domingo, setembro 27, 2009
1495. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - X
1494. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - IX
Ainda não sabemos os resultados finais mas até agora, embora não dê para champanhe, dá pelo menos para um whisky. Quando acabar eu venho fechar isto.
1493. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - VIII
Bom, agora que já se sabe o valor da abstenção e uma vez que só falta meia hora para se saberem as projecções finais dos resultados eleitorais, eu vou explicar o resto. Primeiro, cozi os ovos de codorniz e já lhes tirei a casca. Depois, piquei finamente as ervas. Cá em casa havia salsa, coentro, alho francês e cebolinho. Pois sim, foram as que utilizei, e cozinhei-as em margarina vegetal. Depois de cozidas juntei natas e, voilá, os ovinhos dentro e tudo dentro (de novo) do frigorífico para irem para a mesa mais fresquinhos.
Uma vez que os camarões foram cozinhados há algumas horas antes e já estão na temperatura ideal, vão ornamentar a travessa.
Está tudo preparaducho (os alhos, o piri-piri, o azeite e os coentros) para as amêijoas à Bolhão Pato (a Anita prefere amêijoas com esparguete à moda de Olhão, mas gostos não se discutem).
O vinho é Alvarinho. Uma vez que não tive tempo ($$$) para comprar Palácio da Brejoeira, vai mesmo Deu-la-Deu que é muito jeitosinho.
As uvas, de sobremesa, são moscatéis. E também há queijo de Idanha-a-Nova. São servidos?
Bom apetite e vamos todos torcer para que os nosso partidos tenham bons resultados. Eu por mim acho que o Benfica vai ganhar a Atenas na 5ª feira. É cá uma fé.1492. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - VII
1491. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - VI
O doce está pronto e, dizem cá em casa, delicioso. Ontem fizemos um jogo de prognósticos. Ele era o pêésse com tantos, o pêpêdê não sei quê, a cdu talvez, o portas não sei quantos e o bloco de esquerda coiso e tal. Eu sempre disse que o Benfica ia dar cinco e não me enganei.
(Às vezes ponho-me a pensar porque é que as eleições, vá lá pelo menos o dia de fazer doces não é às terças-feiras)
Sentas-te me ao colo e eu te afago
Os castanhos cabelos, cor de mel,
E beijas-me a boca doce, és o meu lago
Onde navega lento o meu batel.
E nesta viagem de doce calmaria,
Numa tarde de açúcares e vapores:
Embriago-me em teus supremo-odores
E amar-te é mais doença que mania.
E se um dia o destino nos desunir
(numa atitude que adjectivo, ordinária)
Não te esqueças que na hora de partir
Há lugar pró meu livro de culinária.
1490. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - V
1489. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - IV
1488. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - III
1487. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - II
1486. As minhas eleições, minuto a minuto (ou quase) - I
quinta-feira, setembro 24, 2009
1485. On the rocks
Entrei no quarto e vi-a com aquele sorriso lindo que me fazia sempre quando eu chegava. Bem sei que naquele dia regressei um pouco mais tarde mas, de facto, tive um dia muito agitado. Tão diferente e tão estranho que, ao contrário do que era habitual, resolvi relatá-lo, enquanto me despia. Tirei primeiro os sapatos e arrumei-os como habitualmente. As rotinas estão-me no corpo. Depois abri o botão da camisa, junto ao pescoço e saí para preparar um whisky. Se ela não estivesse deitada era ela quem mo prepararia. Gostava de ganhar um beijo de lábios frios de gelo, doce e prolongado, derretendo o cubo, num abraço apertado e terno. Depois pendurei o casaco nas costas da cadeira do quarto. Normalmente é ela que o pendura enquanto eu a aperto por detrás, dificultando-lhe a tarefa e ela me olha com um olhar cúmplice por cima do ombro ao mesmo tempo que dou uma gargalhada e desaperto o nó da gravata. Continuei a contar-lhe o meu dia, mas ela nada me respondia. Com aquele sorriso não poderia estar amuada com certeza. Estaria no mínimo a ser sarcástica, mas não era esse o tipo de expressão que fazia. Tirei as calças, foi à casa de banho e molhei abundantemente o rosto. Lembrei-me, entretanto de lhe dizer que encontrei esta manhã a descer no elevador, o António, o filho da D. Gina de quem ela gosta tanto e lhe oferece rebuçados e cromos. Tirei a gravata e arremessei a camisa para o cesto da roupa. Bebi de um gole o resto do whisky, bochechei e gargarejei com o eterno elixir de menta e enfiei-me nos lençóis. Já nem lhe iria falar do almoço que tive com o Dr. Gregório quando um estranho arrepio me percorreu o corpo. Toquei-lhe de novo. Não havia dúvidas, estava gelada. Olhei-lhe o rosto e apercebi-me de que estava morta. E no entanto continuava a sorrir-me.
