970. No Alentejo...
Mais um fim-de-semana que passou. Desta vez aproveitei para voltar ao Alentejo. Mas volto sempre do Alentejo com nostalgia e com mais riqueza. Desta vez é a nostalgia dos sabores. No Alentejo, comem-se ovas de saboga, come-se javali estufado e come-se cozido de grão. Com cheirinho a hortelã. Experimentem, quando forem para aquelas bandas, o restaurante “A Paragem”, nos Corvos ou o “Café Alentejo” na Moreanes. Ah, não sabem onde fica? Pois eu dou-vos a morada. Não tem nada que enganar. Quando chegam a Mértola, em vez de seguirem direitinhos que nem um fuso para as praias quentes do Algarve, façam um desvio assim como quem vai directo à Mina de S. Domingos. Cerca de 3 kms depois de deixarem Mértola encontram uma placa a indicar Corvos para a esquerda. Não custa nada. Mas se quiserem seguir em frente, sem fazer desvio, vão passar à Moreanes. Aí procurem o Café Alentejo. Quer num sítio, quer noutro, não se vão arrepender. Depois de almoço, aproveitem e dêem um pulinho à Mina de S. Domingos. Vejam a belíssima praia fluvial da Tapada que lá temos e não esqueçam de visitar o Museu da Mina. Viver e aprender. E por falar em aprender, eu disse que voltei mais rico e voltei mesmo. Lá na Moreanes conheci o filho do ti Rosa. O Chico Rosa sabe de cor quase todos os poemas do seu falecido pai. Poemas de grande valor cultural e que não estão escritos em lado nenhum. Feitos pelo ti Rosa, um homem que nem ler sabia. E assim, um dia mais tarde, se vão perder as memorias que o tempo se encarregará de apagar.
PS. Fiquei a saber que o Benfica já tem novo treinador. Não desgosto da opção, mas também não fiquei entusiasmado. No entanto, a partir de hoje, este é o meu treinador, que é como quem diz, o melhor treinador do mundo. Força Fernando Santos. Viva o Glorioso SLB!
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