Pediste-me para te fazer um poema e eu respondi-te que não se faz um poema sem acreditar no que o Eugéneo disse uma vez. A mão certeira, a intimidade, o coração. Pareceu-me, quando me viraste as costas, ter visto uma lágrima correr no teu rosto. Não te menti apenas acho que não me entendeste. Não posso escrever um poema se não estou certo que o que escrevo é o que é quero escrever, se a mão me treme. Não posso escrever se não te vejo cúmplice dele, se não és a terra que a água precisa de regar e muito menos se não és o coração em que me empenho. Os meus poemas são propriedade privada e ela sabe-o.
Foto e texto PreDatado 2010
Sem comentários:
Enviar um comentário