Foto de David Le Beck via Imagens
sábado, setembro 19, 2009
1484. Lunch Time Blog
Não me pareceria descabido se hoje vos viesse falar da óptima feijoada de choco de com camarão, que comi no café da minha sobrinha Sofia e do arroz doce feito pela minha cunhada. No entanto, e embora o repasto estivesse de estalos, não é exactamente isso que me leva a fazer este post. Há quem ocupe o tempo de almoço a comer e há quem, de vez em quando, tire uns minutos ao dito cujo para tratar de alguns assuntos pessoais. Vejam bem que o meu filho pensou, ontem, em ir renovar a carta de condução. E se o pensou assim o fez. Teve de calcorrear 3 locais diferentes da cidade, usou os transportes públicos e para obter a carta de condução, de permeio, teve ainda uma consulta de optometria para certificar da sua capacidade em termos de visão. Isto tudo demorou-lhe cerca de uma hora e meia que incluiu também a burocracia e a execução física da carta. Ainda assim esteve cerca de 5 minutos à espera da entrega da dita. SIMPLEX!!! Pois, mas isto foi na Suiça, em Lausanne e não propriamente aqui. Aqui seria cerca de dois anos, perdão dois meses, também não exageremos.
PS. O Schubert, hoje na brincadeira com a dona deu-lhe uma dentada. Ficou de castigo e não foi connosco aos chocos. Ficou a ração e é bem feito!
Foto retirada daqui do blog saboroso
sexta-feira, setembro 18, 2009
1483. Escadas
Fetiche, prazer, ilusão, vertigem. E quanto mais altas mais atractivas. Era o abismo? Era o desejo? Chegou a fazer amor nas escadinhas da Madalena, no último degrau, numa noite de Verão sem brisa, pelas quatro da manhã. E também no escadote lá de casa enquanto trocava as roupas de primavera/verão com as da estação anterior. Na praia, nas escadinha de acesso ao areal, quando o sol se acaba de pôr e os últimos veraneantes do dia ainda restam na paragem do autocarro. E os seus olhos riam, não sei se depravação ou cumplicidade quando me contou que fez amor com um peregrino nas escadarias do Bom Jesus. Fui visitá-la à clínica psiquiátrica onde foi internada e levar-lhe algumas fotos de escadarias, que recolhi aqui e além, depois de ter sido apanhada em flagrante a fazer amor com um bombeiro no alto de uma escada Magirus.
Foto PreDatado©, 2008
quarta-feira, setembro 16, 2009
1482. Por aí
- A criança entrou no restaurante pela mão da mãe. Virou-se para ela e disse: “Mãe, quero ir mijar”. Aos 4 anos de idade talvez ainda vá a tempo de aprender.
- Ontem na TVI24 os candidatos dos cinco maiores partidos, à Câmara Municipal de Almada, tentavam discutir os problemas do Concelho. Tentavam porque a presidente em exercício, candidata da CDU, Maria Emília Sousa, não deixou. Interrompeu sempre, sublinho sempre, mal-educadamente todos os outros, num estilo de mercado que já não se usa. Talvez já não haja tempo para aprender.
- Agora para uma coisa completamente diferente. O facto de este vosso servo vos servir também Volúpia não deixou de produzir Guerra de Travesseiro. São coisas completamente diferentes e a Janette ficaria brava se alguém ousasse confundi-la.
segunda-feira, setembro 14, 2009
1481. Volúpia
Quase inevitavelmente a ideia só poderia ter sido de quem escreve e de quem publica os mais bonitos trechos e as mais bonitas fotos com aquele voluptuoso sabor a morangos maduros, a Madalena Palma. Mas a Mad não se ficou apenas pela ideia, pôs também mãos à obra e criou um novo espaço onde a volúpia passou a ser a rainha. Tal como ela disse ontem no seu blog, estão muitas arestas por limar e vários conteúdos por preencher mas mesmo assim já vale a pena começar a visitar este espaço. Aqui este vosso amigo, tem a honra de ser um dos colaboradores do Volúpia, onde, deixa para trás o pseudónimo e escreve sob o seu próprio nome. O texto Pulsos é assim da minha autoria. Outros se seguirão. Quanto à Madalena, os meus sinceros parabéns. Quanto a vós, amigas e amigos leitores do PreDatado comecem já a correr para lá.
