Sobremesa (III)
Coloco-te nas orelhas só por graça,
Dentro de água gelada ou sobre gelo.
Faço de ti licor e p’ra bebê-lo
Te verto em copo ou cristalina taça.
No meio de chocolate licoroso
Te chupo e faço, por isso derramar
Correndo no queixo sem queixar
Um liquido suave e bem viscoso.
De todo o jeito, para te comer eu sou capaz
Saltar veredas e te colher na árvore
Sejas tu vermelhinha ou como mármore,
Na praça adquirir mais de um cabaz
Tal como as conversas, é assim:
Cereja puxa cereja até ao fim!
Alves Fernandes, in Sobremesas
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