sexta-feira, junho 25, 2004

464. Anedota


Eu cá sou um grande cusco. Ando sempre por aí a ler o que escreve um e outro. Hoje estava a ler a Rititi (um blog que costumo ler amiúde) e, da engraçadíssima postagem que ela fez ontem, apeteceu-me roubar-lhe este excerto:

“(…) Porque mulher que se vira na rua à luz do dia e de boca aberta e esbugalhados os olhos à passagem de um padre, um prior, um servo do sinhor, não merece inferior castigo divino. Mas não consegui evitar e quase que engulo o parquímetro à minha frente, tal o espanto erótico que me causou aquele homem de túnica preta até aos pés, passeando pelo Bairro de Salamanca cheio de charme e confiança, decidido nos seus passos como só os temerosos do Pai Celestial podem caminhar (…)”

E perguntam vocês minhas queridas amigas leitoras e meus queridos amigos leitores: ‘Se tu não és nada, nadinha mesmo de roubar extractos dos outros blogs porque foste tu roubar esse pedacinho à Rititi?’

Pois então eu respondo-vos. É que hoje apeteceu-me contar-vos uma anedota.

Anedota (dois pontos, linha seguinte)

Um bêbado muito bêbado, mas mesmo a cair de bêbado acerca-se de uma pessoa, no meio de um aglomerado de gente, vestida de preto até aos pés e pergunta-lhe:

-Minha senhora hic. Dá-me o prazer hic desta dança?

-Não lhe dou, não senhor, por quatro boas razões:

A primeira é que o senhor está podre de bêbado.
A segunda é porque isto não é um salão de baile, mas sim um velório.
A terceira é porque não se dança o Padre-Nosso, mesmo que cantado.
A quarta vá chamar ‘minha senhora’ à sua mãezinha (eu aqui deveria ter usado um palavrão, mas vós sabeis que eu não sou desses), porque eu não sou uma senhora, sou o padre.

Ai o que eu ri a escrever isto. Ainda não parei de rir. Até as lágrimas me molharam as calças. Ai, ai, ai (suspiros profundos). Se eu morrer a rir, vou pedir uma indemnização à Rititi, ai vou, vou.

Sem comentários: