segunda-feira, fevereiro 23, 2009

1375. Quer frô?


Eu sei que as minhas leitoras e os meus leitores estavam à espera do meu post de hoje para me encherem a caixa de comentários com a sacramental pergunta, Então Pré quando é que te vamos ver a ti a receber o Óscar de Melhor Argumento Original?, portanto podem fazer a pergunta à vontade depois de lerem o que tenho para vos dizer. Não é, contudo, coisa com a qual a não tenha já sonhado amiúde e podem crer que até já tenho algumas linhas do discurso ensaiadas. Claro que os good evenings everybody não poderão faltar mas o que eu preparei vai para além disso, tem até um first of all i want to thanks my family e claro como não poderá deixar de ser também um agradecimento especial às melhores leitoras e aos melhores leitores do mundo que são as leitoras e os leitores do blog PreDatado. Podem ter a certezinha absoluta que não me esquecerei de nenhum de vós e direi, alto e bom som, o vosso nome um a um. Mas já estive mais longe do que estou da tal estatuetazinha, até porque já escrevi um argumento, se bem que tenha sido um argumento adaptado e portanto também poderia dar óscar, adaptação essa de um best-seller chamado A Minha Vizinha do Sétimo Esquerdo é uma Rosa Púrpura que, infelizmente e talvez por maldade, foi cair nas mãos de um qualquer produtor depravado que não conseguiu mais do que fazer um filme, classificado com três letrinhas X e ao qual lhe deu o nome bem português de Pernas abertas em V, onde aparecia um moçoila por acaso, não desfazendo, bem jeitosa em posições e actos obscenos. Se calhar foi por isso que eu não ganhei o Óscar. Também já escrevi um outro argumento (mais ou menos original, mais ou menos adaptado) para um filme infantil, que até era para sair em desenhos animados mas depois não foi feito assim, chamado Cinderela Foi Raptada Por Um Grande Bruto, mas que depois quando transformado em película foi distribuído com o título Cinderela e o Príncipe do Grão de Ervilha. Agora ando a escrever um outro, no qual eu deposito todas as minhas esperanças para ganhar o tal óscar, macacos me mordam se não vou ganhar, ou adaptando o dito popular a uma coisa mais em voga, eu seja um slumdog se não vou ganhar o Óscar. Esse sim, vai ser ao estilo bollywood, já que ninguém nunca se lembrou de atribuir um Óscar sequer a uma produção dessas, o que aumenta a minha chance. É o romance de uma esbelta indiana de alta casta, que vestia sari amarelo em seda pura de cashemira com um vendedor paquistanês de rosas em restaurantes. Mas não adianto nem mais uma linha porque não vim aqui para falar de filmes nem de óscares que é coisa que hoje, blog que não esteja de férias de carnaval, não deixou de escrever. Eu vim aqui falar do Carnaval, isso sim uma originalidade, pois aposto que ainda ninguém falou por estes dias.

Um certo Carnaval mascarei-me de indiana. Vestia um lindo sari amarelo de seda pura de cashemira quando por mero acaso, sentado(a) numa esplanada a tomar um descafeinado, se aproximou de mim uma linda e morena alentejana fantasiada de paquistanês com bigode e tudo, que me perguntou, Quer frô?

Foto PreDatado, 2008

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