643. Anjo da Guarda
Olho para o tecto, parece branco
Alguns vultos de sombra
Desenham estranhas nuvens.
Amedrontam-me, viro-me para o lado
Onde em paredes brancas
Vultos
Desenham estranhas nuvens.
Tapo os olhos, que nada vêem, com as palmas das mãos
Que me parecem brancas,
Vultos que são sombrias nuvens.
No outro lado estás tu.
Vulto,
Toco-te e adormeço.
Alves Fernandes in Complexos
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