435.O PreDatado feito pelo que rouba nos outros blogs
No Abrupto li e transcrevo com a devida vénia. A negrito e entre parêntesis os meus comentários à análise de José Pacheco Pereira. Ele não tem sistema de comentários, achei que esta é também uma forma de participar.
NOTAS EUROPEIAS v. 2.0
Sem ordem, nem sistema, nem pretensão de cobrir todos os aspectos das eleições. Serão acrescentadas à medida que forem escritas, pelo que o texto será continuamente alterado.
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A linha melhor para interpretar as eleições é a linha do bom senso. Aqui o bom senso é considerar que tudo o que parece, é. Não é preciso nenhuma sofisticação especial: o PS, o BE e o PCP ganharam, por esta ordem. (Concordo) O PSD e o PP perderam, por esta ordem. (Discordo na ordem. Perderam e pronto!)
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Os partidos que ganharam sobreviveram melhor à abstenção, o PS porque os seus eleitores queriam penalizar o governo (Concordo), o PCP e o BE porque dispõem de um voto militante (discordo, a meu ver os simpatizantes do PC e de BE também quiseram penalizar esta política governamental). O voto militante no PCP é defensivo, no BE é ofensivo. Um tem sucesso porque está a crescer, o outro porque resiste a diminuir. (respectivamente a frase deveria estar invertida; ainda assim discordo da visão defensiva/ofensiva e se tiver tempo, mais tarde, detalharei).
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Na maioria dos países europeus, os partidos coligados no governo concorrem separados nas eleições europeias, sem que isso ponha em causa os entendimentos governamentais. É um sinal de fraqueza e não de força que se tenha entendido projectar a coligação governamental, – unida por uma lógica de poder executivo –, para as eleições europeias (parabéns pela sua vitória José Pacheco Pereira. Você já defendia esta tese antes das eleições e agora pode dizer: eu não vos avisei?)
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O PSD elegeu sete deputados, o PP dois. O PSD tinha nove deputados, o PP dois. O grande perdedor da coligação é o PSD. Esta contabilidade política real funciona como um ácido no PSD. (não funciona nada; as contas já estavam feitas e você sabia disso; o meu comentário anterior refere-o; ácido é o que tem havido desde o primeiro dia da coligação; faço ideia os Alka Seltzers que alguns militantes do seu partido têm tomado para aguentar o Portas, o Bagão, a Cardona, etc.; pergunte ao Menezes ou a si próprio; mas o apego à cadeira é mais forte que a azia)
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A coligação ajudou a enfraquecer o Partido Popular Europeu, partido em que os deputados do PSD se integram. Sendo agora menos no PPE (sete em vez de nove) dificilmente conseguirão quer através do método de Hondt, quer de negociações, obter cargos relevantes para os portugueses, mesmo apesar da maioria PPE do próximo Parlamento Europeu (PE) . Pelo contrário, os dois deputados do PP que se integram noutro grupo político europeu ( o PP foi expulso do PPE) , a União para a Europa das Nações, mantêm a mesma força política, mas, como seu grupo conta menos no PE, isso é irrelevante. No seu conjunto, a representação nacional onde mais conta, no PPE, está mais fraca. (Não tenho nada a ver com o PPE, mas quando o Sousa Franco se levantou em campanha contra o carácter anti-europeísta do PP de Portas – e antes de Monteiro – você esteve calado; solidariedade militante?)
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(…) (O corte deste parágrafo é da minha iniciativa por não o achar relevante para os meus comentários.)
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Em Portugal, como aliás em quase toda a Europa, com a excepção ambígua do Reino Unido, a questão da guerra do Iraque não parece ter sido directamente relevante para os resultados eleitorais. Em Portugal, certamente não foi. Não é possível qualquer teoria explicativa consistente para explicar pelo Iraque os votos espanhois, franceses, alemães ou polacos. (Penalizar a política governamental, como referiu acima sobre o PS e eu acrescentei sobre o PCP e o BE, é penalizar a política governamental no seu todo, do qual a posição sobre o Iraque não se pode dissociar. Há clara contradição em relação a isso e o Pacheco Pereira, não perguntou um a um, que parte da política o eleitor iria penalizar com o seu voto).
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