Bom Dia!
Lá fora chove. Acordei com o corpo húmido, mas com a alma enxuta. Não choro como o tempo, por causa do tempo. Abro as janelas, fechadas há dias, e vejo as gotas baterem na janela. Na terra uma formiga, sozinha, perdida do carreiro, escorrega em cada passo, luta com cada gota, arrasta-se no enlameado. Mas segue o seu caminho. Não tomou hoje o seu Sedoxil porque a sua ansiedade não se combate com químicos, apenas com a força da vontade de voltar ao carreiro. No entanto parece-me ver cair-lhe uma pequena lágrima a encharcar mais o já encharcado corpo de formiga. Vou tentar copiá-la para poder voltar a ter um bom dia. E a vós, formigas ou não, com rumo ou à procura dele, esperando que o ansiolítico actue por vossa conta ou lutando sós contra a intempérie, à espera que melhores dias cheguem, hoje desejo-vos um óptimo dia.
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