Assessora de Imprensa ou Blogolândia de casa de banho?
Eu chegava ao emprego e tinha sobre a mesa o Publico e o Diário Económico diariamente, a Visão à quinta, o Independente à sexta, o Euronotícias, o Semanário nem me lembro bem a que dias, a Executive Digest, a Exame. Eu comprava a Bola todos os dias e, quando uma notícia de capa me interessava, comprava este ou aquele jornal, esta ou aquela revista, conforme o chamariz. Escusado será dizer que não tinha tempo para ler nem 5% de todas estas publicações. Confesso que na Bola só lia mesmo as notícias sobre o Benfica e ainda assim, nem todas, muitas vezes ficava-me pelas gordas. No Independente ía sempre à procura da fotografia “Portugal no seu melhor” e depois de ver ou a recortava para colecção ou jogava direitinho aquele monte de papel para a caixinha da reciclagem. O mesmo fazia a todos os outros jornais, com excepção do Publico que lia à hora de almoço e ao Diário Económico que lia em 5 minutos. Nos que eu comprava, lia a tal notícia chamariz e dava-lhes o mesmo destino que aos restantes. Deixem-me fazer só uma correcção. Quando comprava o DN lia também os colunistas, sempre que tinha tempo, ou pedia à Palmira para me fazer uma fotocópia dos artigos de opinião para ler mais tarde. O Público, quando não tinha tempo de o ler na hora de almoço, ainda o levava para casa para ler à noitinha antes de me deitar. Ficava praticamente reduzido aos A4 (ou quase A4). Levava-os para casa, na minha pasta. Serviam-me de leitura nos locais onde o tempo tem de passar, quer a gente esteja a ler ou não.
O que eu precisava mesmo era de ter tido um assessor de imprensa que me conhecesse mais ou menos em termos de leitura e necessidades profissionais, que me seleccionasse os artigos e me deixasse sobre a mesa, já sublinhados e tudo. Hoje em dia, porque não tenho acesso a todas aquelas publicações (sem ter de as comprar, claro) utilizo os “Favoritos” do IE onde tenho os links para a imprensa on-line de Portugal e do mundo e onde “gasto” uma meia hora por dia a ler o que me parece interessante, obviamente do que tenho acesso. Só que já tenho um assessor de imprensa. É a blogolândia. Raro é o blog que leio que não aponte um link para este ou aquele artigo, claro sempre ao gosto do blogger de serviço. Mas como as minhas visitas são muito ecléticas, tanto leio, blogs de política, como desportivos, como de sociedade, como culturais, como etc, etc, acabo por, também, aceder a um conjunto de artigos on-line das mais variadas características. E outras vezes nem preciso lá ir, pois os bloggers fazem o favor de transcrever, directamente para o seu post, o referido artigo que seleccionaram. O que me dá menos jeito é pegar no PC e colocá-lo ao meu colo quando vou à sanita. Mas estou seriamente a pensar colocar um computador na casa de banho. Assim continuarei a gerir bem o meu tempo e um teclado não é assim tão incómodo como isso.
PS. Agora reparo que ontem comprei o Expresso e ainda o tenho inteirinho na saqueta plástica onde vinha. Ninguém me quer informar quais os artigos que eu deva ler?
sábado, fevereiro 28, 2004
Parabéns
Amor, hoje é o teu aniversário. Eu sei que és mais velha que eu , deixa lá, isso não faz mal nenhum. Aos quarenta não te troquei por duas de 20, também não é agora que o vou fazer, não achas?
Eu só queria, mas queria mesmo, que o meu blog durasse outros tantos quantos fazes hoje e que eu pudesse vir aqui, daqui a esses anos todos escrever-te, de novo, para te dar os parabéns. Mas é pedir muito não é?
Pois bem, festejemos o dia de hoje! Viva tu!
PS. Não vou dizer a ninguém quantos anos fizeste. Nem vou dar dicas. Eu não sou nada destas coisas de dizer que a uma mulher nunca se pergunta a idade e tal. Mas como não preciso de te perguntar, também não tenho nada que dizer. É verdade, amor, a propósito, para o ano como é que vais marcar os teus anos no totoloto?
Amor, hoje é o teu aniversário. Eu sei que és mais velha que eu , deixa lá, isso não faz mal nenhum. Aos quarenta não te troquei por duas de 20, também não é agora que o vou fazer, não achas?
Eu só queria, mas queria mesmo, que o meu blog durasse outros tantos quantos fazes hoje e que eu pudesse vir aqui, daqui a esses anos todos escrever-te, de novo, para te dar os parabéns. Mas é pedir muito não é?
Pois bem, festejemos o dia de hoje! Viva tu!
PS. Não vou dizer a ninguém quantos anos fizeste. Nem vou dar dicas. Eu não sou nada destas coisas de dizer que a uma mulher nunca se pergunta a idade e tal. Mas como não preciso de te perguntar, também não tenho nada que dizer. É verdade, amor, a propósito, para o ano como é que vais marcar os teus anos no totoloto?
sexta-feira, fevereiro 27, 2004
Riscas
Risca – (física) Linha escura (risca de absorção) que interrompe um espectro contínuo ou linha brilhante (risca de emissão) que forma, juntamente com outras, um espectro de emissão.
Riscas – Camisa dos betos, dos yuppies e dos políticos.
Riscas – Acto de meter o bedelho. Exemplo: Tu aqui não riscas népia.
Risca – Cada uma das cores do arco-íris.
Riscado – Um tecido, acho eu. A minha mãe falava nesse tipo de pano.
Riscas – Metade das bolas do meu snooker.
Riscas – O fato que o Jorge Gabriel usa no Pátio da Alegria.
Riscas – Um monte de gravatas que tenho lá no roupeiro.
Riscas – (astrolonomia) As riscas de hidrogénio constituem um dos diagnósticos mais importantes disponíveis para o estudo das estrelas jovens de tipo T Tauri.
Riscas – (folclore) Fato de trabalho verde utilizado pelo grupo de danças e cantares do Alto Douro “Como foi referido existe uma cor predominante - neste caso, o verde. A saia é de algodão, estampada e com debrum a branco. O avental é às riscas verdes e brancas…”.
Riscas – Camisola utilizada pelos meus arqui-rivais lagartos e tripeiros.
Riscas – O meu primeiro pijama e muitos outros seguintes!!!!
E perguntais vós, porque é que este tipo está para aqui a falar de riscas? Então mas este tipo não é nada de reproduzir dicionários ou enciclopédias ou de andar para aqui a armar ao pingarelho só para dizer que sabe umas coisas e obriga-nos a ler isto tudo na horizontal como se fosse um texto às riscas. Bom, meu amigos leitores e amigas leitoras. Eu vou explicar. Isto tem tudo a ver com um post que eu li no blog da Sara. Ela escreveu sobre pijamas e referiu que actualmente os pijamas apresentam em 90% ursinhos no seu (deles, pijamas) padrão. Logo eu que não sou nada de fazer estatísticas confrontei-me com esta terrível notícia que arrasa o meu pijama ás riscas. Imaginai vós queridos e queridas que me lêem, que as outras riscas também seriam substituídas por ursinhos. Já estou a imaginar o chefe da bancada do PSD a falar com o jovem deputado Nuno Mota.
- Olá Nuno, lindos ursinhos que tem hoje na camisa.
- São riscas, senhor, são riscas.
Ou então, o meu filho, quando estamos a jogar snooker.
- Tás a ver cota. Hoje vais jogar ao pau com os ursos.
Ou ainda, a menina na rua a olhar para o céu e a dizer a lenga-lenga que a gente dizia em criança.
- Arco-da-velha vai-te daqui que as meninas bonitas estão com medo dos ursos.
Já ursos de absorção e ursos de emissão eu não estou a ver quem sejam. Mas (estou a rir baixinho), eu em vez de chamar lagartos ou andrades aos meus arqui-rivais (futebolisticamente falando, é claro) dizer-lhes na cara, sem probabilidade de ser levado a mal – vós sois uns grandes ursos.
PS. Este pêésse não é para a Sara, nem para o seu lindo blog. É que, para mim, um Post Scriptum é um fetiche. Ou um carinho. Já que não tenho um urso para dormir e o meu pijama ainda tem riscas, uso uma almofada com um PS bordado. Um dia destes conto-vos porquê.
Risca – (física) Linha escura (risca de absorção) que interrompe um espectro contínuo ou linha brilhante (risca de emissão) que forma, juntamente com outras, um espectro de emissão.
Riscas – Camisa dos betos, dos yuppies e dos políticos.
Riscas – Acto de meter o bedelho. Exemplo: Tu aqui não riscas népia.
Risca – Cada uma das cores do arco-íris.
Riscado – Um tecido, acho eu. A minha mãe falava nesse tipo de pano.
Riscas – Metade das bolas do meu snooker.
Riscas – O fato que o Jorge Gabriel usa no Pátio da Alegria.
Riscas – Um monte de gravatas que tenho lá no roupeiro.
Riscas – (astrolonomia) As riscas de hidrogénio constituem um dos diagnósticos mais importantes disponíveis para o estudo das estrelas jovens de tipo T Tauri.
Riscas – (folclore) Fato de trabalho verde utilizado pelo grupo de danças e cantares do Alto Douro “Como foi referido existe uma cor predominante - neste caso, o verde. A saia é de algodão, estampada e com debrum a branco. O avental é às riscas verdes e brancas…”.
Riscas – Camisola utilizada pelos meus arqui-rivais lagartos e tripeiros.
Riscas – O meu primeiro pijama e muitos outros seguintes!!!!
E perguntais vós, porque é que este tipo está para aqui a falar de riscas? Então mas este tipo não é nada de reproduzir dicionários ou enciclopédias ou de andar para aqui a armar ao pingarelho só para dizer que sabe umas coisas e obriga-nos a ler isto tudo na horizontal como se fosse um texto às riscas. Bom, meu amigos leitores e amigas leitoras. Eu vou explicar. Isto tem tudo a ver com um post que eu li no blog da Sara. Ela escreveu sobre pijamas e referiu que actualmente os pijamas apresentam em 90% ursinhos no seu (deles, pijamas) padrão. Logo eu que não sou nada de fazer estatísticas confrontei-me com esta terrível notícia que arrasa o meu pijama ás riscas. Imaginai vós queridos e queridas que me lêem, que as outras riscas também seriam substituídas por ursinhos. Já estou a imaginar o chefe da bancada do PSD a falar com o jovem deputado Nuno Mota.
- Olá Nuno, lindos ursinhos que tem hoje na camisa.
- São riscas, senhor, são riscas.
Ou então, o meu filho, quando estamos a jogar snooker.
- Tás a ver cota. Hoje vais jogar ao pau com os ursos.
Ou ainda, a menina na rua a olhar para o céu e a dizer a lenga-lenga que a gente dizia em criança.
