Sombras e rumores
Que importa que hajam nuvens no céu
E a que a lua não tenha o brilho de ontem?
E também que importa que as estrelas não cintilem
Ofuscadas pelo véu cinza de cúmulos e de cirros?
Que interessa que o mar se despenteie contras as rochas
E os barcos se silenciem no ranger das amarras?
Que importa se o vento uiva nas frinchas das portas
E nos invadem as palmas de um par de janelas batendo?
Que importa se há névoa no rio
E a buzina do cacilheiro muge à travessia?
Que importa se ladram cães ao longe
E ouves junto à porta passos apressados?
Que importa se a chaleira apita de vapor fervente
Ou se se escuta a água do banho no andar de cima?
Que importa a ausência de luz na rua
E os sons dos fantasmas que nos cercam,
Quando nos perdemos em copulares gemidos?
Nada, meu amor, nada importa
Quando possuímos a noite.
Versos de PreDatado©, 2009
Foto de Ognid na Catedral
Que importa que hajam nuvens no céu
E a que a lua não tenha o brilho de ontem?
E também que importa que as estrelas não cintilem
Ofuscadas pelo véu cinza de cúmulos e de cirros?
Que interessa que o mar se despenteie contras as rochas
E os barcos se silenciem no ranger das amarras?
Que importa se o vento uiva nas frinchas das portas
E nos invadem as palmas de um par de janelas batendo?
Que importa se há névoa no rio
E a buzina do cacilheiro muge à travessia?
Que importa se ladram cães ao longe
E ouves junto à porta passos apressados?
Que importa se a chaleira apita de vapor fervente
Ou se se escuta a água do banho no andar de cima?
Que importa a ausência de luz na rua
E os sons dos fantasmas que nos cercam,
Quando nos perdemos em copulares gemidos?
Nada, meu amor, nada importa
Quando possuímos a noite.
Versos de PreDatado©, 2009
Foto de Ognid na Catedral
Sem comentários:
Enviar um comentário