Foto m S descaradamente roubada ao Volúpia
PS. Como o Volúpia é para maiores de 18 anos este post deve ser entendido como uma recomendação ao "meu público" adulto.
quinta-feira, setembro 10, 2009
1480. O ambiente agradece
A minha médica pediu-me este mês uma bateria de análises. Rotina para quem já foi anémico, tem o colesterol elevado, os indicadores hepáticos no limite, o ácido úrico a rasar a trave e o receio, dados os antecedentes familiares, de que possa vir a ser diabético. Estas análises faço-as normalmente todos os anos (só repetindo aquelas que possam apresentar valores suspeitos, em outras periodicidades), mas eu deveria exigir que uma dela fosse obrigatória pelo menos de 15 em 15 dias. Trata-se daquela que obriga à recolha de urina 24 horas que, por inerência e desconforto do transporte do recipiente as ditas 24 horas, de cá para lá e de lá para cá, me obrigam a, praticamente, não sair de casa, ou, se sair, não me distanciar muito e entrar mais apertadinho que muitas virgens, vocês sabem o que eu quero dizer. E porquê, se é assim tão restritivo e até ditatorialmente asfixiante da liberdade individual, porquê, repete-se, ter de fazer essa análise ao xixi cada 15 dias? Pois bem: se se mija para o frasco não se suja a sanita, não é? E se não se suja a sanita não se tem necessidade de descarregar o autoclismo, óbvio. E durante 24 horas, o ambiente agradece. Alguém conhecia esta minha costela ecológica?
PS. O não andar a escrever diariamente no meu blog prende-se com vários factores que merecem uma explicação pública. Um dia destes farei um post com os vários items. Ou não.
segunda-feira, setembro 07, 2009
1479. E portanto, um véu
E portanto, ali estavas à espera
E eu apareci possessivo e te tomei
Te quis minha.
E portanto, ali estava, eu, à espera
E tu apareceste possessiva e me tomaste
Me quiseste teu.
Aceita? Sim, aceito.
Aceita? Sim, aceito.
E nos deitamos.
E portanto, tu me chegaste
E eu te despetlei, flor.
Foto PreDatado
sábado, setembro 05, 2009
1478. Se souberem quem queira...
sexta-feira, setembro 04, 2009
1477. O meu mês eleitoral
Vamos ver se eu sei dizer isto. Para mim existem dois tipos de poder: o económico e o político. Na generalidade, nas democracias europeias do tipo da que temos em Portugal, pertence à Direita o poder económico e pertence à Direita ou à Esquerda, conforme a vontade popular, o poder político. Daí que eu considere, logo à partida, uma desvantagem das esquerdas neste tipo de regime e, pior ainda, quando o poder, estando nas mãos da esquerda (ou auto-intitulada esquerda), esta o desaproveite e exerça esse poder com políticas de direita. Isto é o que eu penso da governação do Partido Socialista dos últimos anos, mas será o povo português a fazer esse julgamento, não antecipo resultados, apenas dou opiniões. Quando posso.
Ora, não tendo eu, pelo que disse acima, em muito boa conta esta governação socialista que agora finda acharia inadmissível se o PS tivesse alguma coisa a ver com a decisão da administração da TVI em suspender o Jornal Nacional das 6ªs-feiras. E porquê? Porque acho que a administração da TVI exerceu o seu poder (económico), como exerce esse poder qualquer administração de qualquer empresa de gestão capitalista. A administração de uma empresa nomeia e exonera direcções, define e implementa estratégias, valida ou invalida as tácticas de actuação. E isto foi o que fez a administração da TVI. Este apanágio das empresas, suporte aliás do capitalismo e sempre apoiado pela Direita, não é válido para empresas de comunicação social? Não é válido para a TVI? Ou terá sido mais um golpe da direita para tentar tirar (ou recuperar) o espaço político que o PS nestes últimos quatro anos e meio lhe roubou? E este alarido do PSD e CDS é o quê?