Durante alguns anos, após a inauguração do metro do sul do
tejo na região de Almada, a ex-presidente da Câmara criou uma zona pedonal numa
área nobre da cidade, nomeadamente, o eixo central desde a praça S. João
Baptista até, aproximadamente, metade da
Av. D. Afonso Henriques. Na verdade não era totalmente reservada a peões, havia
via aberta para algumas carreiras de autocarros, táxis, veículos em marcha de
urgência e os chamados veículos autorizados. Aqui d’El Rey, gritaram os
comerciantes e alguns outros que não tendo nada a ver com o comércio, faziam
coro ideológico contra a Câmara Municipal de Almada (CMA). E Aqui d’El Rey que
as alterações feitas tiravam a frequência dos clientes às lojas por ausência de
estacionamento e de passagem pelas montras, etc. e tal e mais um par de botas e
um conjunto de imbecilidades, perdoem-me a franqueza. Não sei por que razão, se
tática ou se de falta de coragem ou mesmo falta de convicção numa solução que
fazia parte integrante da mobilidade reconhecida internacionalmente, vejam os
prémios recebidos, caraterística da cidade de Almada. Hoje o “canal está aberto”,
a circulação pedonal é um perigo e uma aventura para corajosos, misturam-se
zonas de passeio com faixas viárias (já assim era, na verdade, mas com um
número muito reduzido de veículos) e um estacionamento anárquico. Vou desde já
pedir ao Exmo. Presidente Dr. Joaquim Judas, pessoa por quem nutro estima, para
que arrepie o caminho entretanto traçado e volte à fórmula antiga dos veículos
prioritários. Porque o comércio no centro de Almada continua às moscas, é
penoso o número de lojas fechadas e os que gritavam por esta solução hoje
parecem bem mais calados porque se calhar ainda estão a engolir a própria
gritaria. Deem uma voltinha pelo centro de Almada e confirmem. É que enquanto
houverem zaras e pulls e outras âncoras
espanholas em grandes superfícies comerciais, só se safam as lojas de chineses
no chamado comércio tradicional. E não me venham com o tratamento personalizado
e de proximidade que eu já não ganho para isso.
terça-feira, novembro 05, 2013
sexta-feira, setembro 27, 2013
1622. Eu vou votar
Antes que comece o período de reflexão, tenho de mandar cá
para fora as minhas mágoas. Estou num pentalema ou mais, porque isto já não é
dilema, nem trilema nem o raio que o parta. Já recebi na minha caixa do correio
as listas de todos os principais partidos em jornais, brochuras ou flyers e dos que não recebi vou olhando para os
outdoors e para os mupis. Oiço dizer que
nas Autárquicas o que interessa são as pessoas, normalmente dito pelos partidos
que estão à rasca. Tenho de vos dizer que nem nas listas da CM, nem nas da AM nem
mesmo, estas que deviam ser das pessoas mais pertinho de mim, da Junta de Freguesia,
não conheço uma única pessoa. É obra. Bem sei que o Concelho tem mas de 180 mil
habitantes, mas eu conheço pelo menos 3 mil deles. Nenhum nas listas? Bolas!
Bom, tendo em conta que o PCP mais uma vez ganhou estas
eleições, que o PS mostrou aos portugueses que este governo não tem futuro, que
o PSD vai dizer que esta votação não pode ser confundida com o mandato que
recebeu dos portugueses para governar, que o CDS vai dizer que onde há lavoura,
as pessoas não esquecem quem lhes quer bem, apesar de não estar muito
satisfeito com Ponte de Lima, que o BE vai dizer que Salvaterra de Magos é o
exemplo da justeza da sua política anti-piropos e quiçá anti-touradas, que o
MRPP voltará a dizer que se não fosse as pessoas confundirem a foice e o
martelo no símbolo da CDU teria ganho muitas câmaras, principalmente no
Alentejo, vejo-me na obrigação de declarar que não voto em independentes. Eles
são independentes de quem? E se correr bem para eles mas mal para as populações
vamos penaliza-los como? Não votando no partindo independente?
Ufa! Isto já não é um pentalema. Isto é uma confusão do
caraças. Mas uma coisa é certa. Vou votar. Não dou a chance a ninguém me dizer,
“não faz mal, eu votei por ti”.
