938. Três anos e 40 mil mortos depois...
Há três anos, ouviram-se os estrondos das primeiras bombas sobre Bagdad. As primeiras de uma nova série que deu origem à II Guerra do Golfo. Os protagonistas do ataque fizeram-no escondidos por detrás de uma mentira que eles próprios conheciam: a existência de armas de destruição maciça. As administrações americana e britânica, com o beneplácito de potências de segunda como a espanhola ou de outros que nem potencia são, como a governação portuguesa, mandaram para o inferno, um país que longe de ser um estado modelo nem uma democracia política, era um país muito melhor do que naquilo em que se transformou. Esta guerra que já provocou cerca de 40 mil mortos iraquianos e mais de 2300 soldados americanos e aliados, pôs o Iraque às portas da guerra civil, fez disparar os preços do petróleo para números nunca vistos, tornou o mundo mais perigoso. Basta contabilizar o número de atentados radicais perpetrados por esse mundo fora, desde há 3 anos para cá. Tirando a indústria da guerra parece que ninguém ficou a ganhar com ela. Entretanto o ditador Sadam Husain está a ser julgado (e assim continuará até que o envenenem na prisão, como já foi feito a outros) pelo crime de chacina de 180 iraquianos. Face aos números oficiais conhecidos de mortos provocados por esta guerra, se não fosse dramático, daria para rir. E os responsáveis por esta guerra continuam e continuarão impunes.
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