- Arco-da-velha vai-te daqui que as meninas bonitas estão com medo dos ursos.
Já ursos de absorção e ursos de emissão eu não estou a ver quem sejam. Mas (estou a rir baixinho), eu em vez de chamar lagartos ou andrades aos meus arqui-rivais (futebolisticamente falando, é claro) dizer-lhes na cara, sem probabilidade de ser levado a mal – vós sois uns grandes ursos.
PS. Este pêésse não é para a Sara, nem para o seu lindo blog. É que, para mim, um Post Scriptum é um fetiche. Ou um carinho. Já que não tenho um urso para dormir e o meu pijama ainda tem riscas, uso uma almofada com um PS bordado. Um dia destes conto-vos porquê.
Sono
Vocês amigos devem pensar que eu sou um “cu de sono”. Mentira! Eu só durmo cinco horas por dia, apesar de ter já referido várias vezes no meu blog, que estou com sono. Logo eu, que não sou nada de falar de mim, vir para aqui dizer que tenho sono. È cansativo para quem lê e é cansativo para mim, pois cada vez que falo de sono, fico com sono. Mas a verdade é esta, só me apetece escrever mesmo quando estou com sono. Há quem faça early morning posts e toda a gente vai lá ler. Deve ser para ler aqueles poemas em inglês. Intelectual é outra coisa. Eu se reproduzisse todos os dias um poema em inglês e falasse de Camus como ele, aposto que ninguém ligaria peva. Primeiro porque não me chamo jpp e, em último porque achariam que eu estava a armar ao pingarelho. Bem, eu tenho de reconhecer que o homem (sem qualquer sentido pejorativo) não arma propriamente ao pingarelho. É um opinion maker e nisso temos de lhe tirar o chapéu. E é culto, caramba. E é referido por todos os blogs da net, caramba de novo. Eu não vou mentir, mas só à minha conta ele tem pelo menos umas 7 visitas por semana. Pelo menos, disse eu. E isso quando eu estou com sono. Fará se eu não tivesse tanto sono… acho que, pelo menos, duplicaria.
Bom mas tenho estado aqui a publicitar o jpp e não falei do tema que me trouxe aqui hoje. Eu queria falar do sono que me dá de vez em quando e que nessas alturas só me apetece escrever. Pois é verdade amigos. É por isso que cada vez que tento escrever algo, não me sai nada de jeito. Adormeço normalmente no meio do texto e depois já não sei onde vou.
Esperem. Vou tomar um cafezinho.
…
Voltei. Que desastre! Primeiro fui moer café: entornei o grão. Depois quando finalmente apanhei aquilo tudo do chão, para a D. Maria não “mandar vir”, e consegui moer direitinho, ao virar do moinho para o tapperware, derramei o pó. Querem apostar que depois de tirar a bicazinha também entornei café por cima das calças? Bruxo! Eu não disse que estava com sono? Não será melhor ir dormir?
PS. Vou ler um daqueles poemas do Early Morning posts… como não sei inglês (patavination como diria o Marco Aurélio? Ou seria o Marco Paulo? Não, não… o Paulo António! Eureka! É isso), adormeço antes do primeiro verso! Logo eu, que como vós sabeis, meus amigos, não sou nada de ler Early Mornings nas minhas Late Nights.
Vocês amigos devem pensar que eu sou um “cu de sono”. Mentira! Eu só durmo cinco horas por dia, apesar de ter já referido várias vezes no meu blog, que estou com sono. Logo eu, que não sou nada de falar de mim, vir para aqui dizer que tenho sono. È cansativo para quem lê e é cansativo para mim, pois cada vez que falo de sono, fico com sono. Mas a verdade é esta, só me apetece escrever mesmo quando estou com sono. Há quem faça early morning posts e toda a gente vai lá ler. Deve ser para ler aqueles poemas em inglês. Intelectual é outra coisa. Eu se reproduzisse todos os dias um poema em inglês e falasse de Camus como ele, aposto que ninguém ligaria peva. Primeiro porque não me chamo jpp e, em último porque achariam que eu estava a armar ao pingarelho. Bem, eu tenho de reconhecer que o homem (sem qualquer sentido pejorativo) não arma propriamente ao pingarelho. É um opinion maker e nisso temos de lhe tirar o chapéu. E é culto, caramba. E é referido por todos os blogs da net, caramba de novo. Eu não vou mentir, mas só à minha conta ele tem pelo menos umas 7 visitas por semana. Pelo menos, disse eu. E isso quando eu estou com sono. Fará se eu não tivesse tanto sono… acho que, pelo menos, duplicaria.
Bom mas tenho estado aqui a publicitar o jpp e não falei do tema que me trouxe aqui hoje. Eu queria falar do sono que me dá de vez em quando e que nessas alturas só me apetece escrever. Pois é verdade amigos. É por isso que cada vez que tento escrever algo, não me sai nada de jeito. Adormeço normalmente no meio do texto e depois já não sei onde vou.
Esperem. Vou tomar um cafezinho.
…
Voltei. Que desastre! Primeiro fui moer café: entornei o grão. Depois quando finalmente apanhei aquilo tudo do chão, para a D. Maria não “mandar vir”, e consegui moer direitinho, ao virar do moinho para o tapperware, derramei o pó. Querem apostar que depois de tirar a bicazinha também entornei café por cima das calças? Bruxo! Eu não disse que estava com sono? Não será melhor ir dormir?
PS. Vou ler um daqueles poemas do Early Morning posts… como não sei inglês (patavination como diria o Marco Aurélio? Ou seria o Marco Paulo? Não, não… o Paulo António! Eureka! É isso), adormeço antes do primeiro verso! Logo eu, que como vós sabeis, meus amigos, não sou nada de ler Early Mornings nas minhas Late Nights.
quarta-feira, fevereiro 25, 2004
Indefinições
As pessoas que me conhecem sabem que eu sou decidido. Não sou nada de deixar as coisas nas meias tintas, nem tão pouco de saltar de um lado para o outro ao sabor dos meses ou das posições que dão mais jeito. Já a minha ciática, não. De Fevereiro a Agosto ataca a direita, de Setembro a Dezembro ataca-me a esquerda. Só é neutra em Janeiro. Acho que é para ver onde param as modas. Mas não sei o que hei-de chamar a esta desgraçada desta dor. Se oportunista se inoportuna de uma figa. Vá lá decide-te, caramba. Eu preciso saber para que lado devo dormir.
PS. Até ao endireita eu já fui... por isso nada de sugestões. Eu sei que é para meu bem, amigos... mas não é isso.. é também a PDI que me faz ser rabugento.
As pessoas que me conhecem sabem que eu sou decidido. Não sou nada de deixar as coisas nas meias tintas, nem tão pouco de saltar de um lado para o outro ao sabor dos meses ou das posições que dão mais jeito. Já a minha ciática, não. De Fevereiro a Agosto ataca a direita, de Setembro a Dezembro ataca-me a esquerda. Só é neutra em Janeiro. Acho que é para ver onde param as modas. Mas não sei o que hei-de chamar a esta desgraçada desta dor. Se oportunista se inoportuna de uma figa. Vá lá decide-te, caramba. Eu preciso saber para que lado devo dormir.
PS. Até ao endireita eu já fui... por isso nada de sugestões. Eu sei que é para meu bem, amigos... mas não é isso.. é também a PDI que me faz ser rabugento.
sexta-feira, fevereiro 20, 2004
Schubert , Chubert, Xubart
Bom, o João é que sabe como vai registá-lo. Mas tem 5 minutos cá em casa e já me conquistou. Sim, uma coisa é certa. Pronuncia-se Xu-bârte. É o novo membro da família e é lindo.
PS. Como sabeis eu não sou nada de lamechices. Mas vejam lá se o Schubert não merece este post.
Bom, o João é que sabe como vai registá-lo. Mas tem 5 minutos cá em casa e já me conquistou. Sim, uma coisa é certa. Pronuncia-se Xu-bârte. É o novo membro da família e é lindo.
PS. Como sabeis eu não sou nada de lamechices. Mas vejam lá se o Schubert não merece este post.
Carnaval
Para mim, o Carnaval só começa na sexta-feira gorda, ou seja hoje. Não tenho tempo para começá-lo antes nem me parece que seja necessário. Eu sigo a máxima o Carnaval são 5 dias e a vida são 2. Por isso hoje comecei a brincar. Coloquei a minha cabeleira longa, de cor amarelada (não tenho nada contra as loiras, mas com aquela cabeleira sinto-me mais burro), e a minha gravata com o Kama-Sutra dos porquinhos. E acreditem, esta mistura de indumentária, com um narizinho de bola vermelha à Batatinha e Companhia, faz-me sentir carnavalesco. Há esqueci-me de dizer que calcei umas meias às riscas vermelhas e brancas (sou do Benfica, não esqueçam), de cano alto, assim até ao joelho, por fora das calças. Confesso que se algum dos meus amigos me visse nesta figura iriam achar que eu estava demasiado carnavalesco. E por acaso senti-me meio ridículo até cerca da uma da tarde. Mas quando ouvi o Zé Manel na TV a dizer que o nosso deficit foi de 2,8% em 2003, fartei-me de rir. Afinal quem está a brincar ao Carnaval é ele.
PS. Eu não sou nada de me meter em contas sérias, principalmente em época de brincadeira. Mas as receitas extraordinárias vão durar sempre ou ele quis mesmo desfilar na Barão de Sapucaí e não o deixaram?
Para mim, o Carnaval só começa na sexta-feira gorda, ou seja hoje. Não tenho tempo para começá-lo antes nem me parece que seja necessário. Eu sigo a máxima o Carnaval são 5 dias e a vida são 2. Por isso hoje comecei a brincar. Coloquei a minha cabeleira longa, de cor amarelada (não tenho nada contra as loiras, mas com aquela cabeleira sinto-me mais burro), e a minha gravata com o Kama-Sutra dos porquinhos. E acreditem, esta mistura de indumentária, com um narizinho de bola vermelha à Batatinha e Companhia, faz-me sentir carnavalesco. Há esqueci-me de dizer que calcei umas meias às riscas vermelhas e brancas (sou do Benfica, não esqueçam), de cano alto, assim até ao joelho, por fora das calças. Confesso que se algum dos meus amigos me visse nesta figura iriam achar que eu estava demasiado carnavalesco. E por acaso senti-me meio ridículo até cerca da uma da tarde. Mas quando ouvi o Zé Manel na TV a dizer que o nosso deficit foi de 2,8% em 2003, fartei-me de rir. Afinal quem está a brincar ao Carnaval é ele.
