Apresados Sen Presa
Abrir a boca en ti, onde as estrelas
configuran a constelación dos nosos nomes,
abrandar a vontade que nos puxa
implacabelmente para os extremos opostos
con esa forza de non sermos nen eu ti nen ti eu,
cortar a fita para inaugurar o tempo
no que nos miramos o ollo no ollo multiplicado
como o rio aquel, o suor, o beixo continuado
balizado por latexos que se escapan,
e palavras atadas que nos fican dentro,
para fabricar o xesto de buscar-nos
por debaixo das sombras e os vestidos.
Abrir a boca à escuridade para encontrar o dia.
Luisa Villalta, escritora galega, faleceu no passado dia 6 de Março, aos 46 anos de idade.
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