Sr. Filipe, hoje vou
falar-lhe ao coração, para bem do meu e de alguns outros que provavelmente estejam sangrando tanto como o meu. Sr. Filipe eu até não o acho má pessoa ou assim, vá lá. Como sabe, a canção mais emblemática do nosso clube diz que o Glorioso
nunca encontrou rival neste nosso Portugal e eu estou com o Piçarra. Quer dizer, tirando o passivo que vai
continuando a crescer apesar dos milhões que o senhor faz a vender as joias da
nossa coroa, já começamos a rivalizar com aqueles que nem jogadores podem
comprar. E hoje, até aposto que se ler os jornais e as redes sociais vai ver
que começamos a rivalizar no anedotário desportivo com aqueles que para se
lembrarem do ano em que foram campeões têm de sintonizar a RTP Memória. Esta teve graça. Amei, amei, amei! Mas pronto, não acho que a culpa seja toda sua, se bem que ter tido seis
anos um treinador e mais dois outro que não ganharam um único campeonato (sim,
sim, não é gafe; quem ganhou foram os vouchers e os e-mails; na verdade ainda
não percebo porque é que aquele líder ex-gordo foi contratar o homem se bastava
mandar fazer umas caixinhas, meter lá dentro uma camisola de um violino e um
ticket-restaurant e já estava: campeonato no papo!), mas pronto você é que sabe se o Mr Magoo tem razão em dizer que os e-mails ganharam
campeonatos. Você e o rapazito da Amadora que apesar de tudo e de ser quase sempre corrido
da Champions sempre nos conseguia levar às finais da Taça UEFA, ele que nunca
se defendeu do seu, dele, atual presidente que lhe retirou o mérito das
vitórias trocando-as por um voucher e que também nunca se insurgiu contra o
velhinho lá de cima que amoroso que não há alternante que lhe resista e lhe troca os títulos por e-mails. Mas pronto esse já só faz parte da
história pois é a si presidente, meu presidente, capitão, meu capitão, em quem
votei e não no prof Marcelo que, diga-se de passagem, é muito mais amoroso, mas então o que é que se há de fazer se só você presidente
pode fazer algo pelo meu coração. E vou já direito ao assunto que eu não tenho
jeito nenhum para rodeios. Eu amo o Benfica e nunca fui sócio de
mais nenhum clube! Não deixe que este meu amor, este meu coração, ande assim
tão dilacerado. Mas se eu recorro a si é porque não sei mais a quem recorrer, a
não ser a Deus Nosso Senhor e Esse eu reservo para coisas fora das quatro
linhas. Vá ao prego, ou seja, lá onde for e recupere as joias. Ah e pelo caminho
veja também se encontra um treinador para a nossa equipa. É que este que lá temos é amoroso, mas não serve. Acho que ele ainda percebe menos de bola do que eu, mas eu
não estou contratável. Um xi-coração presidente Filipe.
quarta-feira, novembro 22, 2017
sábado, maio 06, 2017
1633. Gigantismo Vasconceliano
Joana Vasconcelos, é só um pequeno pedido: vá até ao meu banco e mexa na minha conta bancária. Se me prometer que a agiganta eu serei mais generoso do que os clubes de futebol com o Jorge Mendes. Pode ser?
PS.: Ah! Não vale fazer uns rendilhados e pronto,ok?
Segue em mensagem privada o meu NIB.
PS.: Ah! Não vale fazer uns rendilhados e pronto,ok?
Segue em mensagem privada o meu NIB.
sexta-feira, maio 05, 2017
1632. Falar autarquês
Lembro-me de, nos meus tempos de Liceu, ter morrido o filho
de uma contínua, por sinal muito querida dos alunos. No mesmo dia soube-se,
pelos jornais, de uma grande catástrofe
no Paquistão Oriental (hoje Bangladesh) que
ninguém, ou quase ninguém, na população estudantil do meu 4º ano de Liceu sabia
onde ficava, incidente recorrente em tempo de monção, que matou um número muito
elevado de autóctones, nas cheias pela intempérie causadas. Foi até proposto na aula de Português que fizéssemos
uma redação cujo tema seria "O acontecimento e a distância". Está visto
o sentido da proposta da professora. De facto não só nos tocou muito mais fundo
a morte prematura do jovem filho da empregada, com quem, por vezes brincávamos,
do que os milhares de mortos, feridos e desaparecidos numa região que, face aos
media da altura, ainda estava mais
longe do que a distância geograficamente medida.
Mal comparadas (como se diz na minha terra) as distâncias,
em termos autárquicos, o Porto, cidade muito nobre, leal e invicta, está para
mim tão longe como o Bangladesh. Eu vivo nos arredores de Lisboa, Lisboa
implica com a minha vida tanto como Almada e o Seixal e "brinca"
comigo como brincava, em termos de afetos, o filho da nossa contínua. Assim, as
eleições para a C M do Porto, não me aquecem, nem me arrefecem, estão longe, no
Paquistão Oriental e se não fosse a rádio, a televisão, a internet e as 30 mil
autoestradas paralelas que a ligam o Porto ao sul, se calhar eu só saberia onde
ficava pelo Século, pelo Diário de Notícias ou pelos comícios futo-incendiários
de um presidente de clube.
Perguntam vocês, com muita propriedade, porque é, que sendo
assim, eu aqui me refiro ao facto. E eu respondo, porque estou farto de cagões.
Isso mesmo. É que se em termos geográficos o Porto não se vê daqui (atenção
portuenses, amigos e não só, eu adoro a vossa cidade, mas uma coisa é uma coisa
e outra coisa é outra coisa), eu estou ainda mais longe do Rui Moreira do que
do Bangladesh. E se o senhor não quer o apoio do Partido Socialista é lá
consigo. É que quem sabe não seria o PS a boia de salvação para a monção que o
ameaça. E já não estamos tão longe do acontecimento como parece...
PS (post scriptum e não o outro): Ana Catarina Mendes,
porque no te callas?
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Eu é que sou o presidente da Junta
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