PS. Eu não sou nada de me meter em contas sérias, principalmente em época de brincadeira. Mas as receitas extraordinárias vão durar sempre ou ele quis mesmo desfilar na Barão de Sapucaí e não o deixaram?
quinta-feira, fevereiro 19, 2004
Não sei se é para rir ou se é para chorar
Todos sabemos que num Estado de Direito a presunção da inocência é um direito que assiste a todos os arguidos de um processo. Eu que não sou jurista não tenho nada que me meter o nariz onde não sou chamado. Nem sou mesmo de meter o nariz. Mas é sempre o meu nariz, um dos órgãos que sofre quando eu choro. E como eu não sei se isto é para rir ou para chorar o melhor é tomar algumas atitudes preventivas. Ah, é verdade, já estava a perder o fio ao raciocínio, não fosse a providencial preventiva. È que é mesmo de uma prisão preventiva que eu vou falar. O Público, há pouquinho, noticiava que o sr. Vale e Azevedo, que estava em prisão preventiva por causa de uma tal Euroária, acaba de ser libertado pela Relação de Lisboa, porque o dito senhor não foi ouvido numa diligência processual feita ao juiz do processo. Pronto! O caso pode não estar arrumado, mas a justiça tem destas coisas… Nem é preciso provar a culpabilidade ou a inocência. Basta que haja um errozinho no processo. Aposto que haverão muitos mais a beneficiar destes errozinhos. Esperem pelas próximas notícias. Já não falta muito.
PS. Este pèésse ao contrário de outros não é para dizer que gosto muito da palavra errozinho. È para dizer que o errozinho faz-me sempre espécie…
Todos sabemos que num Estado de Direito a presunção da inocência é um direito que assiste a todos os arguidos de um processo. Eu que não sou jurista não tenho nada que me meter o nariz onde não sou chamado. Nem sou mesmo de meter o nariz. Mas é sempre o meu nariz, um dos órgãos que sofre quando eu choro. E como eu não sei se isto é para rir ou para chorar o melhor é tomar algumas atitudes preventivas. Ah, é verdade, já estava a perder o fio ao raciocínio, não fosse a providencial preventiva. È que é mesmo de uma prisão preventiva que eu vou falar. O Público, há pouquinho, noticiava que o sr. Vale e Azevedo, que estava em prisão preventiva por causa de uma tal Euroária, acaba de ser libertado pela Relação de Lisboa, porque o dito senhor não foi ouvido numa diligência processual feita ao juiz do processo. Pronto! O caso pode não estar arrumado, mas a justiça tem destas coisas… Nem é preciso provar a culpabilidade ou a inocência. Basta que haja um errozinho no processo. Aposto que haverão muitos mais a beneficiar destes errozinhos. Esperem pelas próximas notícias. Já não falta muito.
PS. Este pèésse ao contrário de outros não é para dizer que gosto muito da palavra errozinho. È para dizer que o errozinho faz-me sempre espécie…
Cheirar na net
Não sei se é verdade ou ficção. Há alguns anos atrás lembro-me de ter lido nos jornais que um bebé conversava com a mãe, ainda antes de nascer. A fraude não durou muito, mas o “fenómeno” percorreu mundo. Agora vamos ter cheiros através da Internet. Ouvi há pouco na TV. Um código, será enviado através do cyber-espaço para um aparelhómetro acoplado a um PC, que por sua vez emite um spray com o cheiro enviado. Já me estou a ver, antes de chegar a casa, colocar o dispositivosinho no portátil e falar: “humm amor…hoje não vou jantar a casa. O cheiro das iscas já me está a enjoar”.
PS. 1. Como todos vós sabeis eu não sou nada de duvidar da tecnologia. Mas esta noticia não me está a cheirar nada bem. Imaginem só, se lado de lá, alguém se lembra de dar um “pum”. Eu vou ter de gramar com o cheiro?
2. Gosto muito da palavra dispositivosinho.
Não sei se é verdade ou ficção. Há alguns anos atrás lembro-me de ter lido nos jornais que um bebé conversava com a mãe, ainda antes de nascer. A fraude não durou muito, mas o “fenómeno” percorreu mundo. Agora vamos ter cheiros através da Internet. Ouvi há pouco na TV. Um código, será enviado através do cyber-espaço para um aparelhómetro acoplado a um PC, que por sua vez emite um spray com o cheiro enviado. Já me estou a ver, antes de chegar a casa, colocar o dispositivosinho no portátil e falar: “humm amor…hoje não vou jantar a casa. O cheiro das iscas já me está a enjoar”.
PS. 1. Como todos vós sabeis eu não sou nada de duvidar da tecnologia. Mas esta noticia não me está a cheirar nada bem. Imaginem só, se lado de lá, alguém se lembra de dar um “pum”. Eu vou ter de gramar com o cheiro?
2. Gosto muito da palavra dispositivosinho.
O presidente da bola
Hoje não vou falar de bola. Não percebo nada da matéria e como todos sabem eu não sou nada de me meter naquilo que eu não sei. Mas gosto de ver. E naturalmente quando joga a nossa selecção. Quando o jogo terminou, entre o xixizinho e o zaping, tive ocasião de escutar as opiniões do sr. Gilberto Madaíl, que é o presidente da Federação da bola cá do burgo. E sobre o Algarve (onde o jogo se realizou), ele dizia: “O Algarve (…) merece ter uma grande equipa, para poder competir principalmente nas competições internas e nas externas”. Haverá outras?
Hoje não vou falar de bola. Não percebo nada da matéria e como todos sabem eu não sou nada de me meter naquilo que eu não sei. Mas gosto de ver. E naturalmente quando joga a nossa selecção. Quando o jogo terminou, entre o xixizinho e o zaping, tive ocasião de escutar as opiniões do sr. Gilberto Madaíl, que é o presidente da Federação da bola cá do burgo. E sobre o Algarve (onde o jogo se realizou), ele dizia: “O Algarve (…) merece ter uma grande equipa, para poder competir principalmente nas competições internas e nas externas”. Haverá outras?
quarta-feira, fevereiro 18, 2004
Versatilidade linguística
Eu sei que nem precisaria dizer isto pois todos vós que me lêem sabeis que eu não sou nada de fazer das coisas que são dos outros, parecerem coisas que são minhas. E porque é que não sou - poderíeis vós vos interrogar ainda que em voz baixa - se há tantos que o fazem? É porque eu acho que cada criativo deve ter o direito de proteger a sua própria propriedade. E então porque o vais fazer agora? – Já vos estou a ver interrogarem-se de novo, e talvez também em voz baixa. Então eu respondo: 1. Desconheço o autor para lhe pedir autorização e 2. Um texto destes pela sua imaginação merece ser divulgado.
E eu que pensava que dizer “O rato roeu a roupa rica do rei de Roma”, “um tigre, dois tigres, três tigres”, “estender cordões, encolher cordões, encolher cordões, estender cordões”, era uma grande coisa.
Vejam como se pode escrever em português (acho que só mesmo em português e com sotaque)
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.
Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.
Partindo para Paris, passou pelos Pirinéus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.
Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal.
Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.
-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
-Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.
Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.
Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro!
Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.
Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.
Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.
Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar...
Para parar preciso pensar. Pensei.
Portanto, pronto pararei.
Eu sei que nem precisaria dizer isto pois todos vós que me lêem sabeis que eu não sou nada de fazer das coisas que são dos outros, parecerem coisas que são minhas. E porque é que não sou - poderíeis vós vos interrogar ainda que em voz baixa - se há tantos que o fazem? É porque eu acho que cada criativo deve ter o direito de proteger a sua própria propriedade. E então porque o vais fazer agora? – Já vos estou a ver interrogarem-se de novo, e talvez também em voz baixa. Então eu respondo: 1. Desconheço o autor para lhe pedir autorização e 2. Um texto destes pela sua imaginação merece ser divulgado.
E eu que pensava que dizer “O rato roeu a roupa rica do rei de Roma”, “um tigre, dois tigres, três tigres”, “estender cordões, encolher cordões, encolher cordões, estender cordões”, era uma grande coisa.
Vejam como se pode escrever em português (acho que só mesmo em português e com sotaque)
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.
Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.
Partindo para Paris, passou pelos Pirinéus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.
Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal.
Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses.
-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
-Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.
Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.
Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro!
Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.
Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.
Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.
Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar...
Para parar preciso pensar. Pensei.
Portanto, pronto pararei.
terça-feira, fevereiro 17, 2004
Eram outros os tempos
- John
- Yah
- Como está a cave?
- Nem queiras saber…
- Porquê?
- Fechada há anos!
- Ninguém trata dela?
- Não há gods in the house
(um som de fundo invadiu-nos a conversa; Nick Cave tocava ao fundo)
- John
- Yah
- Como está a cave?
- Nem queiras saber…
- Porquê?
- Fechada há anos!
- Ninguém trata dela?
- Não há gods in the house
(um som de fundo invadiu-nos a conversa; Nick Cave tocava ao fundo)
Futebol de férias
Tirando a minha paixão quase fanática pelo Benfica, vocês sabem que eu não sou muito de me meter nas coisas do futebol. Principalmente este fim-de-semana em que de futebol não houve nem cheiro. Senão reparem bem no que eu próprio constatei. O sr. Mourinho deu um abraço ao sr. Camacho. O sr. Dias da Cunha sentou-se ao lado do sr. Filipe Vieira na tribuna da Luz. O sr. Valentim Loureiro não ameaçou ninguém. O sr. João Loureiro não se queixou do árbitro. O sr. Pinto da Costa não cortou relações com ninguém. O sr. Fernando Seara não falou mal das opções tácticas do treinador do Benfica. Os adeptos, nas bancadas, não andaram à porrada. A polícia não deu nenhuma carga. A BP, a GALP ou a SHELL não se queixaram de áreas de serviço partidas pelos Super Dragões. Os No Name e os Diabos não se esfaquearam. A Juve Leo não pintou as estátuas todas de Lisboa. O Sporting não teve nenhum penálti a favor. O árbitro do Benfica x Porto não expulsou nenhum jogador do Benfica. Nem o sr. Lucílio Baptista nem o sr. António Costa foram nomeados para este jogo. A Académica ganhou. Com isto tudo (ou com a ausência disto) ainda alguém acha que houve futebol? Espero que para a semana o campeonato recomece.
PS. Eu até que não sou nada de violências fiquei estupefacto de ninguém ter partido cadeiras nos estádios e atirado com elas à cabeça dos árbitros. Acham possível?
Tirando a minha paixão quase fanática pelo Benfica, vocês sabem que eu não sou muito de me meter nas coisas do futebol. Principalmente este fim-de-semana em que de futebol não houve nem cheiro. Senão reparem bem no que eu próprio constatei. O sr. Mourinho deu um abraço ao sr. Camacho. O sr. Dias da Cunha sentou-se ao lado do sr. Filipe Vieira na tribuna da Luz. O sr. Valentim Loureiro não ameaçou ninguém. O sr. João Loureiro não se queixou do árbitro. O sr. Pinto da Costa não cortou relações com ninguém. O sr. Fernando Seara não falou mal das opções tácticas do treinador do Benfica. Os adeptos, nas bancadas, não andaram à porrada. A polícia não deu nenhuma carga. A BP, a GALP ou a SHELL não se queixaram de áreas de serviço partidas pelos Super Dragões. Os No Name e os Diabos não se esfaquearam. A Juve Leo não pintou as estátuas todas de Lisboa. O Sporting não teve nenhum penálti a favor. O árbitro do Benfica x Porto não expulsou nenhum jogador do Benfica. Nem o sr. Lucílio Baptista nem o sr. António Costa foram nomeados para este jogo. A Académica ganhou. Com isto tudo (ou com a ausência disto) ainda alguém acha que houve futebol? Espero que para a semana o campeonato recomece.
