Erica andevalensis. Provavelmente a muitas de vós amigas leitoras e a outros tantos de vós amigos leitores este nome poder-vos-á não ser familiar. Confesso que a planta, com flor em forma de campânula com pétalas cor violeta, também a mim não me dizia muito até ao dia em que comecei a descobrir o Alentejo profundo. Esta “urze” habita as zonas de minério ferroso, é provável que exista em outras regiões, declaro também que ignoro, mas a verdade é que em Portugal só a descobri na Mina de S. Domingos. Erica andevalensis é também o nome de uma associação cultural. Associação Cultural Erica andevalensis, ACEA, na Mina de S. Domingos. Actualmente ocupando também as instalações do Musical, mesmo por detrás da igreja da Mina, é pólo cultural deste pedaço de Alentejo, que aposto, os nossos amados governantes (agora eu até parecia coreano) ignoram. Hoje, lá nas instalações do Musical, foi inaugurada a exposição de fotografia de Jorge Branco. A exposição tem o patrocínio da ACEA e da C.M. de Mértola, é de justiça dizê-lo. Infelizmente o Jorge confidenciou-me que não acredita muito na internet para a divulgação do seu trabalho mas eu, que acho que ele não tem razão, vim aqui divulgá-lo. E se puderem, tiverem tempo, ficar-vos em caminho (podem mesmo organizar excursões), passem pela Mina de S. Domingos e venham ver a exposição de Jorge Branco.
PS. O título deste post, Without, é também o título da exposição, numa interpretação livre de Os Crimes da rua Morgue de Edgar Alain Poe. “O jeito que ele tem de nier ce qui est et de expliquer ce qui n’est pas”.
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