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Eu é que sou o presidente da Junta
sexta-feira, setembro 13, 2013
1621. Eles andam literalmente a cavar a sua própria sepultura
Hoje vou-vos
contar uma coisa que sei que ninguém vai acreditar em mim. Vão todos dizer, “pode
lá ser, estás a pintar, a ZON não trabalha assim, etc e tal”. Pois eu juro por
tudo quanto é sagrado que isto é verdade. A ZON tem um produto que se chama SPORTV
Multiscreen que permite a um cliente ver a Sportv em duas boxes em sua casa. Eu
tenho a Sportv há muitíssimos anos e pago por isso 26,79 € por mês. Segundo a
ZON isto é porque eu beneficio de um voucher que me permite pagar este preço e
não 29,35€ que é o custo normal. Seja como for eu solicitei que me ativassem a
segunda box, tendo dado quer o número de série da box, quer o do cartão. Mas
eles ainda não ativaram porque dizem que têm um problema informático por causa
do tal voucher. E é aqui que eu acho que vocês não vão acreditar em mim. É que
eu pedi a ativação da Sportv Multiscreen no dia 24 de Agosto. Há portanto 21
dias ou seja 3 semanas! Alguém acredita que a ZON ainda não o tenha feito? Só
posso estar a mentir não é? Eu acho que a ZON está a querer, com o meu caso,
bater o record das listas de espera dos hospitais. Acho, sim.
sexta-feira, junho 14, 2013
1620. A descapitalização previsível da Segurança Social
O senhor F. foi, em meados dos anos 90, contratado
para exercer determinadas funções na empresa E. Na altura negociou o seu
salário, enfim, as partes estavam de acordo, estava na média para as funções
exercidas numa empresa da dimensão da referida. O que iria auferir era composto
por duas partes. Um salário que constaria como oficial, sobre o qual recairiam
os descontos para a Segurança Social e o IRS à tabela, recalculado anualmente
como ainda hoje se faz. O patrão pagaria, sobre esse salário, a sua quota-parte
para a Segurança Social. A segunda parcela da sua remuneração era constituída
por um conjunto de mordomias que segundo soube constaria de subsídio de almoço,
subsídio para telefone fixo (na verdade a conta telefónica), subsídio de
combustível, cartão de crédito com um determinado plafond, telemóvel, automóvel
de serviço com todas as despesas pagas (seguros, manutenção, parqueamentos) e
uma panóplia de ajudas de custo quando das deslocações em serviço (viagens, hotéis,
refeições, etc). Não sei se havia mais, o caso é antigo e não me recordo de
tudo quanto soube. Tudo isto que aqui relato era e parece-me que ainda é,
absolutamente legal. Mas também tanto
quanto soube estes valores de mordomia aproximavam-se do montante do salário
oficial.
Sendo assim o empregado tinha uma vantagem, mas
corria dois riscos. A vantagem era a de que pagaria apenas impostos e taxas
sobre o salário oficial. O primeiro risco era a arbitrariedade que ficava na
mão da entidade patronal de, quando lhe aprouvesse, eliminar alguns ou todos
estes complementos remuneratórios. O segundo era o de, no futuro, quando este
trabalhador se reformasse, o cálculo da sua pensão seria feito na base oficial
declarada e não sobre os outros montantes que não constituíam salário. A
entidade patronal, que atuava estritamente dentro da legalidade, não corria
nenhum risco, antes pelo contrário tinha uma vantagem. A sua contribuição para
a Segurança Social era cerca de metade daquela que teria de fazer se toda a
componente de mordomias fizesse parte do salário.
Mais tarde, vim a saber que a empresa e o
trabalhador, fazendo os ajustes necessários devido ao acréscimo de IRS de taxa
para Seg. Social que recairiam sobre o trabalhador, acordaram no englobamento de algumas daquelas mordomias no salário. Ficaram a ganhar o empregado que embora
possa ter perdido algum rendimento no imediato passou a ter uma perspetiva de
uma velhice com uma pensão condigna e o Estado que passou a receber mais
Impostos e mais contribuições para a Seg. Social. Quanto à empresa uma vez que
a sua contribuição ao nível de TSU aumentou deve ter tido outras vantagens que
desconheço ao ter acordado neste processo de integração.
Hoje em dia, este Governo ao confiscar
descaradamente as pensões e reformas, reduzindo-as a seu bel-prazer e ao da
troika que nos asfixia, está a dizer aos novos trabalhadores que o melhor é
tirarem o cavalinho da chuva em relação às pensões que pensem vir auferir no
futuro. O que o Governo está a dizer é para que os empregados e os patrões
utilizem o estratagema que eu relatei no início. Está a promover a
descapitalização da Segurança Social e a potenciar a diminuição de receita no
IRS. E segundo percebi do que ouvi hoje da Senhora Presidente do Conselho de
Finanças Públicas, Dra. Teodora Cardoso, isto irá começar em breve, se é que
não está já em marcha. Este governo está a destruir Portugal.
domingo, maio 05, 2013
1619. Dia da mãe
Hoje estou feliz, Mãe.
Estou muito feliz.
