542. Acabaram
Tinham de acabar. Não duram sempre as férias. E eu farto-me de rir com isto. Um desempregado, de férias (aqui dei uma gargalhada; é LOL que se escreve não é?). Pois é minha amigas leitoras e meus amigos leitores, estou de volta ao meu desemprego. Durante as três semanas que partilhei as férias da Maria até me esqueci que estava desempregado. Assumi as férias dela como se fossem minhas e, fiz férias também. Que isto de estar desempregado há 2 anos, sem direito a férias não é coisa que alguém goste. Estou, no entanto, com um dilema. Se por acaso, alguém se lembrar que o PreDatado, está desempregado e de repente o convidar para deixar esta vida de não faz-nada, como é que eu vou justificar o meu ar bronze acabadinho de regressar do Algarve? Vou dizer que passei os dias na varanda com uma tina de água ao lado a fingir de praia? Ou vou dizer que desempregado também tem direito a férias? Há algum contrato colectivo ou individual de trabalho que diga: “Todos os portugueses, há mais de 2 anos sem emprego, têm direito a gozar 3 semanas, com a sua Maria ou o seu Manuel, de preferência na praia. Caso o subsídio de um deles seja avantajado, poderão escolher, a Polinésia Tailandesa, o Nordeste Brasileiro, as Maldivas, as Seichelles ou as Maurícias (com um passagem por Reunião e Sta. Helena); caso vivam em Almada ou arredores, tenham juizinho e aproveitem a Costa da Caparica”? Se há, desconheço o contrato. Fiz uma trouxa num lençol, atei com dois nós a um pau de vassoura e, pernas para que vos quero, rumei ao Algarve. Agora estou de volta e cheio de esperança na bagagem. Como acabei de fazer 49 anos, a minha esperança é que nos próximos dezasseis anos consiga empregar-me. Caso não o consiga, reformo-me. E disse.
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