PS. Eu até que não sou nada de violências fiquei estupefacto de ninguém ter partido cadeiras nos estádios e atirado com elas à cabeça dos árbitros. Acham possível?
segunda-feira, fevereiro 16, 2004
Fascínio
Quem me conhece sabe que desde há largo tempo tenho um fascínio especial pelo Brasil. Infelizmente só tive oportunidade de lá ir uma vez, já que a conta bancária nunca tem os euros suficientes para aquilo que a gente necessita, materialmente falando, quanto mais para a alimentação do espírito e da alma. Não sei se foi por eu começar a ler Jorge Amado desde muito novo, não sei se por ser apaixonado por Drumond de Andrade ou mesmo, pelo prazer tão frugal quanto é o de me sentar numa esplanada a olhar o Atlântico e a viajar “embarcado” numa caipirinha ao som de um forró, quando o mar está agitado, ou no embalo de uma bossa nova quando as ondas meigamente beijam a praia. “Sei que léguas tem a nos separar” e mesmo assim… ele fascina-me. Também será por isso que tenho muitos amigos brasileiros (mais amigas, é claro), que não dispenso quase todas as semanas uma feijoada com carne de sol e que, em casa, confecciono uma moqueca de camarão que costuma ser elogiada por todos. Infelizmente não sai tão boa como aquela moqueca caipixaba, mas vocês meus amigos até sabem que eu não sou muito de entrar na cozinha. Sou mais para a mesa. Pois vem este post a propósito de eu ter encontrado na net, através de um link (eu sou daqueles que navega ao sabor dos links), alguém que vive em Portugal, que eu não conheço pessoalmente, mas que já me habituei a ler. Uma brasileira que fala de Lisboa, com sotaque. E há no mundo sotaque mais bonito do que o que vem de onde o vento faz a curva?
PS. Decidi colocar na minha lista de links directos o Diário de Lisboa, para que os meus amigos brasileiros (e não só) que me visitam possam ler também esta prosa.
Quem me conhece sabe que desde há largo tempo tenho um fascínio especial pelo Brasil. Infelizmente só tive oportunidade de lá ir uma vez, já que a conta bancária nunca tem os euros suficientes para aquilo que a gente necessita, materialmente falando, quanto mais para a alimentação do espírito e da alma. Não sei se foi por eu começar a ler Jorge Amado desde muito novo, não sei se por ser apaixonado por Drumond de Andrade ou mesmo, pelo prazer tão frugal quanto é o de me sentar numa esplanada a olhar o Atlântico e a viajar “embarcado” numa caipirinha ao som de um forró, quando o mar está agitado, ou no embalo de uma bossa nova quando as ondas meigamente beijam a praia. “Sei que léguas tem a nos separar” e mesmo assim… ele fascina-me. Também será por isso que tenho muitos amigos brasileiros (mais amigas, é claro), que não dispenso quase todas as semanas uma feijoada com carne de sol e que, em casa, confecciono uma moqueca de camarão que costuma ser elogiada por todos. Infelizmente não sai tão boa como aquela moqueca caipixaba, mas vocês meus amigos até sabem que eu não sou muito de entrar na cozinha. Sou mais para a mesa. Pois vem este post a propósito de eu ter encontrado na net, através de um link (eu sou daqueles que navega ao sabor dos links), alguém que vive em Portugal, que eu não conheço pessoalmente, mas que já me habituei a ler. Uma brasileira que fala de Lisboa, com sotaque. E há no mundo sotaque mais bonito do que o que vem de onde o vento faz a curva?
PS. Decidi colocar na minha lista de links directos o Diário de Lisboa, para que os meus amigos brasileiros (e não só) que me visitam possam ler também esta prosa.
Citações e arrotos
A blogosfera tem montes de intelectuais. Nada tenho contra os intelectuais, sou eu que o digo e se quiserem acreditar, façam o favor de o fazer. Mas por tudo e por nada vejo (leio) citar Platão, Sócrates e Sofocles, Kant e Décartes, Camus e Brodsky, Marx e Rosa Luxemburgo, Herberto Hélder e Stephen Jay Gould, Gore Vidal e Emanuel Félix e por aí a fora. Há que os que falam de cinema e conhecem tudo de Felini ou Antonioni, De Sam Shepard e Woody Allen, de Eisenstein e Chaplin, de Bertolluci e Scorcese e ainda os musicólogos que tratam por tu Bach e Maller, Pucinni e Albioni, Mozart e Wagner. E mais e mais que nem vale a pena estar aqui a encher chouriços.
Acredito que este seja o mundo deles e que escrevam os blogs a pensarem nos seus pares. Mas também acredito que muitos deles é mesmo só para armar ao pingarelho. Uma coisa é certa e vocês sabem disso: Eu não sou nada de criticar os blogs dos outros. E também sabem bem que eu não sou nada de fazer citações por dá cá aquela palha. Mas daqui para a frente vou também começar a dar a minha de intelectual. Eu sou menos que os outros? Para já não vou citar nenhum autor muito conhecido, vou apenas citar um vizinho o “ti Anastácio” (um dia destes conto-vos algumas histórias dele), que costumava dizer do Sr. Joaquim da Loja, que só porque este tinha a quarta classe, passava o tempo a, cito, “arrotar postas de pescada”, fim de citação.
Esperem-me até eu começar a arrotar os meus posts de pescada.
A blogosfera tem montes de intelectuais. Nada tenho contra os intelectuais, sou eu que o digo e se quiserem acreditar, façam o favor de o fazer. Mas por tudo e por nada vejo (leio) citar Platão, Sócrates e Sofocles, Kant e Décartes, Camus e Brodsky, Marx e Rosa Luxemburgo, Herberto Hélder e Stephen Jay Gould, Gore Vidal e Emanuel Félix e por aí a fora. Há que os que falam de cinema e conhecem tudo de Felini ou Antonioni, De Sam Shepard e Woody Allen, de Eisenstein e Chaplin, de Bertolluci e Scorcese e ainda os musicólogos que tratam por tu Bach e Maller, Pucinni e Albioni, Mozart e Wagner. E mais e mais que nem vale a pena estar aqui a encher chouriços.
Acredito que este seja o mundo deles e que escrevam os blogs a pensarem nos seus pares. Mas também acredito que muitos deles é mesmo só para armar ao pingarelho. Uma coisa é certa e vocês sabem disso: Eu não sou nada de criticar os blogs dos outros. E também sabem bem que eu não sou nada de fazer citações por dá cá aquela palha. Mas daqui para a frente vou também começar a dar a minha de intelectual. Eu sou menos que os outros? Para já não vou citar nenhum autor muito conhecido, vou apenas citar um vizinho o “ti Anastácio” (um dia destes conto-vos algumas histórias dele), que costumava dizer do Sr. Joaquim da Loja, que só porque este tinha a quarta classe, passava o tempo a, cito, “arrotar postas de pescada”, fim de citação.
Esperem-me até eu começar a arrotar os meus posts de pescada.
sábado, fevereiro 14, 2004
Santana Presidente
Olha olha, o Santana diz hoje ao Expresso que quer ser presidente da república. Como se nós não soubessemos. Ele manda o recado para dentro do partido pelos jornais. Ao menos que o tivesse anunciado aos microfones da kapital. Sempre teria mais audiência. Então e o beija-mão de Cavaco feito há uns meses aos grandes irmãos que comandam isto, não conta? Não nos decepcione senhor Cavaco. Eu ainda conto consigo para não ver Portugal tranformado na grande discoteca da Europa. Ai ai ai, predatado, tu que nem és nada destas coisas a meteres-te no assuntos da política. Se não te portas bem vais de quarentena e não te deixo "postar" tão cedo.
PS. Estas últimas duas frases não fui eu quem as escreveu. Foi o meu grilinho falante. Anda sempre comigo a zoar-me aos ouvidos. Qualquer dia despeço-o. Assim como assim já temos 350 mil desempregados. Mais um menos um que diferença faz?
Olha olha, o Santana diz hoje ao Expresso que quer ser presidente da república. Como se nós não soubessemos. Ele manda o recado para dentro do partido pelos jornais. Ao menos que o tivesse anunciado aos microfones da kapital. Sempre teria mais audiência. Então e o beija-mão de Cavaco feito há uns meses aos grandes irmãos que comandam isto, não conta? Não nos decepcione senhor Cavaco. Eu ainda conto consigo para não ver Portugal tranformado na grande discoteca da Europa. Ai ai ai, predatado, tu que nem és nada destas coisas a meteres-te no assuntos da política. Se não te portas bem vais de quarentena e não te deixo "postar" tão cedo.
PS. Estas últimas duas frases não fui eu quem as escreveu. Foi o meu grilinho falante. Anda sempre comigo a zoar-me aos ouvidos. Qualquer dia despeço-o. Assim como assim já temos 350 mil desempregados. Mais um menos um que diferença faz?
Dia dos Namorados
Eles inventam cada coisa para a gente gastar dinheiro. Eu nem sei quem é o São Valentim, só de há uns aninhos a esta parte é que comecei a ouvir falar dele.O S. João faz-me saltar fogueiras, o St António casou-me. O S. Pedro, nos dias que acorda mal disposto, encharca-me todo. Eu que nem sou religioso e nem me interesso muito por estas coisas, lá vou sabendo os nomes de alguns. Sei até que S. Cristóvão me protege quando vou em viagem. E que Sta Bárbara está atenta para nos proteger quando troveja. Está bem, pronto, o São Valentim também tem direitos. E hoje quando acordei, e depois do escutar o meu Ser Benfiquista, fui até à varanda, apanhar sol e o que vejo? A minha mulher a cuidar dos amores-perfeitos. Será por ser dia dos namorados?
PS. Vocês sabem bem que eu não sou nada de pêésses. Já o disse mais de uma vez. Mas desta não resisti. É que eu comecei este texto dizendo que eles inventam cada coisa para a gente gastar dinheiro e depois perdi-me no meio dos Santos e não desenvolvi o tema. Mas agora também já não vale a pena. Eu não compro nada para comemorar o dia. Apenas namoro e pronto!
