Ou este país não existe, ou é só paisagem. Eu sou da velha guarda, do tempo em que se fotografava, pegava-se no rolo, mandava-se revelar (nunca fui profissional e nunca revelei as minhas próprias fotos) e depois mandava-se imprimir em papel. Ainda gosto de tocar as fotografias, neste tempo do digital e, por isso, vai-não-vai, mando fazer algumas em papel para as tocar, "ver" com as mãos, arquivar em álbuns, juntar-lhes outros elementos relacionados, como por exemplo bilhetes de avião ou recibos de portagem, facturas de hotel ou de almoços mais significativos e tal e nem era por nada disto o post que eu ia escrever e que já vai longo e chato, deixem-me interrompê-lo a meio.
Fui anteontem à FNAC no Almada Forum mandar fazer algumas fotografias. Uma empregada da loja de fotografia atendeu-me, enquanto “dava à língua” com um, ao que me pareceu, colega mas não da mesma área. Apesar da dispersão cliente/conversa privada, fez o que lhe competia, transferiu-me as fotos para o sistema da FNAC, ajudou-me a escolher o tamanho das ditas, fez sair o talão de encomenda, e, espanto meu, OOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHH, mandou-me esperar um pouco que uma colega já acabaria de me atender porque tinha de ir almoçar. O que faltava fazer era preencher um formulário com o meu nome, dar-me o canhoto para levantamento e dar-me as boas tardes. Coisa de menos de dois minutos. Neste entretanto, fiquei na seca durante mais de dez minutos à espera que a colega acabasse de atender outro cliente, que chegou depois de mim e que não tinha, obviamente, culpa nenhuma disto.
Só num país da treta como este é que um funcionário de uma loja deixa um cliente a meio para ir almoçar, independentemente dos justos direitos que lhe assistem. Num país da treta como este restam as bonitas paisagens.
Foto PreDatado©2009, Lagoa do Fogo, S. Miguel, Açores
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