terça-feira, março 09, 2004

Ai os nomes!

Quase toda a gente se queixa do trânsito, das filas incomensuráveis. Eu dou graças a Deus. Não fossem as bichas para a Ponte 25 de Abril e eu não estaria informado, nem metade, do que estou hoje. Agora já não são só essas. As obras do Metro do Sul do Tejo, têm provocado bichas tais que, de Almada a Corroios (3 kms), se demora bem uma horita. Abençoada bicha! Ontem enquanto percorria esta “via-sacra”, tive a oportunidade de escutar quase toda a entrevista no programa Conversas Pessoais e Transmissíveis da TSF com Onésimo Teixeira de Almeida. Entre muitas outras coisas falou-se de humor. Das três principais teorias, Aristotélica, Kantiana e Freudiana, sobre o humor e, de como o referido escritor e professor universitário, actualmente, encara a compra de livros sobre estas teorias. Diz ele que conhecendo profundamente este tema acaba por comprar os livros apenas para descobrir no meio deles, uma anedota nova. Não deixa de ser curioso. Mas também se falou de nomes. E de Onésimo obviamente. Não sendo normal nos EUA, colocarem-se acentos nas vogais, o seu nome acaba por escrever-se Onesimo, sendo até que uma vez, contou ele, viu-se aflito para perceber que era ao Sr. Onésimo que estavam a chamar, quando chamaram Mr. One Simo (Uane Saimow).
Esta história fez-me lembrar uma outra. Uma vez, num estágio que fiz na Califórnia, indicaram-me que a minha orientadora seria a Jenny Freitas… Assim mesmo (Dgéni, Freitas). Na manhã seguinte procurei nas plaquinhas de cada biombo, no imenso open space, a minha conterrânea Freitas. Até que eureka, lá estava a Jenny Fratus. Sim Fratus, qual é a admiração? Eu explico. O avô da Jenny era um minhoto, António Freitas, de sua graça, a quem os americanos chamavam, sempre que viam o nome dele escrito, de Mr. Fritéze. Ora o homem, era Freitas e não Fritéze. E como poderia ele manter a descendência Freitas? Simples, obrigar a que os seus filhos e, posteriormente, os seus netos, tivessem um nome que os americanos, por mais imaginativos que fossem ou arrevesados na pronúncia, não deixassem de lhes chamar Freitas. Assim nasceu um novo apelido Fratus, que à maneira americana se leria Fra (frei) tus (tas). Imaginativo o nosso amigo António, não?
Só espero que quando um americano (ou inglês, tanto faz) escreva a lista dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos não substitua o nome do nosso Figo (faigow), por Feegw, apenas para se poder ler em português. É que mesmo que soe bem, tem cá um mau aspecto!

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