terça-feira, agosto 10, 2004

533. (XI) Mesmo em férias…

… há momentos em ficamos parados sem fazer nada; nestes momentos de puro “nadismo” o nosso pensamento parece fluir a uma velocidade hiper-sónica. Um micronésimo de segundo após o instante anterior já não nos lembramos o que estávamos a pensar no referido instante. Hoje dei comigo a pensar no que gosto e no que não gosto e de repente lembrei-me, sem saber como, que o primeiro pensamento foi café. Depois, em catadupa, isto e mais aquilo; seria despropositado e maçador listar estas pessoais preferências; até porque algumas são de carácter tão íntimo que só a mim, efectivamente, dizem respeito. E nesta senda de check-list mental associei de imediato ao café, o cigarro. Confesso que sou um viciado mas, o cigarro caiu na listagem daquilo que não gosto. Talvez se contem pelos dedos de uma mão, vá lá, de duas, para não exagerar, as vezes que fumei por prazer. É devido a este tipo de constatações que ao fim de 32 anos de fumo ando seriamente a pensar deixar de fumar. Mas nas férias não. Não as vou estragar com uma crise nervosa, uma tensão escusada. Os outros, à minha volta, não têm culpa. Vamos esperar mais uns diazitos.


alínea a) não é uma promessa, é uma vontade; alínea b) vou publicar o texto e tomar um café; alínea c) se tiver ali a playboy à mão, quem sabe dispense o cigarro; alínea d) não considerem a alínea c como a revelação de algo que eu goste ler.

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