Eu só vou tentar explicar para ver se se entende. Se vocês não entenderem, sendo vocês inteligentes, com toda a certeza do mundo a EDP também não o vai conseguir pois com esse predicado eu não os consigo catalogar.
Eu possuo 2 apartamentos no mesmo prédio. Por acaso no mesmo prédio e ainda por mais acaso, contíguos. Até poderiam não ser. Tenho por isso (já desenvolverei este ponto) dois contratos com o meu fornecedor de energia eléctrica, EDP. Ambos os contratos em meu nome, com o mesmo Bilhete de Identidade e com o mesmo Número de Contribuinte. Quantos clientes sou eu, quantos? Dois! Começam a perceber porque é que eu não os consigo classificar de inteligentes?
Em qualquer dos contratos optei pelo débito fixo mensal com acerto uma vez por ano. Ou seja a EDP apenas emite, para cada contrato UMA factura anual. Pois a EDP propõe-me agora a adesão à factura electrónica. Até aqui tudo bem. Eu sou muito ecológico e aderi. Comigo a EDP vai poupar 2 folhas de papel A4 por ano, pois a factura que me mandava para cada um dos contratos, anualmente, deixará de vir. Entretanto, para que eu aceda à(s) minha(s) conta(s) a EDP gera um código de acesso e uma password provisória, que comunica, por escrito e não para o e-mail fornecido. E como para a EDP eu, que tenho dois contratos, embora com o mesmo BI e com o mesmo NC, sou dois então atribuem-me dois códigos de acesso e duas palavras-chave. Logo enviam-me DUAS cartas a informar desses códigos e, assim, eu terei de duplicar os procedimentos na internet para aceder à minha conta. Mentira, às minhas contas porque à EDP nem lhes passa pela cabeça o conceito de cliente. Para eles há o contrato, o cliente é um ser menor que só serve para pagar. Mas, os sistemas informáticos, que por acaso são geridos pelas pessoas da EDP, às quais eu não consigo atribuir o adjectivo já referido, teriam forçosamente também de funcionar mal. Está-se mesmo a ver! E não é que me enviaram as cartas em duplicado? Pois foi. Na verdade já gastaram, se tivessem cabecinha para pensar, o papel correspondente a quatro anos de facturas.
Finalmente, quando acima falei que voltaria a um tal ponto, é o seguinte. Porque é que é, no mesmo edifício, um cliente (se existisse para a EDP, não é?) tem de ter dois contratos só porque tem duas fracções? Seria bem fácil fazer a distribuição a partir de um só contador. Porque por um lado a EDP não sabe o que é um cliente e por outro, sabe muito bem receber em duplicado a taxa de potencia contratada e a taxa de exploração DGDE. Já para não falar que os gajos do Simplex, ou lá como é que se chamam os tipos que nos governam, se abotoam duas vezes com a contribuição do áudio-visual e com o IVA. É tudo a gamar e mainada!
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