947. Brincar com palavras (ditas feias)
Ontem fui visitado por uma blogger, que desconhecia, e que me deixou comentário. Acto contínuo, fui retribuir a visita e encontrei um post curioso onde a autora escreveu um número imenso de palavras que diz não gostar. Assim, tentei misturar aquilo tudo e voltar a dar e o que me saiu foi algo que não abona muito em favor das tais palavras. Estão em itálico as palavras que a blogger disse que não gostava.
I.
Vou tentar assim por alto,
Mas não venho pedinchar
Isto é mesmo um assalto
Com estrupo e toca a andar.
Em primeiro, dou-te uma queca
E uma carga de porrada
Ficas podre e sem cueca
Ainda te corro à pedrada.
Gaja estás a perceber,
Ou queres desenho a caneta?
Hematomas pr’a doer
Ficas zarolha e perneta.
Vai preparando o jazigo
Ou queres a fossa comum?
Enterro não é comigo
Estoiro-te o fígado em jejum.
Depois piro-me na ganga
Deixo-te em espasmos no chão
Pareces um touro da tanga
Sangrando menstruação.
E num perpétuo prejuízo
Verto-te a bílis na estrada.
“- Pára com isso, tem juízo!
Acaba com a tourada”.
Sem sensibilidade ao apelo
Fracturo-te os joanetes
Esborracho-te, ficas um selo
Ou entremeada em filetes.
Por esta rima galopante
Já muita gente me insulta,
Esperem só mais um instante
No fim, pagarei a multa.
Sem açaime, nem grilheta
Aceito o malefício
Que é ser escravo da caneta.
São os ossos do ofício.
Mas tive que lancetar
O texto. E é por isso
Que chegou a azedar
E a parecer ser postiço.
II.
Neste dilúvio de ideias
Não coube amniocentese
As palavras são bem feias,
Concordo consigo, em tese.
Pelo roubo do seu post
E pelas ideias doidas
Quer você goste ou não goste
Não fique com hemorróidas.
Juro, não foi peculato
Misoneísta não sou.
Mas não atingi o desiderato
Pois ratívoro não entrou.
P’ra terminar em beleza
Aceite este bitaite
Continue, com firmeza!
Não aceite OPA ao site.
Ufa, imaginem se a Marianne tem referido mais uma dezena delas? Hoje não saía daqui.
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