou o blog que quis e faz dele o uso que quiser. Dito assim, não tenho como contestar. Há blogs de tudo e para todos os gostos, algumas vezes eventualmente apenas para gosto do próprio blogger. Mais uma vez não tenho matéria de crítica. No entanto alguns blogs criaram (-me) expectativas que, pena minha, se vieram a defraudar. Aos poucos nota-se que a “mensagem”, como eu a entendo e seja lá isso o que for mesmo que não corresponda ao vosso conceito, se vai perdendo na arte de encher chouriços. Noto que existem blogs que teimam em se manter vivos. ‘Quem desaparece, esquece’ costumava dizer a minha avó que conhecia quase todos os provérbios portugueses. Assim, numa tentativa de que haja sempre algo na janela com a data de hoje, vão introduzindo posts atrás de posts que no final poucos lêem. Extractos de outros blogs, poemas nem que seja em checoslovaco, fotografias de gajas (e gajos) nuas ou de quadros surrealistas, quiz para ver qual tem as mamas mais parecidas com a Pamela Andersen, cadeias de disco rígido cheios de música, ou fotografias da Sharon Stone como imagem de um acordar despenteado. Depois, de tempos em tempos, um daqueles posts que fizeram do blog referência, ao velho estilo do velho blogger. Não está bem, nem está mal pois não me compete fazer juízos de valor. Quem não gosta não come. Mas que existem artistas virtuosos em encher chouriços, lá isso existem.

PS1. O PreDatado não tem, nunca teve, nem nunca pretendeu ter qualquer linha editorial. È talvez um exemplo (bom?) de como se enchem chouriços. Mas só chouriços mesmo!
PS2. Antes que me batam.

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