Poema da lembrança
Lembram-me as calmas águas do Guadiana e então frias
Te acalmavam a rubra cor em áurea tez.
Lembram-me as calmas águas do Guadiana e então frias
Te acalmavam a rubra cor em áurea tez.
Lembram-me as cobras de água que o medo
Pretexto não era que para fugirmos de olhares mil.
Pretexto não era que para fugirmos de olhares mil.
Lembram-me as longas viagens ao poço e lembrança tenho
Das pequenas enfusas que nunca mais o tempo enchia.
Das pequenas enfusas que nunca mais o tempo enchia.
Arquivo na memória estrelas cúmplices e luares
Silenciosos, que só no Monte resplandecem e que
Nos prateavam desejos.
Silenciosos, que só no Monte resplandecem e que
Nos prateavam desejos.
Guardo a recordação dos dias abrasadores e nós
Em fresco quarto onde diáfana cortina transformava as silhuetas.
Em fresco quarto onde diáfana cortina transformava as silhuetas.
Dissimulação de sono.
E de carinho fazíamos os dias.
E eu, dono e senhor daquela paisagem de ébano
Que a púbis povoava na tua pele dourada.
PreDatado©2009
Foto: Michał Tokarczuk via Imagens
E de carinho fazíamos os dias.
E eu, dono e senhor daquela paisagem de ébano
Que a púbis povoava na tua pele dourada.
PreDatado©2009
Foto: Michał Tokarczuk via Imagens
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