Eles inventam cada coisa para a gente gastar dinheiro. Eu nem sei quem é o São Valentim, só de há uns aninhos a esta parte é que comecei a ouvir falar dele.O S. João faz-me saltar fogueiras, o St António casou-me. O S. Pedro, nos dias que acorda mal disposto, encharca-me todo. Eu que nem sou religioso e nem me interesso muito por estas coisas, lá vou sabendo os nomes de alguns. Sei até que S. Cristóvão me protege quando vou em viagem. E que Sta Bárbara está atenta para nos proteger quando troveja. Está bem, pronto, o São Valentim também tem direitos. E hoje quando acordei, e depois do escutar o meu Ser Benfiquista, fui até à varanda, apanhar sol e o que vejo? A minha mulher a cuidar dos amores-perfeitos. Será por ser dia dos namorados?
PS. Vocês sabem bem que eu não sou nada de pêésses. Já o disse mais de uma vez. Mas desta não resisti. É que eu comecei este texto dizendo que eles inventam cada coisa para a gente gastar dinheiro e depois perdi-me no meio dos Santos e não desenvolvi o tema. Mas agora também já não vale a pena. Eu não compro nada para comemorar o dia. Apenas namoro e pronto!
sexta-feira, fevereiro 13, 2004
A força das palavras de ordem
Ouvi com atenção o chumbo da AR a um voto de protesto contra a construção do Muro de Israel. Eu que nem gosto de falar de política, não porque tenha medo (ou deverei ter?), não me atentei ao significado político da coisa. A minha observação de hoje vai para alguns dos argumentos do chumbo. Um deputado do PP declara que é "contra todos os muros" e um deputado do PSD diz que este muro "põe em risco" a convivência de dois estados "lado a lado". Ora bem, parece que todos estão de acordo, contra o muro e no entanto… votaram contra.
O argumento é de que, o voto de protesto proposto apresenta "uma visão unilateral" e não contribui "para a resolução pacífica do conflito israelo-palestiniano". Cá para mim seria um texto elaborado sobre o joelho pelo BE e portanto não cientificamente preparado.
Este tipo de argumentação faz-me recuar alguns anos no tempo. Eu que nem sou de muito de ir buscar coisas antigas para as minhas notas, não deixei de me recordar de uma RG qualquer coisa, (RGA?, RGE?, AE?, RGSPASE – esta acho que eu inventei agora), que assisti uma vez no Técnico, em que todas as organizações políticas, que suportavam as organizações estudantis, estavam de acordo em marchar até à 5 de Outubro para protestar sobre a forma como os subsídios aos estudantes eram distribuídos pela Acção Social. Passamos mais de duas horas a discutir as palavras de ordem da manifestação. Às tantas, o conjunto de palavras de ordem aprovado tinha saído da proposta do MES. Acto contínuo, com o argumento de que as suas palavras de ordem eram estudadas cientificamente, o MRPP demarcou-se e não integrou a manifestação. Até me recuso a dizer quem estava a dirigir (manipular) a tal RG. Se quiserem adivinhem.
Ouvi com atenção o chumbo da AR a um voto de protesto contra a construção do Muro de Israel. Eu que nem gosto de falar de política, não porque tenha medo (ou deverei ter?), não me atentei ao significado político da coisa. A minha observação de hoje vai para alguns dos argumentos do chumbo. Um deputado do PP declara que é "contra todos os muros" e um deputado do PSD diz que este muro "põe em risco" a convivência de dois estados "lado a lado". Ora bem, parece que todos estão de acordo, contra o muro e no entanto… votaram contra.
O argumento é de que, o voto de protesto proposto apresenta "uma visão unilateral" e não contribui "para a resolução pacífica do conflito israelo-palestiniano". Cá para mim seria um texto elaborado sobre o joelho pelo BE e portanto não cientificamente preparado.
Este tipo de argumentação faz-me recuar alguns anos no tempo. Eu que nem sou de muito de ir buscar coisas antigas para as minhas notas, não deixei de me recordar de uma RG qualquer coisa, (RGA?, RGE?, AE?, RGSPASE – esta acho que eu inventei agora), que assisti uma vez no Técnico, em que todas as organizações políticas, que suportavam as organizações estudantis, estavam de acordo em marchar até à 5 de Outubro para protestar sobre a forma como os subsídios aos estudantes eram distribuídos pela Acção Social. Passamos mais de duas horas a discutir as palavras de ordem da manifestação. Às tantas, o conjunto de palavras de ordem aprovado tinha saído da proposta do MES. Acto contínuo, com o argumento de que as suas palavras de ordem eram estudadas cientificamente, o MRPP demarcou-se e não integrou a manifestação. Até me recuso a dizer quem estava a dirigir (manipular) a tal RG. Se quiserem adivinhem.
Descobri Aviz
Eu antes de escrever qualquer coisa, ou botar opinião, gosto muito de me documentar. No blog da minha afilhada, que é ruiva mas muito organizadinha, encontrei uma lista de links que ela classificou de ILUSTRES. Ora eu, que até nem sou das pessoas mais organizadas que eu conheço, comecei a ler a lista alfabeticamente e encontrei o link a um blog chamado Aviz. Vai daí, antes de o consultar fui-me tentar documentar um pouco. Abri o meu Google, fiz um tal de search por Aviz e consegui:
1. Aceder a um site de um tal AVIz – Atomist Simulation Vizualization software; Bom, pensei eu, este não deve ter nada a ver com o outro…e saí.
2. Encontrar uma Residencial – Aviz / Porto; Putz. Está tudo em inglês. Se calhar não acolhem turistas portugueses… e saí.
3. Ler umas coisitas sobre Aviz, vila portuguesa no distrito de Portalegre. Li em inglês mas não faz mal. Se eu quiser ler em português daqui a pouco pego na enciclopédia… e saí.
4. Saber que em inglês João é John. “Jonh who was master of the order of Aviz”. Ora aqui está como aprender um pouco da história de Portugal. Desde que se saiba inglês, é claro… e saí
5. Entreter-me com linhagens. Dynastie d’Aviz e Aviz Pedigree, foram outros dois sites que encontrei. Municiei-me de um dicionário Francês-Português e de outro Inglês-Português e lá estive eu agarrado à página. Chateado de tanto andar para trás e para à frente a caminho dos dicionários… saí.
6. Ficar baralhado. Encontrei dois sites (que deveriam ser sobre o tema da dinastia de Aviz, mas aqui é que a porca torceu o rabo), um era em russo - Авизская династия (Aviz) - династия королей Португалии (1385-1580) e o outro era em polaco: Aviz, Avis, dynastia portugalska założona przez Jana I Wielkiego, wielkiego mistrza zakonu Aviz, panująca w Portugalii 1385-1580. Za jej panowania Portugalia rozpoczęła wielką ekspansję oceaniczną i kolonialną. Vai daí … saí (Ah já me esquecia de vos contar – é que em polaco João é Jana)
7. Ficar a saber que existe um Archbishop em Brasília com o nome de João Braz de Aviz… e também saí.
Documentadinho que estava, resolvi entrar no blog chamado Aviz. Pois é meus caros, não sei quem é o Aviz, mas desconfio. Gosto do posted by f. Mas que agora vou passar a lê-lo com assiduidade, eu vou. O f que coloca os posts escreve bem de mais para se perder.
PS. Eu até nem sou de colocar pêésses, mas este é só para dizer que gosto muito da palavra Documentadinho.
Eu antes de escrever qualquer coisa, ou botar opinião, gosto muito de me documentar. No blog da minha afilhada, que é ruiva mas muito organizadinha, encontrei uma lista de links que ela classificou de ILUSTRES. Ora eu, que até nem sou das pessoas mais organizadas que eu conheço, comecei a ler a lista alfabeticamente e encontrei o link a um blog chamado Aviz. Vai daí, antes de o consultar fui-me tentar documentar um pouco. Abri o meu Google, fiz um tal de search por Aviz e consegui:
1. Aceder a um site de um tal AVIz – Atomist Simulation Vizualization software; Bom, pensei eu, este não deve ter nada a ver com o outro…e saí.
2. Encontrar uma Residencial – Aviz / Porto; Putz. Está tudo em inglês. Se calhar não acolhem turistas portugueses… e saí.
3. Ler umas coisitas sobre Aviz, vila portuguesa no distrito de Portalegre. Li em inglês mas não faz mal. Se eu quiser ler em português daqui a pouco pego na enciclopédia… e saí.
4. Saber que em inglês João é John. “Jonh who was master of the order of Aviz”. Ora aqui está como aprender um pouco da história de Portugal. Desde que se saiba inglês, é claro… e saí
5. Entreter-me com linhagens. Dynastie d’Aviz e Aviz Pedigree, foram outros dois sites que encontrei. Municiei-me de um dicionário Francês-Português e de outro Inglês-Português e lá estive eu agarrado à página. Chateado de tanto andar para trás e para à frente a caminho dos dicionários… saí.
6. Ficar baralhado. Encontrei dois sites (que deveriam ser sobre o tema da dinastia de Aviz, mas aqui é que a porca torceu o rabo), um era em russo - Авизская династия (Aviz) - династия королей Португалии (1385-1580) e o outro era em polaco: Aviz, Avis, dynastia portugalska założona przez Jana I Wielkiego, wielkiego mistrza zakonu Aviz, panująca w Portugalii 1385-1580. Za jej panowania Portugalia rozpoczęła wielką ekspansję oceaniczną i kolonialną. Vai daí … saí (Ah já me esquecia de vos contar – é que em polaco João é Jana)
7. Ficar a saber que existe um Archbishop em Brasília com o nome de João Braz de Aviz… e também saí.
Documentadinho que estava, resolvi entrar no blog chamado Aviz. Pois é meus caros, não sei quem é o Aviz, mas desconfio. Gosto do posted by f. Mas que agora vou passar a lê-lo com assiduidade, eu vou. O f que coloca os posts escreve bem de mais para se perder.
PS. Eu até nem sou de colocar pêésses, mas este é só para dizer que gosto muito da palavra Documentadinho.
O menino que queria ser primeiro ministro…
Cada um usa os blogs como quer. Isto é livre e eu não tenho nada a ver com isso. Uns contam histórias, outros desabafam, outros fazem crítica de sociedade ou criticam as críticas dos outros. Há quem se guerreie no confronto de opiniões. Tem esquerda e tem direita e outros que se dizem do centro. Pois… no meio é que está a virtude não é? Há quem use os blogs para escrever o seu querido diário. Eu confesso que não sou nada de escrever diários. Não vou muito à bola com os Camuses e com as Annes Franks. Bom, quero dizer, no estilo. Sobre o conteúdo não me prenuncio. Eu não sou nada de fazer críticas. Muito menos literárias.
Estava eu nestes pensamentos, enquanto rebuscava numa caixa de camisas (quando as Triple Marfel ainda eram vendidas em caixas, lembram-se?), que a minha mãe, numa das últimas arrumações que fez lá em casa, descobriu no fundo de um armário e continha coisas minhas bem antigas, rebuscava eu, dizia, todas as inutilidades que fui coleccionando quando de repente, encontro uma folha antiga de papel pautado, rasgado de um caderno. Afinal também eu tive a mania de escrever diários. Já nem me lembrava disso. Hoje em dia já não o faço porque não tenho paciência. E além de não ter paciência, não sei escrever. E mesmo que soubesse escrever, a minha vida é tão monótona que nunca tenho nada para contar.
Mas a tal folha é de certeza de um diário. Por acaso até está datada. Tão antiga que parece pré-datada. Vou reproduzi-la abaixo com a devida vénia aos intervenientes. Eu próprio e o meu amigo José Manuel.
Cada um usa os blogs como quer. Isto é livre e eu não tenho nada a ver com isso. Uns contam histórias, outros desabafam, outros fazem crítica de sociedade ou criticam as críticas dos outros. Há quem se guerreie no confronto de opiniões. Tem esquerda e tem direita e outros que se dizem do centro. Pois… no meio é que está a virtude não é? Há quem use os blogs para escrever o seu querido diário. Eu confesso que não sou nada de escrever diários. Não vou muito à bola com os Camuses e com as Annes Franks. Bom, quero dizer, no estilo. Sobre o conteúdo não me prenuncio. Eu não sou nada de fazer críticas. Muito menos literárias.
Estava eu nestes pensamentos, enquanto rebuscava numa caixa de camisas (quando as Triple Marfel ainda eram vendidas em caixas, lembram-se?), que a minha mãe, numa das últimas arrumações que fez lá em casa, descobriu no fundo de um armário e continha coisas minhas bem antigas, rebuscava eu, dizia, todas as inutilidades que fui coleccionando quando de repente, encontro uma folha antiga de papel pautado, rasgado de um caderno. Afinal também eu tive a mania de escrever diários. Já nem me lembrava disso. Hoje em dia já não o faço porque não tenho paciência. E além de não ter paciência, não sei escrever. E mesmo que soubesse escrever, a minha vida é tão monótona que nunca tenho nada para contar.
Mas a tal folha é de certeza de um diário. Por acaso até está datada. Tão antiga que parece pré-datada. Vou reproduzi-la abaixo com a devida vénia aos intervenientes. Eu próprio e o meu amigo José Manuel.
Olha aqui uma de moralista…
Vou aqui reproduzir uma história que me contaram. Não sou muito deste tipo de moralismos, mas de vez em quando lembro-me que também já fui yuppi (é assim que se escreve?). Chegava tarde e más horas a casa e levantava-me cedo bem cedo, para ir pró emprego. Só faltou mesmo, nos bocadinhos que via os meus filhos nos fins-de-semana, eles não terem perguntado à mãe: - Mãe este fulano que às vezes vem cá se deitar contigo à noite quando nós já estamos a dormir e que almoça aqui ao Domingo é que é o pai?
Se estou arrependido? Claro que estou! Não há nada mais bonito que o choro de uma criança e depois…, depois o sorriso da fralda limpa ou do biberão já vazio. E aquele passeio de mão dada desde a saída da escola até ao carro que ficou por dar? E o bolo dos teus 4 anos que eu não fui apagar, João? E as contas? Tiveram de as fazer sozinhos ou com ajuda da mãe não foi? (Aqui tenho de dizer que se fosse eu a ensinar não teriam essas notas a matemática…parabéns para ela) Bom, termino já porque senão daqui a pouco todos vão pensar que eu fui um bandido de pai (se é que não estão já a pensar não é?)
Um menino, aproxima-se timidamente do pai, que depois de regressar do trabalho se sentara a ver um jogo de futebol na TV:
- Pai, quanto é que ganhas por hora?
O pai, com ar severo, responde:
- Escuta aqui, rapazinho, isso nem a tua mãe sabe. Não me chateies, estou
cansado e quero ver a bola...mas a filha insiste:
-Mas pai, por favor, diz lá, quantas ganhas por hora?
Sem tirar os olhos da TV o pai respondeu:
- Ganho 30€ por hora...
- Então, pai, podes-me emprestar 20 € ?
O pai enfastiado e tratando o filho com alguma brutalidade, respondeu:
-Então era essa razão de quereres saber quanto eu ganho? Vai dormir
e não me chateies mais. Abusador!
Já era tarde na noite quando o pai começou a pensar no que tinha
acontecido e sentiu-se arrependido. Talvez, quem sabe, o filho
precisasse do dinheiro para comprar algo importante.
Querendo aliviar sua consciência pesada, foi até o quarto do filho e,
em voz baixa, perguntou: filho, já dormes?
-Não pai, respondeu sonolento o garoto.
-Olha, venho trazer-te os 20 € que me pediste.
- Muito obrigado, pai disse o filho levantando-se sorrindo e
retirando 10 € que tinha guardados por debaixo do travesseiro.
E olhando o pai com carinha de sono, entrega os 30 € ao pai e diz-lhe:
"Pai podes vender-me uma hora do teu tempo?"
Vou aqui reproduzir uma história que me contaram. Não sou muito deste tipo de moralismos, mas de vez em quando lembro-me que também já fui yuppi (é assim que se escreve?). Chegava tarde e más horas a casa e levantava-me cedo bem cedo, para ir pró emprego. Só faltou mesmo, nos bocadinhos que via os meus filhos nos fins-de-semana, eles não terem perguntado à mãe: - Mãe este fulano que às vezes vem cá se deitar contigo à noite quando nós já estamos a dormir e que almoça aqui ao Domingo é que é o pai?
Se estou arrependido? Claro que estou! Não há nada mais bonito que o choro de uma criança e depois…, depois o sorriso da fralda limpa ou do biberão já vazio. E aquele passeio de mão dada desde a saída da escola até ao carro que ficou por dar? E o bolo dos teus 4 anos que eu não fui apagar, João? E as contas? Tiveram de as fazer sozinhos ou com ajuda da mãe não foi? (Aqui tenho de dizer que se fosse eu a ensinar não teriam essas notas a matemática…parabéns para ela) Bom, termino já porque senão daqui a pouco todos vão pensar que eu fui um bandido de pai (se é que não estão já a pensar não é?)
Um menino, aproxima-se timidamente do pai, que depois de regressar do trabalho se sentara a ver um jogo de futebol na TV:
- Pai, quanto é que ganhas por hora?
O pai, com ar severo, responde:
- Escuta aqui, rapazinho, isso nem a tua mãe sabe. Não me chateies, estou
cansado e quero ver a bola...mas a filha insiste:
-Mas pai, por favor, diz lá, quantas ganhas por hora?
Sem tirar os olhos da TV o pai respondeu:
- Ganho 30€ por hora...
- Então, pai, podes-me emprestar 20 € ?
O pai enfastiado e tratando o filho com alguma brutalidade, respondeu:
-Então era essa razão de quereres saber quanto eu ganho? Vai dormir
e não me chateies mais. Abusador!
Já era tarde na noite quando o pai começou a pensar no que tinha
acontecido e sentiu-se arrependido. Talvez, quem sabe, o filho
precisasse do dinheiro para comprar algo importante.
Querendo aliviar sua consciência pesada, foi até o quarto do filho e,
em voz baixa, perguntou: filho, já dormes?
-Não pai, respondeu sonolento o garoto.
-Olha, venho trazer-te os 20 € que me pediste.
- Muito obrigado, pai disse o filho levantando-se sorrindo e
retirando 10 € que tinha guardados por debaixo do travesseiro.
E olhando o pai com carinha de sono, entrega os 30 € ao pai e diz-lhe:
"Pai podes vender-me uma hora do teu tempo?"
quinta-feira, fevereiro 12, 2004
Infidelidade conjugal
Como de costume dei uma voltinha pelas primeiras páginas dos principais jornais online da Europa e do Mundo. Eu até nem sou muito de criticar ou analisar notícias. O meu blog serve principalmente para eu me entreter a escrever coisas que me vêm à cabeça e que não passam disso mesmo... coisas. Mas hoje fiquei realmente estupefacto pelas coisas que certos jornais portugueses conseguem descobrir e fazer manchetes. Não é que não tendo encontrado em nenhum jornal da Europa e do Mundo... Nenhum?? Mentira! Eureka... encontrei. Está escarrapachadinho na primeira página do "nosso muito lido" diário digital. Não querem lá ver que o malandreco do John Kerry é infiel? Só mesmo o nosso muito lido diário para descobrir e propagar ao mundo uma coisa destas. Agora imaginem... O John Kerry não ganha as eleições americanas... e vocês ouvirão ou lerão o prestigiado director do referido diário: "Olha se eu não o denunciasse hein?" Ainda bem que ele não me conhece... Olha olha a minha vidinha íntima toda escarrapachadinha ali no muito lido....
PS. Gosto muito desta palavra: Escarrapachadinho.
Como de costume dei uma voltinha pelas primeiras páginas dos principais jornais online da Europa e do Mundo. Eu até nem sou muito de criticar ou analisar notícias. O meu blog serve principalmente para eu me entreter a escrever coisas que me vêm à cabeça e que não passam disso mesmo... coisas. Mas hoje fiquei realmente estupefacto pelas coisas que certos jornais portugueses conseguem descobrir e fazer manchetes. Não é que não tendo encontrado em nenhum jornal da Europa e do Mundo... Nenhum?? Mentira! Eureka... encontrei. Está escarrapachadinho na primeira página do "nosso muito lido" diário digital. Não querem lá ver que o malandreco do John Kerry é infiel? Só mesmo o nosso muito lido diário para descobrir e propagar ao mundo uma coisa destas. Agora imaginem... O John Kerry não ganha as eleições americanas... e vocês ouvirão ou lerão o prestigiado director do referido diário: "Olha se eu não o denunciasse hein?" Ainda bem que ele não me conhece... Olha olha a minha vidinha íntima toda escarrapachadinha ali no muito lido....
PS. Gosto muito desta palavra: Escarrapachadinho.
Ai que sofrimento.... BOLAS!!!
Não costumo falar de futebol por aqui. Não fiz nenhuma profissão de fé, no entanto, apesar do minha conhecida paixão (conhecida pelos meus amigos, é claro), pelo futebol, existem especialistas para o fazer, muito mais habilitados do que eu. Mas de vez em quando falarei um pouco do tema. Hoje, tive curiosidade de saber os resultados dos quartos fa Taça e dei uma espreita à Ultima Hora do www.abola.pt. E li o seguinte:
Sobre o Belenenses x Estoril : o Belenenses junta-se a Benfica, FC Porto e Sporting de Braga nas meias-finais da Taça de Portugal, depois de muito sofrimento perante a aguerrida formação «canarinha».
Sobre o Benfica X Nacional: Taça de Portugal: Benfica sofre mas carimba «passaporte»
Sobre o Braga x Naval : Taça: Sp. Braga garante apuramento com vitória suada ante Naval
Sobre o Porto X Rio Ave: FC Porto firme na Taça de Portugal
Perante isto verifica-se que só o Porto não sofreu, nem suou. E foi por isto que eu deixei de jogar futebol. Estava farto de suar e de sofrer e nunca consegui me afirmar. Mas digo-vos amigos, que não deixei de sofrer nem de suar. Imaginem-me no WC depois da operação às hemorroidas. Bolas!!! bem pior que um jogo de futebol!
Não costumo falar de futebol por aqui. Não fiz nenhuma profissão de fé, no entanto, apesar do minha conhecida paixão (conhecida pelos meus amigos, é claro), pelo futebol, existem especialistas para o fazer, muito mais habilitados do que eu. Mas de vez em quando falarei um pouco do tema. Hoje, tive curiosidade de saber os resultados dos quartos fa Taça e dei uma espreita à Ultima Hora do www.abola.pt. E li o seguinte:
Sobre o Belenenses x Estoril : o Belenenses junta-se a Benfica, FC Porto e Sporting de Braga nas meias-finais da Taça de Portugal, depois de muito sofrimento perante a aguerrida formação «canarinha».
Sobre o Benfica X Nacional: Taça de Portugal: Benfica sofre mas carimba «passaporte»
Sobre o Braga x Naval : Taça: Sp. Braga garante apuramento com vitória suada ante Naval
Sobre o Porto X Rio Ave: FC Porto firme na Taça de Portugal
Perante isto verifica-se que só o Porto não sofreu, nem suou. E foi por isto que eu deixei de jogar futebol. Estava farto de suar e de sofrer e nunca consegui me afirmar. Mas digo-vos amigos, que não deixei de sofrer nem de suar. Imaginem-me no WC depois da operação às hemorroidas. Bolas!!! bem pior que um jogo de futebol!
terça-feira, fevereiro 10, 2004
Será que são estúpidos ou precipitei-me?
As televisões, as rádios e os jornais ontem invadiram os lares, os ouvidos e as bancas, respectivamente, com mais um capítulo, da mídia-novela Casa Pia. Desta vez, e uma vez mais, em doses bem maiores que as já costumeiras notícias diárias (seriam 2 capítulos num só, assim como uma espécie de concorrência pelas audiências, sei lá...), a propósito da decisão do Sr. Juiz Rui Teixeira e do Sr. Advogado Ricardo Fernandes. Eu continuo a ver, escutar e a ler aquilo tudo e ninguém me tira da ideia (ideia fixa?) nem me ajuda a desmontar uma conclusão (precipitada?) que tenho / fiz quase desde o principio da história. Para mim, que me perdoem os ditos, temos os polícias de investigação criminal e os Juízes mais estúpidos do mundo. Vamos por partes.
a) Ningúem hoje duvida (posso afirmar ninguém, mesmo sem ter encomendado uma sondagem à UC ou à Marktest, ou, ou, ou...) de que algumas crianças, parece até que foram muitas mesmo, crianças da Casa Pia foram violadas, admoestadas ou assediadas sexualmente por adultos.
b) Parece, e ao que tudo indica é verdade, que esses adultos não são fantasmas, são pessoas de carne e osso e portanto, existem!
c) Estão presos neste âmbito uns 10 suspeitos, cujas prisões foram efectuadas após vários meses de investigação, testemunhos e outras provas que parece estarem ainda em segredo (por mim podem estar).
d) Com excepção de um tal Bibi, todos reclamam estar inocentes e além dos próprios todos os Advogados que os representam, acreditam e estão convictos que os seus clientes estão inocentes.
Sendo assim a minha conclusão, se calhar, não é precipitada. Somos mais de 10 milhões. Antes de se conhecer o primeiro suspeito, qualquer um destes dez milhões poderia ser suspeito... E a nossa polícia o que fez, caros amigos? E os nosso juízes o que estão fazer caros amigos? A investigar e a prender os talvez únicos 10 inocentes em todo este processo. Isso é que foi acertar na mouche hein? É preciso ser estúpido para ter tanta apontaria para errar!!!
As televisões, as rádios e os jornais ontem invadiram os lares, os ouvidos e as bancas, respectivamente, com mais um capítulo, da mídia-novela Casa Pia. Desta vez, e uma vez mais, em doses bem maiores que as já costumeiras notícias diárias (seriam 2 capítulos num só, assim como uma espécie de concorrência pelas audiências, sei lá...), a propósito da decisão do Sr. Juiz Rui Teixeira e do Sr. Advogado Ricardo Fernandes. Eu continuo a ver, escutar e a ler aquilo tudo e ninguém me tira da ideia (ideia fixa?) nem me ajuda a desmontar uma conclusão (precipitada?) que tenho / fiz quase desde o principio da história. Para mim, que me perdoem os ditos, temos os polícias de investigação criminal e os Juízes mais estúpidos do mundo. Vamos por partes.
a) Ningúem hoje duvida (posso afirmar ninguém, mesmo sem ter encomendado uma sondagem à UC ou à Marktest, ou, ou, ou...) de que algumas crianças, parece até que foram muitas mesmo, crianças da Casa Pia foram violadas, admoestadas ou assediadas sexualmente por adultos.
b) Parece, e ao que tudo indica é verdade, que esses adultos não são fantasmas, são pessoas de carne e osso e portanto, existem!
c) Estão presos neste âmbito uns 10 suspeitos, cujas prisões foram efectuadas após vários meses de investigação, testemunhos e outras provas que parece estarem ainda em segredo (por mim podem estar).
d) Com excepção de um tal Bibi, todos reclamam estar inocentes e além dos próprios todos os Advogados que os representam, acreditam e estão convictos que os seus clientes estão inocentes.
Sendo assim a minha conclusão, se calhar, não é precipitada. Somos mais de 10 milhões. Antes de se conhecer o primeiro suspeito, qualquer um destes dez milhões poderia ser suspeito... E a nossa polícia o que fez, caros amigos? E os nosso juízes o que estão fazer caros amigos? A investigar e a prender os talvez únicos 10 inocentes em todo este processo. Isso é que foi acertar na mouche hein? É preciso ser estúpido para ter tanta apontaria para errar!!!
Com cê ou sem cê
Sempre que alguém me pergunta o nome, para anotá-lo em um qualquer suporte, a pergunta é sacramental: "Com c ou sem c?".
Eu costumo escrever o meu nome sem cê. E costumo fazê-lo não porque embirre com o cê, mas apenas porque reparei que na minha certidão de nascimento o meu nome estava escrito sem cê. Ora a propósito da escrita do meu nome, dizia-me o Filpe Moura no Blog de Esquerda, que a escrita do meu nome com o cê era uma escrita datada (não sei se era piada ao predatado). Que desde há 50 anos se escreve sem cê. A crer nas palavras do Filipe Moura, que me parece ser um bom conhecedor da língua portuguesa (estou a falar da que se fala e se escreve em Portugal, já que por exemplo no Brasil, raramente tomei conhecimento de que o meu nome se escrevesse sem cê) alguém anda a ensinar pouco nas escolas " o Português". É que, não tenho nenhuma estatística que o comprove, tenho a certeza que a maioria das pessoas que me faz a tal pergunta sacramental tem menos de 50 anos. Já agora informo-vos que, a mim, também me ensinaram mal ou pelo menos não me corrigiram correctamente, passe a quase repetição, em tempo oportuno. É que eu não colocava acento no i, mas devo colocar. O meu nome é grave.
Sempre que alguém me pergunta o nome, para anotá-lo em um qualquer suporte, a pergunta é sacramental: "Com c ou sem c?".
Eu costumo escrever o meu nome sem cê. E costumo fazê-lo não porque embirre com o cê, mas apenas porque reparei que na minha certidão de nascimento o meu nome estava escrito sem cê. Ora a propósito da escrita do meu nome, dizia-me o Filpe Moura no Blog de Esquerda, que a escrita do meu nome com o cê era uma escrita datada (não sei se era piada ao predatado). Que desde há 50 anos se escreve sem cê. A crer nas palavras do Filipe Moura, que me parece ser um bom conhecedor da língua portuguesa (estou a falar da que se fala e se escreve em Portugal, já que por exemplo no Brasil, raramente tomei conhecimento de que o meu nome se escrevesse sem cê) alguém anda a ensinar pouco nas escolas " o Português". É que, não tenho nenhuma estatística que o comprove, tenho a certeza que a maioria das pessoas que me faz a tal pergunta sacramental tem menos de 50 anos. Já agora informo-vos que, a mim, também me ensinaram mal ou pelo menos não me corrigiram correctamente, passe a quase repetição, em tempo oportuno. É que eu não colocava acento no i, mas devo colocar. O meu nome é grave.
sábado, fevereiro 07, 2004
O dia da falta de inspiração
Hoje levantei-me à uma da tarde,
Porque hoje é Sábado.
A minha mulher, que não leu os livros da Anita
Foi-me levar a bica à cama,
Porque hoje é Sábado.
Não fiz a barba, não coloquei gravata, não vesti o meu fato de fazenda,
Não calcei sapato preto, não corri para Metro,
Porque hoje é Sábado.
O meu carro vai manter o lugar disputado do parque de estacionamento,
Mesmo junto à minha porta… não o tirarei de lá,
Porque hoje é Sábado.
Irei fazer o totoloto até às 20,
Porque hoje é Sábado.
Ainda vou poder dormir um soninho
(Antes de ir fazer o totoloto)
Porque tenho tempo e,
Porque hoje é Sábado.
Hoje só fumarei metade dos cigarros
Que costumo fumar,
Porque hoje é Sábado.
Mas beberei o dobro da cerveja, talvez o triplo
Do que costumo beber,
Porque hoje é Sábado.
Lerei o Expresso,
Porque hoje é Sábado.
Colocarei Bach ou Chopin no leitor
Sentar-me-ei no sofá
E abrirei um livro,
- Talvez Vinicius, preciso de reler o Dia da Criação -
Porque hoje é Sábado.
Ligarei mais logo a televisão
E assistirei a um jogo de futebol,
Porque hoje é Sábado.
Hoje não irei escrever no meu blog,
Porque hoje é Sábado.
Quando a noite for alta e os miúdos forem dormir,
Ir-nos-emos deitar os dois.
E iremos fazer amor,
Tranquilos,
Sem pensar que é tarde.
Hoje não há horários,
Porque hoje é Sábado.
Hoje levantei-me à uma da tarde,
Porque hoje é Sábado.
A minha mulher, que não leu os livros da Anita
Foi-me levar a bica à cama,
Porque hoje é Sábado.
Não fiz a barba, não coloquei gravata, não vesti o meu fato de fazenda,
Não calcei sapato preto, não corri para Metro,
Porque hoje é Sábado.
O meu carro vai manter o lugar disputado do parque de estacionamento,
Mesmo junto à minha porta… não o tirarei de lá,
Porque hoje é Sábado.
Irei fazer o totoloto até às 20,
Porque hoje é Sábado.
