quarta-feira, fevereiro 03, 2010

1517. Att: Junta de Andalucia

Hoje vou falar mal dos espanhóis. Sei que vou chocar alguns e a outros nem tanto, porque me conhecem bem, ao escrever aqui que não sou fã de Portugal. Bem sei que “fizemos” os descobrimentos, mas desde aí até hoje não fizemos nada mais de que eu me orgulhe. Pode ser uma questão de exigência pessoal e pode encerrar alguma injustiça, mas nada mais me toca. Nada não, mentira. Estou a mentir com os poucos dentes que me restam na boca. Também me orgulho do 3º lugar no mundial de futebol de 1966 e dos golos do Eusébio. Costumo dizer às pessoas que fazem parte do meu círculo de amigos que de Portugal gosto da língua e do clima. Concedo ainda o benefício da dúvida ao cozido à portuguesa, à caldeirada à fragateiro e às amêijoas à Bulhão Pato. Mas eu disse que ía falar mal dos espanhóis e ainda só falei de Portugal. É que eu gosto mesmo de olhar primeiro para dentro de casa antes de olhar para o tapete da porta do vizinho. E dentro de casa… bom, isso fica para depois. O que eu queria dizer era que, se tivéssemos visto isto junto ao castelo do Alandroal, nas piscinas naturais de Porto Moniz ou nas imediações da Citânia de Briteiros, haveria logo quem dissesse que isto só podia ser coisa de portugueses. Que nos outros países, e tal e coiso, nada disto se passaria. Talvez quisessem dizer que o processo Casa Pia não demoraria mais de sete anos a se resolver se fosse nos Estados Unidos da América mas, aqui mesmo ao lado, ninguém acreditaria que numa pacata povoação, um pequenito pueblo de España de apenas 98 km2 e 616 habitantes - El Granado - todos os holofotes, que dão vida ao seu ex-libris, tenham sido barbaramente vandalizados como a foto documenta. (Deixo também uma foto do molino, ele mesmo, para não ter de colocar as fotos de todos os outros holofotes, que o deveriam iluminar, completamente destruídos).


Fotos PreDatado, 2010/02

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