domingo, julho 18, 2004

508. Redacção – Os políticos
 
Eu gosto muito de políticos. Quando eu era miúdo sempre pensei vir a ser político. O meu problema é que só havia a união nacional e eu não era muito unionista. Eu sempre fui pela independência das colónias e até achei que o Algarve devia, também, ser independente. Um dia, desenhei uma bandeira com umas rochas em fundo azul (cor de mar) e uma alfarroba no meio. Mas adiante. Mais tarde passou-me a onda da política e quis fundar uma igreja. Assim daquelas universalistas, onde eu pudesse ser dono e pastor. Leiam isto com sotaque brasileiro: “Irmãos, só Jesus pode vos salvar. Vêem ali no fundo da sala aquele gigantesco baú? Coloquem lá vossas oferendas e façam um desejo”. (Não esqueçam de passar este e-mail a 10 pessoas, em 5 minutos, para o desejo ser concedido). Mas depois achei que não ia resultar. Lixei-me, o Edir Macedo pegou na minha ideia e é o que se vê. Voltei então à política. Agora, eu já poderia ser secretário-geral de um partido. Foi então que me veio a ideia de consultar as bases. Fui à OTA, ao Montijo, a Beja, a Espinho, a Rio Tinto, a Figo Maduro e até às Lajes. Depois de fazer este périplo, o meu pai deu-me uma bofetada por eu andar a gastar dinheiro em viagens, sem o consultar. Afinal não eram aquelas bases. Enganei-me redondamente. Não podia ser chefe de nenhum partido porque eles nunca se enganam. Dei em palyboy, passei a andar de discoteca em discoteca. A minha avó diz-me que um dia eu hei-de ser primeiro-ministro. Mas eu não quero. Eu quero mesmo é ser secretário-geral. Já preparei a minha moção e vou levá-la a congresso não tarda nada. Não me peçam entrevistas, porque já tenho a agenda cheia. Gosto mesmo de políticos, mas gosto mais ainda de ser secretário-geral.

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