Ainda vou poder dormir um soninho
(Antes de ir fazer o totoloto)
Porque tenho tempo e,
Porque hoje é Sábado.
Hoje só fumarei metade dos cigarros
Que costumo fumar,
Porque hoje é Sábado.
Mas beberei o dobro da cerveja, talvez o triplo
Do que costumo beber,
Porque hoje é Sábado.
Lerei o Expresso,
Porque hoje é Sábado.
Colocarei Bach ou Chopin no leitor
Sentar-me-ei no sofá
E abrirei um livro,
- Talvez Vinicius, preciso de reler o Dia da Criação -
Porque hoje é Sábado.
Ligarei mais logo a televisão
E assistirei a um jogo de futebol,
Porque hoje é Sábado.
Hoje não irei escrever no meu blog,
Porque hoje é Sábado.
Quando a noite for alta e os miúdos forem dormir,
Ir-nos-emos deitar os dois.
E iremos fazer amor,
Tranquilos,
Sem pensar que é tarde.
Hoje não há horários,
Porque hoje é Sábado.
quinta-feira, fevereiro 05, 2004
Histórias de Cordel
Quando eu era garoto, passavam (e paravam também) cantadores e cantadeiras vendendo e cantando histórias, normalmente dramas do quotidiano, escrito em verso, daqueles "de ir às lágrimas". Vinham publicados num papel tipo jornal, isolados ou em conjuntos desdobráveis, dependendo se se queria (podia) gastar 2 ou 5 tostões. Aos poucos esta tradição foi-se perdendo em Portugal. Raramente os encontro - o último que conheci, o Ti Pica que era poeta popular e ferro-velho, morreu há anos. Entretanto, passou na TSF há dias, penso que da autoria do sr. Bispo de Leiria/Fátima(segundo informação que recolhi em bde.weblog.com.pt ) uns versos sob o pretexto da morte de Miklos Feher, que embora não seguindo a tipologia das histórias de cordel, quer na forma quer na métrica, o seu conteúdo me fez recordar esse tipo de escrita.
A minha amiga Elinês que está a fazer um doutoramento na PUC de S. Paulo, na área da Semiótica, a propósito de Ariano Suassuna, mostrou-me algumas obras de cordel, sendo que este tipo de escrita é um dos "ramos" (chamar-se-á assim?) da literatura brasileira, muito tipicamente Nordestina e que hoje em dia continua a ter divulgação, estudos académicos à sua volta e na qual importantes autores brasileiros fizeram algumas incursões.
Sem qualquer veleidade nem pretenciosismo também eu fiz a minha incursãozinha neste tipo de escrita. E saiu-me isto. Lá vai verso (com um título originalissimo):
O escândalo Casa Pia
A história que contarei
O final desconheço
Mas d'alguns passos que dei
Só tive o que eu mereço
mesmo pagando alto preço
Quase nada encontrei.
Prenderam-se mais de dez
Muitas vozes se levantaram
Jurando em juntos pés
Os Juízes criticaram,
O Carlos inocentaram,
De Portugal lés-a-lés.
Almoços e jantaradas
Entrevistas na TV.
Mas as crianças coitadas
(as vítimas, já se vê)
Poucos nelas têm fé
Querem-nas amordaçadas.
Tem coluna em jornal
Dá opinião a mulher
E fora do Tribunal
Bate no peito o chofer,
Que defendê-lo este quer
Mas logo se saiu mal.
Emocionados discursos
Na festa de aniversário
Gentes de altos recursos
Desfiando seu rosário
Não será tudo ao contrário?
Ou seremos todos ursos?
Tem apoio e muito afecto
Das gentes da televisão
E tem do (isto é secreto)
Papagaio, gato e cão.
Falta palhaço e anão,
Pr'ó circo estar completo.
Das crianças nem a voz
Podemos ouvir direito,
E digo cá entre nós
Se há coisa que não aceito
É não haver ninguém com jeito
Pr'a desatar estes nós.
Apesar de tanta luta
Ele inda'stá na gaiola,
Come bife, come fruta
Tem direito a ver a bola,
E vai tirar da cartola
A prova que o indulta.
Vamos ver como é que acaba
A coisa da pedofilia
Se é o Carlos quem paga
Ou se é a Casa Pia.
É coisa que me arrepia
Se a memória se apaga.
Quando eu era garoto, passavam (e paravam também) cantadores e cantadeiras vendendo e cantando histórias, normalmente dramas do quotidiano, escrito em verso, daqueles "de ir às lágrimas". Vinham publicados num papel tipo jornal, isolados ou em conjuntos desdobráveis, dependendo se se queria (podia) gastar 2 ou 5 tostões. Aos poucos esta tradição foi-se perdendo em Portugal. Raramente os encontro - o último que conheci, o Ti Pica que era poeta popular e ferro-velho, morreu há anos. Entretanto, passou na TSF há dias, penso que da autoria do sr. Bispo de Leiria/Fátima(segundo informação que recolhi em bde.weblog.com.pt ) uns versos sob o pretexto da morte de Miklos Feher, que embora não seguindo a tipologia das histórias de cordel, quer na forma quer na métrica, o seu conteúdo me fez recordar esse tipo de escrita.
A minha amiga Elinês que está a fazer um doutoramento na PUC de S. Paulo, na área da Semiótica, a propósito de Ariano Suassuna, mostrou-me algumas obras de cordel, sendo que este tipo de escrita é um dos "ramos" (chamar-se-á assim?) da literatura brasileira, muito tipicamente Nordestina e que hoje em dia continua a ter divulgação, estudos académicos à sua volta e na qual importantes autores brasileiros fizeram algumas incursões.
Sem qualquer veleidade nem pretenciosismo também eu fiz a minha incursãozinha neste tipo de escrita. E saiu-me isto. Lá vai verso (com um título originalissimo):
O escândalo Casa Pia
A história que contarei
O final desconheço
Mas d'alguns passos que dei
Só tive o que eu mereço
mesmo pagando alto preço
Quase nada encontrei.
Prenderam-se mais de dez
Muitas vozes se levantaram
Jurando em juntos pés
Os Juízes criticaram,
O Carlos inocentaram,
De Portugal lés-a-lés.
Almoços e jantaradas
Entrevistas na TV.
Mas as crianças coitadas
(as vítimas, já se vê)
Poucos nelas têm fé
Querem-nas amordaçadas.
Tem coluna em jornal
Dá opinião a mulher
E fora do Tribunal
Bate no peito o chofer,
Que defendê-lo este quer
Mas logo se saiu mal.
Emocionados discursos
Na festa de aniversário
Gentes de altos recursos
Desfiando seu rosário
Não será tudo ao contrário?
Ou seremos todos ursos?
Tem apoio e muito afecto
Das gentes da televisão
E tem do (isto é secreto)
Papagaio, gato e cão.
Falta palhaço e anão,
Pr'ó circo estar completo.
Das crianças nem a voz
Podemos ouvir direito,
E digo cá entre nós
Se há coisa que não aceito
É não haver ninguém com jeito
Pr'a desatar estes nós.
Apesar de tanta luta
Ele inda'stá na gaiola,
Come bife, come fruta
Tem direito a ver a bola,
E vai tirar da cartola
A prova que o indulta.
Vamos ver como é que acaba
A coisa da pedofilia
Se é o Carlos quem paga
Ou se é a Casa Pia.
É coisa que me arrepia
Se a memória se apaga.
Contos I
A disceptação teve o seu epílogo. Estava decidido. Como bom dendrófobo dirigir-me-ía para o deserto. Ele caminharia para os antípodas. Sentia-me fatigado de ser sempre apoucado nas minhas decisões. Assumiria de uma vez por todas o meu eremitismo. O badano, já cambado, haveria de suportar as duas ou três horas que me faltavam para chegar ao destino. Quando as adelfas e as carvalhinhas começaram a rarear nas margens do caminho, o dia abaçanava. A alimária alentecia e nem os golpes de butuca a fariam mover. Paramos. Coligi os escassos haveres, cobri-me com um bedém, com o qual me tinha abispado antes da partida, sentei-me ao velho jeito índio, pernas cruzadas uma sobre a outra e adormeci. A minha mente extenuada achapuçava-se de sonhos. Abentesmas albípedes cujas restantes partes corporais se não viam, bandarreavam no meu espírito deixando-me azabumbado. Como seria possível em lugar tão ermo me sentir cercado. Acordei abruptamente. Autócnes de aspecto boçal faziam a festa. Nunca na vida tinham deparado com tão alva tez. Com as mãos enrugadas esbarbavam-me o capote como que se inteirando da minha condição de real.
Bom depois eu conto o resto… Ainda vou na letra E e, o dicionário da língua portuguesa é enorme. As coisas que eu tenho aprendido nas horas vagam. Putz.
A disceptação teve o seu epílogo. Estava decidido. Como bom dendrófobo dirigir-me-ía para o deserto. Ele caminharia para os antípodas. Sentia-me fatigado de ser sempre apoucado nas minhas decisões. Assumiria de uma vez por todas o meu eremitismo. O badano, já cambado, haveria de suportar as duas ou três horas que me faltavam para chegar ao destino. Quando as adelfas e as carvalhinhas começaram a rarear nas margens do caminho, o dia abaçanava. A alimária alentecia e nem os golpes de butuca a fariam mover. Paramos. Coligi os escassos haveres, cobri-me com um bedém, com o qual me tinha abispado antes da partida, sentei-me ao velho jeito índio, pernas cruzadas uma sobre a outra e adormeci. A minha mente extenuada achapuçava-se de sonhos. Abentesmas albípedes cujas restantes partes corporais se não viam, bandarreavam no meu espírito deixando-me azabumbado. Como seria possível em lugar tão ermo me sentir cercado. Acordei abruptamente. Autócnes de aspecto boçal faziam a festa. Nunca na vida tinham deparado com tão alva tez. Com as mãos enrugadas esbarbavam-me o capote como que se inteirando da minha condição de real.
Bom depois eu conto o resto… Ainda vou na letra E e, o dicionário da língua portuguesa é enorme. As coisas que eu tenho aprendido nas horas vagam. Putz.
quarta-feira, fevereiro 04, 2004
Casa Pia
Logo à noite o sr. Dr. Juiz dirá se o sr. apresentador sai ou não sai. Não sei se o sr. apresentador está inocente ou se é culpado. A única coisa que sei é que aos poucos eles vão saindo. Estou à espera do dia em que os garotos e garotas da Casa Pia sejam todos presos e julgados por andarem a "fazer aquelas coisas". Já faltou mais...
Logo à noite o sr. Dr. Juiz dirá se o sr. apresentador sai ou não sai. Não sei se o sr. apresentador está inocente ou se é culpado. A única coisa que sei é que aos poucos eles vão saindo. Estou à espera do dia em que os garotos e garotas da Casa Pia sejam todos presos e julgados por andarem a "fazer aquelas coisas". Já faltou mais...
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