Saramago
Confissão 1: Ainda não comprei nem li o último livro de José Saramago.
Duvida 1: Depois do que li e ouvi, já quase o conheço. Não sei se valerá a pena comprar.
Constatação 1: O livro é uma merda, as ideias são uma merda, o homem é uma merda.
Constatação 2: Há duas semanas que os jornais, as rádios, as televisões entrevistam o Saramago, fazem debates, emitem opiniões, reflectem, criticam.
Duvida 2: Se é uma merda assim, porque perder tanto tempo com ele?
Dúvida 3: Porque é que perdem tanto tempo assim com ele e não com o “emplastro”?
Confissão 2: Eu gosto de ler Saramago, “prontes”!
Confissão 3 e última: Eu não voto em branco.
PS. Como vós sabeis amigas leitoras e amigos leitores eu não sou nada de me referir a escritores e muito menos de me meter em política. Mas não resisti em ironizar um pouco toda esta polémica à volta de um romance. As opiniões valem o que valem, agora a hipocrisia de se andar a bater numa pessoa só porque ela tem ideias diferentes daqueles que dominam os media em Portugal e ainda por cima desvalorizando a pessoa, o escritor e as ideias, é que me parece de um mau gosto execrável. Eu quando não gosto não como e principalmente se não gosto do restaurante não vou lá. Eu também não vejo a TVI e não venho para aqui falar mal dela. Não vejo e pronto. Se fosse um escritor de direita a escrever as “aleivosidades” que são atribuídas ao Saramago, será que esta polémica teria a mesma repercussão? Ao que isto chegou. E digo ainda mais, não vi uma única crítica literária sobre o livro. E digo também ainda mais. Ainda esta semana na quebradura do círculo da SIC Notícias, vi, dos tristes comentadores desse programa, dois deles a cagarem (literalmente) postas de pescada sobre o livro e a confessarem que não o tinham lido. Ao que isto chegou.
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