sábado, agosto 14, 2004

538. (XVI) Mesmo em férias…

…há dias em que me apetece contar uma história real e deixar recados. Vou resumir, para que não enfade. Os nomes que vou usar na história são reais.

Conversei durante alguns anos com uma amiga minha da cidade de Cascavel, Paraná, Brasil, chamada Carin. A Carin parece-me ser uma pessoa respeitável e confiável. Um dia, do ano passado, falou-me que uma amiga dela, a Kachia, viria para Portugal para a cidade de Braga fazer um mestrado. Como amigo da Carin, achei que poderia em alguma eventual circunstância poder ajudar a Kachia, pelo que lhe pedi os contactos. Troquei e-mails com Kachia e coincidência pura, a Kachia viria para Portugal na altura que eu estava a partir, precisamente para o Paraná. Não pudemos entrar em contacto, mas quando regressei, prontifiquei-me a dar notícias. Algum tempo depois, recebi um e-mail da Kachia informando-me que viria para Lisboa, fazer o mestrado na FCT – FCSH e que estaria vivendo temporariamente na residência estudantil do Monte da Caparica. Marquei um encontro, almocei com ela e acedi ficar com o CV para ver se lhe poderia ser útil. Alguns dias depois, face a um bom, aparentemente, CV, intercedi junto do meu amigo Rocha para que lhe pudesse confiar uma tarefa na empresa dele, tarefa essa que, eu próprio, me disponibilizaria a orientar. Assim foi. Bem sei que o pagamento não era muito, mas seria justo para uma pessoa que nem sequer sabíamos o que iria render. Bom, a verdade é que a ajudei a arranjar emprego. Não vou contar aqui o que ao longo destes cincos meses de convivência foram os meus actos de solidariedade para com a Kachia. Ela como lê este blog, sabe-o e ficamos por aqui. Pois esta semana a Kachia decidiu despedir-se da empresa do Rocha. Tudo bem, era livre de o fazer. Mas, Kachia, eu não merecia, um e-mail, um telefonema ou um SMS? Além disso estive ao telefone contigo no dia que tomaste a decisão, mais uma vez numa atitude solidária e, não tiveste a veleidade de me informar? Pois “amiga”, eu não cobro nada, apenas reciprocidade. Tu quebraste o elo, está quebrado.

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