quarta-feira, maio 19, 2004

377. Lunch Time Blog

A Fátima perguntou-me, antes de eu sair, se almoçava em casa. Disse-lhe que sim ao que ela me contrapôs, ‘a sô tora não me disse nada’. Eu disse-lhe que poderia fazer qualquer coisa, porque se não me agradasse eu viria aqui ao blog inventar um lavagante grelhado e isso. Quando pus a chave à porta e a entreabri (eu agora só entreabro, porque o Schubert desata a correr e sai que nem uma flecha, escada acima), uns odores que nos fazem abrir o apetite invadiam a casa. Eu sei que não é muito agradável o cheiro da comida pelas casas. Mas à hora que um gajo vem, “cheio da galga”, nem pensa nisso. Depois abrem-se as janelas, liga-se o exaustor, purifica-se o ar com um cheiro a limão directamente do frasco da essência, naqueles aspiradores que servem para aspirar e para estas mariquices e dá para cá 300 contos. A mistura do feijão verde e das cenouras, algumas batatas, os enchidos, o entrecosto e uma jardineira à maneira. Nem lhe perguntei como é que fez. Eu não falo enquanto como, porque sou muito educadinho e como sempre de boca fechada. Antes de me sentar fui à garrafeira buscar um tinto regional da Estremadura. Dom Mamede, para provar. Depois com calma falarei dele.

PS. Gostava que vissem como é que o Schubert come uma fatia de fiambre. Luta com ela como se fosse uma peça de caça acabada de aprisionar. Depois de a dilacerar é que a come. Um dia destes ainda ponho aqui um vídeo-clip.

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