Eu que te ouvi (e ainda oiço)
Chorares a tua,
Eu que hoje ouvi (e ontem também)
O meu amigo chorar a sua,
A minha amiga chorar a dela,
Mãe, tenho medo
(muito medo)
De um dia me juntar a eles
Para te chorar também.
Hoje estou feliz, Mãe.
Muito feliz
Porque te tenho
E te quero ter,
Sempre, Mãe.
Vítor Fernandes
05.05.2013
terça-feira, março 26, 2013
1618. Quero lá saber
(foto i-online)
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Eu é que sou o presidente da Junta
quarta-feira, fevereiro 20, 2013
1617. Vá lá, não custa nada
O Parque da Paz em Almada é, para mim, um dos locais mais
agradáveis da Cidade de Almada. Um parque que tem manutenção diária
(infelizmente pouca vigilância) é rico em variedades vegetais, várias centenas,
bem acompanhada por fauna de penas que é um regalo admirar. Pais e filhos, avós
e netos, gente de todas as idades, etnias e naturalmente credos, creches
infantis, caminhantes, corredores, ciclistas, todos desfrutam de local fresco
e, acima de tudo, despoluído. Infelizmente no melhor pano cai a nódoa e é com
pesar que noto que os detritos que vêm da correnteza passam semanas sem serem
recolhidos. Para quem faz um trabalho de tanto mérito na manutenção poderia, de
vez em quando, fugir ao “trabalho programado” e limpar toda esta porcaria
acumulada. Nós, os utentes, os que gostamos de Almada, agradecemos.
domingo, fevereiro 03, 2013
1616. Não me perguntaram o nome do gato
Vivemos num país de robots atrasados mentais. Alguns deles com licenciatura e outros com mestrado ou PHDs. O nosso primeiro-ministro àqueles que não consegue fazer emigrar, envia-os para os Call Centers. E é assim que, seguindo as normas e procedimentos escritos por inteligências americanizadas, desenraizadas culturalmente, que para simples operações telefónicas nos fazem vomitar toda a identificação pessoal desde o nome, morada, código postal, BI, NIF,telemóvel, telefone fixo, nome dos progenitores, dos avós e dos bisavós, número de sócio do Benfica ou de outra coisa qualquer, cor do cabelo, dos olhos, das cuecas até oa tamanho do sutiã da vizinha do oitavo direito, lá nos dão a informação que pretendemos. Vá lá, não me perguntaram o nome do gato. Hoje quase que ia tendo uma congestão, mal empregadinho almoço que me caiu tão bem. Ao ligar para ativar a renovação do cartão de crédito de uma certa instituição bancária cujo nome nem digo por pudor e da qual sou possuidor de cartão de crédito há mais de 9 anos, sempre com os mesmos dados, inclusivé a cor das cuecas e já DEPOIS de me terem ativado o novo cartão, o operador do call center saiu-se com uma destas «Sr. Vítor vou ter que lhe desativar de novo o cartão, até que nos mande um comprovativo de morada porque quando lhe perguntei os dados o senhor disse-me que morava em CORROIOS e eu tenho aqui CORROLOS". Só não me desatei a rir porque não sei se o gajo estava a usar uma bola vermelha do nariz e a testa pintada de branco. Aliás é Carnaval e eu não devia levar a mal. Então os gajos digitam CORROLOS há mais de 9 anos e querem que eu vá corrigir o ERRO DELES sob pena de me desativarem o cartão? Mas esta gente acha que os procedimentos americanos escritos por uma qualquer troika com "escurinhos" ou não, são mais importantes do que a Bíblia? Dei-lhes logo com o Novo Testamento na cara: «Meu amigo, isso vai-me dar uma grande trabalheira. Vou ter de lhe mandar um certificado de residência, para si, para o Banco de Portugal, para a Deco, vou ter de vos denunciar na Internet com nome de banco e tudo e no fim desisto do vosso cartão. Ou em alternativa e uma vez que me avisaram que a conversa está a ser gravada vou exigir que me passe ao seu diretor». Ao fim de alguns momentos o assunto estava ultrapassado. O mentecapto que me atendeu, não sei doutorado em quê porque não lhe perguntei, ainda teve o descaramento de no fim disto tudo me tentar "vender" dinheiro a 19 virgula tal porcento de juro ao ano. Mas também vos digo. Se o gajo me tivesse perguntado o nome do gato eu tinha-o mandado levar na cloaca.
quinta-feira, janeiro 03, 2013
1615. Sete facadas e carapaus de escabeche
A não perder.
É já amanhã, dia 4 pelas 21h00 na Popular FM em 90.9MHz que será entrevistado o autor de Sete facadas e carapaus de escabeche. Quem não conseguir sintonizar pode escutar em direto no site da Popular FM.
http://www.popularfm.com/
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