847. Macaquinho de imitação (II)
Vou contar uma pequena história. Um dia, num encontro de bloggers uma pessoa perguntou-me qual o estilo de blogs que eu gostava mais. Eu não gosto de um estilo, gosto de muitos estilos e tive dificuldade em responder. Mas lá fui adiantando que o meu blog preferido era de uma gaja ou de um gajo que assinava como Encandescente e que tinha o melhor blog de poesia original. Algum tempo depois soube que a pessoa a quem eu tinha dado esta resposta era a própria Encandescente. Com certeza a minha imitação vai deixar muito a desejar.
No banco de trás
Abres o vidro, descobres um sapato
No outro, a melena se desgrenha ao vento
E sem soltares um ai, nem um lamento
Descobres o que antes era recato.
Pl’o para-brisas já espreita a Lua
Rasgo-te a blusa num só gesto
Esperando da tua boca um protesto
Mas fechada estava e continua.
Cai a cuequinha e do Vénus monte
Apenas a penumbra e o tacto
Percorrendo o corpo à descoberta
E já com suor molhando a fonte
Estridente alarme impede o desiderato
Porra, que deixei a porta aberta!
Foto: algures na net
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